Capítulo 14 - Você merece mais

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–  Cait –  ele chamou, percebendo que ela se assustara com o toque e soltando tão logo ela o notou.

–  Sam? O que você tá fazendo aqui? –  perguntou, dando uma boa olhada nele.

– Me perdoa? –  ele falou de uma vez –  Me perdoa por ontem, Cait. Me perdoa por ter falado contigo daquela forma? Me per-

–  Ei! –  ela colocou uma das mãos em concha sobre a boca dele – Pare!

Os dois estavam parados no meio do corredor, gente andando por todos os lados, malas e carrinhos sendo puxados, mas parecia que eram apenas os dois ali.

– Não Cait, eu preciso saber –  ele disse, tirando a mão dela de sua boca carinhosamente – Eu preciso saber se ainda me quer depois daquilo. Você merece mais do que isso.

Ela o encarava sem saber como responder. Não conseguia fazer as palavras chegarem a sua boca. Estava atônita demais para conseguir fazer qualquer coisa.

–  Caitriona? –  ele perguntou passado um momento.

–  Vo- –  ela começou a falar, tentando organizar os pensamentos antes de transformá-los em palavras –  Você acha que o que eu sinto por você é tão pouco assim?

–  O quê? –  ele questionou, sem entender o que ela queria dizer.

–  Se você acha que eu mereço mais, porque está aqui? –  ela tinha lágrimas nos olhos, mas estava firme.

–  Porque eu não poderia viver se não tentasse –  respondeu num impulso.

– E você acha que eu conseguiria viver sem você agora? Acha que aquilo que aconteceu ontem seria o suficiente para me separar de você? –  eles falavam aos sussurros, mas pareciam gritar um com o outro, ignorando o mundo de gente a sua volta.

– Me perdoa, Cait –  ele repetiu, esticando a mão para tocá-la e desistindo no caminho, o braço pendendo pesadamente ao seu lado.

–  Está tudo bem, Sam –  ela disse, oferecendo um sorriso tímido e pegando a mão dele –  Só... só não grite mais comigo, está bem?

–  Eu não queria... –  começou, apertando a mão dela entre as suas –  Eu não queria nada daquilo. Não queria que me visse daquele jeito, não queria ter gritado com você.

–  Sam, está tudo bem –  repetiu, procurando tranquilizá-lo –  Venha aqui, sim?

Ela puxou-o para perto de si, apertando seus lábios contra os dele. Deus abençoe a ineficácia dos papparazzi europeus.

*

Tomaram um táxi na frente do aeroporto, diretamente para o hotel onde Sam estava hospedado. Eles sentaram lado a lado no banco de trás e ele percebeu que Cait sorria. Como amava aquele sorriso iluminado.

No meio do caminho, ela lançou um sorrisinho amarelo pra ele, pegou sua mão e a posicionou em sua coxa. Ela ergueu uma sobrancelha, perguntando o que ela queria dizer com aquilo. Cait sorriu de volta, posicionando sua mão dentro de sua saia. Ela vestia uma saia de couro com uma meia calça preta por baixo. Mas não era uma meia calça comum , era uma daquelas meias ⅞, com uma parte de renda no alto das coxas. Ele só podia imaginar como seria a visão dela sem a saia com aquelas meias. Um segundo de exploração depois, percebeu que ela não só estava de saia, mas também estava convenientemente sem calcinha. Lançou um olhar inquisitivo. Ela sorriu, o incentivando.

Ele começou a explorar com a mão direita, a esquerda segurando firmemente a mão de Cait, enquanto ela se remexia um pouco, arquejando em silêncio. Ou o taxista realmente não estava ouvindo, ou era discreto demais para dizer algo, porque por mais que ela não tivesse aberto a boca, era audível sua respiração pesada, enquanto ele a tocava.

Chegaram ao hotel de mãos dadas, sorrindo de orelha a orelha, e seguiram para o elevador, deixando que um dos funcionários cuidasse das malas. Por sorte, subiram sozinhos no elevador. Sam empurrou-a, prendendo Caitriona entre a parede do elevador e seu corpo, beijando-a intensamente. Em poucos segundos ela estava longe do chão, as pernas agarradas ao torso de Sam. Ele a carregou assim até o quarto, abriu a porta e soltou-a sobre a cama, cuidadosamente.

