Capítulo 9

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Chego à floricultura e vejo Romildo no balcão. Hoje ele não será capaz de me desestabilizar com suas palavras obscenas. Caminho até o balcão disposta a não discutir com ele.

— Vim buscar as flores — digo antes mesmo dele abrir a boca para falar alguma barbaridade.

— Bom dia deli...

— Já disse que vim buscar as flores, guarde suas palavras para alguém da sua laia — digo ríspida, mostrando que hoje não estou a fim de fazer parte das suas brincadeiras.

— Está bocuda hoje? — Me observa. — Alguém te deu um trato, por isso está assim? Você sabe, sempre estou disponível para te comer, caso precise.

Não respondo, fico apenas o observando. Ele espera por alguns segundos uma resposta e como não a tem, se vira e vai até o fundo da floricultura. Quando volta traz consigo o cesto com as rosas.

— Aqui está — diz colocando o cesto no balcão.

Aproximo-me para pegar, mas ele ainda segura o cesto me impedindo de pegá-lo.

— Solta.

— Você ainda vai pagar caro. Você é como as outras, vai se arrepender — ameaça e solta o cesto.

Pego o cesto e caminho para fora da floricultura. Queria saber o que passa na cabeça de um homem igual ao Romildo? Como pode ser tão deprimente, ridículo e sem caráter?

Recuso-me a me desgastar com ele, prefiro pensar na minha noite perfeita e nos vários beijos trocados. Nunca agi como ontem, lógico que já beijei outros meninos na época de escola, mas Lucas é diferente.

Não é só um beijo, ele sabe me tocar, sabe fazer meu corpo reagir de uma forma assustadora e prazerosa. Sentar em seu colo e ficar em seus braços passou a ser um dos meus lugares favoritos.

Chego no sinal e começo a trabalhar, entrando no meio das fileiras, oferecendo rosas, flores e um sorriso. Cada fez que o sinal fecha faço o meu trabalho.

O sinal abre e distraidamente volto para o meu lugar para esperar fechar novamente.

Então o vejo escorado no muro, com os pês cruzados e mãos no bolso, me observando. Abaixo a cabeça e caminho até ele.

— Oi — digo parando em sua frente.

Abre um sorriso, sua mão passa por minha cintura me puxando para um beijo, que aceito sem protestar.

— Estava com saudade — diz entre beijos.

— Também senti — confesso.

— Jade, o que você está fazendo comigo? — Me abraça. — Eu não sou assim, estou agindo como um adolescente, agindo por impulso.

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