Capítulo 17

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Eu jurava que Jaebum iria ter um infarto naquele instante.

― Você está s-sangrando? ― Arregalou os olhos ― C-Como você sabe disso?

― Porque... ― Aperto os meus olhos ― Eu senti algo escorrer para fora...

― Não fala! Isso é nojento ― Faz careta.

― E é? Não me diga ― Soei irônica ― Pelo menos não é você que tem de andar disfarçando que tem algo incomodando no meio das suas pernas!

As duas garotas que passaram por nós naquele momento, me olharam estranho e depois começaram a rir.

― Não é nada do que vocês estão pensando ― Rio nervosa ― O que eu vou fazer? ― Murmuro, aflita ― Olha pra minha bunda.

― O-O que?

― Olha logo pra minha bunda e veja se sujou!

― Eu não vou olhar pra sua bunda ― Me olhou assustado.

― Olha logo!

― Se você acha que eu sou algum pervertido, pensou errado!

― Eu sei que você vê coisa pior, então olha logo!

― Você anda bisbilhotando a minha vida?

― Eu não preciso bisbilhotar pra ter certeza ― Reviro os olhos ― É só olhar ― Me inclino para frente deixando a minha bunda um pouco mais avantajada ― Seja rápido e não surte...

― Você tem um mar de sangue dentro de você? ― Quase berra.

― Eu mandei não surtar ― Choramingo ― O que eu faço? Eu estou com uma calça um pouco clara, se eu andar mais um pouco... vai dar para perceber. O que eu faço?

― Não me pergunte! Eu não sei o que fazer! Você quem passa por essa situação todos os meses! Eu não!

Volto a minha posição ereta.

― Veja. Para a sua sorte, tem uma farmácia do outro lado da rua ― Apontou Jaebum ― Eu vou me arrepender de fazer isso ― Respira fundo.

― O que você...

De repente Jaebum me pega no colo.

― O que você está fazendo?

― Salvando a sua autoestima.

― O que?

―  E de qualquer jeito, é uma forma de agradecer por você não dizer ao meu pai a verdade sobre mim. E continuar fingindo ser minha babá, mesmo que eu não queira isso e muito menos você... mas me salvou de ter que ouvir os sermões dos meus pais e voltar a morar com eles.

Entramos na farmácia. Desci do colo de Jaebum e me aproximei das atendentes.

(...)

Após usar o banheiro da farmácia e colocar o absorvente, voltei para onde Jaebum estava.

― Pegue ― Esticou o seu moletom para mim ― Amarre por volta da cintura. Vai evitar mais constrangimentos.

― Oh. Obrigada.

― Mas se sujar, você lava.

Reviro os olhos. Pego o moletom vermelho e passo por volta da minha cintura. Sigo Jaebum para fora da farmácia.

Caminhávamos pela rua quando Jaebum cessou seus passos diante a um beco, onde uma criança estava sentada com uma plaquinha em mãos. Ela estava abandonada, sem ninguém, procurando por alguns trocados para sobreviver. Jaebum se ajoelhou próximo a criança. Desceu suas mãos pelos bolsos da sua calça e retirou uma quantia em dinheiro, dando para ela logo em seguida.

Apartment 12 ▶JB.Where stories live. Discover now