A moradia das famílias camponesas eram humildes. As paredes e os tetos eram feitos de palha, com o piso de terra batida e sua área inteira escura. As mobílias das cabanas eram rústicas, os bancos e as mesas de madeira e os colchões de palha.
Em uma manhã nas florestas que locavam contíguo a aldeia, encontrava-se um jovem que andejava pela rota enlamaçada e ao seu lado esquerdo situava um menino com uma vestimenta de tecido pobre, com uma blusa com manga comprida, calça, ambos sem tintura e um sapato estilo botina. O jovem vestia as roupas semelhantes ao menino, com exceção de um colete de couro e o arco que empunhava.
— Você acha que essa caça irá demorar muito, Idras? — Perguntava o menino, ao mesmo tempo demonstrando um semblante de aborrecimento.
— O que? Não gosta de caçar, irmãozinho? — Idras respondia, em seguida curvando suas pernas e inclinando o seu corpo levemente. — Se abaixe, Aurion.
— É que eu quero ir para casa — O menino vergava seu corpo rapidamente.
Entre os troncos das árvores encontrava-se um animal em seu sustento por 4 patas longas, medindo 120 centímetros de comprimento, com a íris de seus olhos completamente marrom. O animal mirava sua visão ao redor, em seguida dobrando seu pescoço relativamente devagar.
— Veja, Aurion… — Idras erguia seu dedo indicador mirando para o animal. — É uma fêmea.
— Como você sabe? — Perguntava Aurion, sincronicamente alargando suas sobrancelhas.
— Os machos possuem galhadas, as fêmeas não. — Idras erguia sua mão direita em direção a sua aljava em suas costas, agarrando uma flecha e encaixando a haste da mesma na rabeira da corda, direcionando o seu arco plano com a flecha para o animal, encarando-o com a alça da mira de sua arma. — São alvos fáceis.
O jovem locomovia sua mão direita, fixando seu dedo indicador acima e o dedo médio e anelar abaixo da rabeira da flecha segurando-o na corda, recuando o seu braço. Até que ele solte seus três dedos da rabeira, impelindo o projétil que deslizava por suas cordas em direção ao animal.
A flecha seguia seu percurso contra o animal, porém o vento que estava soprando para o norte compelia a sua velocidade para o lado esquerdo, alterando sua rota a cada segundo que permaneceria no ar.
O veado ao sentir algo se aproximando suspendia seu pescoço rapidamente, e em frações de segundos observava a flecha seguir o trajeto em sua frente e encravando a ponta no tronco de uma árvore que estaria ao seu lado. O animal então realiza passos para trás, logo despachando-se com suas longas 4 patas.
— Fácil para matar o veado ou para errar a flecha? — Dizia Aurion após a ponta da flecha fincar no tronco.
— Está zombando de mim, irmãozinho? — Idras deslocava seu olhar para Aurion, desvelando suas sobrancelhas curvadas e sua testa um pouco enrugada. — Faça melhor então. — Idras dizia enquanto alongava o seu braço, na qual encontrava-se o arco.
— Eu não sei atirar… é diferente de não saber e fingir uma ilusão. — Dizia Aurion.
O jovem e o menino, ambos afrontavam-se com olhares indignados, no entanto alguns segundos depois, os dois avistavam uma flecha perfazendo uma distância em uma altura igualada com as patas do veado, no momento em que a ponta da flecha beirava o animal, abatia-lhe na região do seu peito causando uma queda instantânea.
Os dois irmãos agilmente inclinam seus troncos e curvam suas pernas, focando seus olhares ao seus arredores averiguando a origem da localização da flecha.
— Por que em vez de brigarem, não mataram o animal? Ele estava fugindo. — Ouve-se uma voz gritante do oeste, segundos depois um homem de pele escura, grande e barbudo surge das moitas, ele possuía um manto de pele que encobria o seu corpo, deixando a vista somente as suas botas antigas de couro, apresentava cabelos curtos e de cor branca. O homem empunhava em sua mão esquerda um arco, em que suas lâminas composto por madeira curvam para dentro e na extremidade de suas pontas recurvavam para fora.
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Beyond Vol. 1
FantasyEm um mundo medieval, no ano de 1102. Em uma era de caos, guerras, desordem e sofrimento, em razão de uma era de poder e interesses, na qual uma pessoa só sobrevive se estiver apto a moldar seus interesses para corromper a si mesma. Uma família camp...
Ato I
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