Capítulo 12 - Saudades

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    Ele nem tinha ido para casa antes de subir para vê-la. Ainda vestia parte das roupas térmicas, as botas de escalada e trazia a mochila vermelha de equipamentos, ela percebeu.

    Eles sentaram-se lado a lado e comeram sem falar muito, apenas tocando um ao outro o máximo que podiam entre garfadas de comida. Estavam felizes por estarem juntos de novo, sob o mesmo teto.

    Depois de jantar, Sam tomou um banho quente e se juntou à ela no sofá da sala. Naquela noite iria ao ar o último episódio da terceira temporada e decidiram assistir juntos. Antes de começar, Sam pegou o celular e começou a tuitar, enquanto Cait estava distraída com Eddie. Quando seu próprio celular apitou com a notificação, ela largou a gata e foi olhar. Era uma menção do Sam. Aliás, duas menções; A primeira era uma foto dela na África do Sul, vestindo um roupão branco e um chapéu preto, segurando uma marmita e um copo de café, enquanto bebia de um segundo copo. A segunda era ela tomando outro café enquanto alimentava uma cabra. Ela sentiu o sofá balançando e quando olhou para o lado, percebeu que ele estava rindo.

– Eu não acredito que você postou essas fotos, Heughan –  falou, fazendo sua melhor cara de repreensão, voltando sua atenção ao celular – Tudo que vai, volta ein?

    Então ela começou a rolar pelo álbum de fotos de seu celular, pensando quais fotos poderia postar. Acabou optando por uma mais recente, de Sam com John nos sets da quarta temporada, e uma de quando estavam gravando o baile do governador, que Sam roubou seu celular e tirou uma selfie com César e Gary. Ele começou a rir alto quando viu as fotos que ela tinha escolhido. E ficaram ali, juntos, olhando os comentários que apareceram em montes e sorrindo.

    Já que ele tinha voltado a tempo, resolveram assistir o último episódio juntos, enquanto transmitia nos EUA. Eles já tinham assistido uma versão inicial da edição, mas a final não tinham tido tempo, então seria um bom programa pra fazerem juntos.

– Você sabe que amanhã anunciam os indicados ao Golden Globes, né? – Sam perguntou, minutos antes de começar o episódio. Claro que ela sabia! Ele vinha a importunando há semanas, pois estava super empolgado, tinha certeza que dessa vez seria indicado, todo mundo tinha certeza disso – Acho que você vai ser indicada de novo, querida.

– Se realmente for, será o terceiro ano consecutivo – ela disse, se perguntando quando na vida que ela se imaginaria concorrendo ao prêmio três anos seguidos. Tudo bem que ela não chegou a ganhar, mas concorrer já era bom demais. Ela torcia muito por Sam, pois todo mundo sabia quão bom ele era no que fazia. Ele dava tudo de si para o personagem. A partir do momento em que as câmeras começaram a gravar, ele já não era mais Sam Heughan, e sim Jamie Fraser, diretamente das páginas para as telas. Mas a academia vinha sendo muito injusta com ele nesses anos, e ignorando veementemente seus esforços. Dessa vez, achavam que ele finalmente seria recompensado.

– Você merece todos os prêmios do mundo, meu amor – ele falou, esfregando o nariz em sua bochecha, os olhos fechados.

– Você também merece. Sabe que tudo fica muito mais fácil quando estou ao seu lado – ela sorriu, aconchegando-se ainda mais a seu peito – Olha, vai começar!

    Assistiram ambos em silêncio, avaliando o trabalho de edição que havia sido feito e analisando as partes em que achavam que poderiam ter feito melhor, um sorriso, uma troca de olhares talvez.

– Essa cena... – Sam falou, sorrindo – foi péssimo gravar isso.

– Foi. – Cait concordou, enquanto passava a sequência em que Claire pedia a Jamie para não se barbear – Naquele dia você disse meu nome – ela se lembrou.

– Sim, eu disse. Eu tinha sonhado com você naquela noite. Sonhado em fazer tudo o que o Jamie podia fazer, sonhado em agarrar essa sua bunda linda e macia, em morder o seu pescoço e beijar esses lábios carnudos – ele disse, enquanto se aproximava cada vez mais dela, se preparando para beijá-la.

– Agora você pode – ela disse simplesmente, abrindo sua boca e beijando-o lenta e apaixonadamente.

– Quer dizer que eu posso então? – ele disse, entre beijos, puxando-a sobre si, de forma que pudesse pegar na bunda dela do jeito certo, a mão espalmada sobre uma das nádegas, apertando com força.

– Ah, você pode – gemeu, mordendo com força seu pescoço, e dando um beijinho no mesmo lugar em seguida. Ela tirou a camiseta enquanto ele a ajudava com suas calças – Tira a camisa, Sam.

– Como se você precisasse pedir, babe – ele foi logo arrancando a camiseta e assim que ele liberou seu membro do aperto das calças, percebeu o tamanho do desejo que ele sentia por ela – A pior parte sempre foi não poder te ter daquela forma.

– Fique quieto – retrucou, enquanto se ajeitava sobre ele, rebolando o quadril até se encaixarem – Passei o fim de semana todo pensando nisso, seu maldito.

– Ah, você passou? – perguntou, arquejando enquanto ela ditava o ritmo. Os seios dela estavam a centímetros de seu rosto e ele só pensava em segurá-los, colocando aqueles mamilos duros na boca, lambendo e chupando, sentindo o cheiro e o sabor de sua pele. Antes que sequer terminasse o pensamento, já estava em ação.

    Ela socava com força, não queria delicadeza, queria extravasar todos os sentimentos do fim de semana, aquela sensação de perda iminente que tivera enquanto ele estava fora. Queria sentir cada centímetro de seu corpo tomado por ele.

– Cait – ele arfou, como se tentasse se segurar em algo – querida, eu estou...

– Quieto – respondeu, sem parar os movimentos, investindo com ainda mais força, mais rápido, mais selvagem e em poucos segundos o sentiu gozar, acompanhado por um gemido profundo de prazer.

– Oh meu deus! – Sam falou, quando finalmente encontrou as palavras – O que foi isso?

    Nessa altura do campeonato ela já tinha se deitado ao seu lado novamente, aninhada em seu peito largo, como gostava de ficar.

– Eu estava com saudades – respondeu simplesmente.

– Acho que vou ficar longe mais vezes – ele brincou.

Kiss meWhere stories live. Discover now