– Espere um momento, sim. Não se mexa. –  falou, lembrando-se de colocar o aviso de não perturbe para o lado de fora. Não queria ser atrapalhado pelo funcionário com as malas de Cait. Lidariam com isso depois.

Quando voltou, a encontrou na mesma posição que a deixara, um sorriso amarelo no rosto. Ele apenas se esticou para beijá-la na boca, ajudando-a a se levantar.

–  Tire a saia, sim. Só a saia. –  falou entre dentes, sentando na ponta da cama e esperando enquanto ela abria o zíper lateral, escorregando a saia, que caiu em um montinho aos seus pés.

–  Oh meu deus –  ele falou, observando-a –  Agora a camisa, por favor.

Ela abriu os botões lentamente, sentindo que ele ficava mais excitado a cada segundo, e por fim soltando-a no chão, junto com a saia. Agora vestia apenas um sutiã preto, as meias pretas e a botinha. Sam ponderou por um segundo, então puxou-a para si. Ela sentou no colo dele, uma perna de cada lado, tocando seu membro por sobre as calças. Estava muito pronto, percebeu.

Eles beijaram-se calorosamente enquanto Caitriona abria a camisa de Sam sem tomar nenhum cuidado, botões voando pelo quarto. Ele terminou de tirar a camisa e ela começou a beijá-lo no pescoço, nas clavículas, e descendo pela barriga, ajoelhando-se em frente a ele no processo.

–  Não –  ele disse, puxando-a para a cama novamente, dessa vez deitando-a enquanto ele mesmo se levantava e se livrava das calças num puxão brusco, posicionando-se sobre ela em seguida.

Ele foi direto para os seios, ajudando-a com o sutiã, que arremessou pelo quarto sem nem olhar. Tomou seu mamilo direito num chupão violento, fazendo-a arquejar enquanto apertava o outro seio com a mão.

Se ajeitou graciosamente, posicionando-se com habilidade para penetrá-la, sem soltar o seio que sugava obstinadamente. Arriscou uma olhadela para o rosto dela: ela tinha os dois olhos bem fechados, a boca aberta num "o" de prazer, enquanto gemia seu nome. Deu a primeira estocada com força e ela gritou, incitando-o a continuar. Ela procurou cegamente por ele, agarrando com força seus cabelos e puxando-o para outro beijo, que abafou seus gemidos. Ele foi aumentando o ritmo, cada vez mais rápido, até que suas respirações estivessem no mesmo compasso frenético, antecipando o orgasmo iminente.

*

Ele estava deitado de barriga para cima, completamente nu, a cabeça de Caitriona sobre seu peito, enquanto ela traçava pequenos círculos em seu peitoral, um sorrisinho em seu rosto.

– Sinto muito, amor –  ela disse, agarrando-se a ele num abraço desajeitado.

– Pelo que? – perguntou, totalmente inebriado.

– Pelo Golden Globes. Eu sei o quanto você merece todos os prêmios do mundo, todo mundo sabe –  ela o encarou.

– Eu estou muito feliz por você, meu anjo –  ele falou simplesmente, tentando não pensar demais no prêmio para não acabar com aquele calor que sentia no peito por estar juntinho dela.

Ficaram assim por algumas horas, apenas compartilhando o calor de seus corpos. Eventualmente Caitriona se levantou, deixando um Sam semi adormecido na cama, e quando voltou, ele já estava acordado, juntando suas roupas do chão.

–  Já mandei subirem com sua mala –  ele disse, sorrindo ao olhar sua camisa sem botões.

–  Porque está rindo? –  ela perguntou, achando estranho.

–  Eu acho que vou precisar que você vá as compras pra mim.

–  O que? Porque? –  ela estava apenas enrolada na toalha, o cabelos molhados escorrendo por suas costas –  Cadê sua mala, Sam?

–  Eu não trouxe –  ele sorriu ante a situação –  Quando eu vi, já estava aqui, não tive tempo de planejar.

–  Você é um maluco, Sam Heughan –  ela se aproximou, beijando a ponta do nariz dele.

–  Maluco por você –  ele a abraçou, aproveitando que ela estava com quase nenhuma roupa e já foi puxando a toalha.

Kiss meWhere stories live. Discover now