Capítulo 4

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CELSO

Depois da celebração do aniversário de Ellen, nos despedimos dela e de todo mundo. Felipe e Anderson, como sempre tiraram brincadeiras com a gente e de como eu estou "enrolando" Suzana.

Não se trata de enrolar, se trata de um pavor que tenho que se chama casamento. Fui abandonado no altar, literalmente. Minha noiva simplesmente não apareceu no dia do nosso casamento, eu fiquei plantado no altar, esperando por ela. E ela não apareceu.

Fui humilhado naquele dia, a vergonha e dor que senti não se comparam a nada neste mundo.

No carro, à caminho da nossa casa, Suzana está calada e eu até já sei o motivo desse silêncio. Eu a amo tanto, ja dei tantas provas disso, mas a única que ela me pediu, eu não consigo dar. Engato a terceira marcha e levo a mão à sua coxa, o que faz minha loira me olhar. 

— Está brava? — Tiro rapidamente o olhar do trânsito para analisar suas feições — Você fica assim toda vez que vê Ellen e Heitor

— Não estou brava — Ela coloca a mão sobre a minha — É que você sabe o quanto eu quero ter um filho

— Claro que eu sei, mas você não quer sem casar — Dou um sorriso

— Vai que você me larga quando eu estiver grávida — Me olha, finalmente, em tom divertido

Odeio ter que ver Suzana assim por minha causa. Ela sempre cuida de mim e das minhas paranóias durante as madrugadas com muita paciência.

— Eu nunca largaria você, Su — Hesito — Essa é uma das certezas que eu tenho nessa vida e quero que você tenha também

— Quem te vê todo fofo assim nem imagina o piadista safado que é — Ela sorri outra vez e traz a mão aos meus cabelos

— Existem pessoas que fazem a gente revelar o nosso melhor lado especialmente para elas — Confesso.

Suzana fica calada, sei que impressionei a minha loira, mas fui sincero. Me concentro no trânsito e a ela continua calada, prefiro deixar assim. Sua mão não sai dos meus cabelos e eu amo isso. Suzana sabe ser carinhosa e sabe ser a mulher que conheci, obstinada e mandona.

***

        — Será que podemos trepar logo? — Bato à porta do banheiro — Sai daí, Su, quero usar essas coisinhas em você

Olho para as bolas de pompoarismo com o vibrador e sinto meu pau latejar, não vejo a hora de ver isso em ação na minha Suzana. Estou louco para ver aquela safada gemendo, toda entregue ao que vou fazer com ela.

— Já estou indo, meu Rivotril

— Rivotril me quebra, Su — Finjo tristeza

— Me espera na cama — Ela diz, deixando a voz aveludada, cheia de promessas ocultas — Já estou chegando

— Meu pau já duro aqui, Suuu, e louco por você — Apelo ao drama — Vem logo, amorzinho

Sigo para a cama, desolado pela demora da minha loira em vir atender meu pedido. Porra, quero tanto ver essas bolinhas naquele cuzinho, ver ela tremendo toda de tesão... Suzana sabe torturar quando quer.

Antes que eu possa chamar outra vez, Suzana abre a porta do banheiro e aparece, me deixando louco. Ela está usando um hobby preto, de tecido transparente. Por baixo dele, noto apenas a calcinha rendada e os peitos deliciosos soltos para mim, como gosto. Involuntariamente, passo a língua nos lábios e abro um sorriso sacana.

[AMOSTRA] Celso - Série Dono do meu desejo #3Where stories live. Discover now