Capítulo dois

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     As palavras de Dean deixaram Saphira com um arrepio pelo corpo inteiro

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As palavras de Dean deixaram Saphira com um arrepio pelo corpo inteiro. Como assim pagar pelo o que fizera? Ela nunca teve um contato com a família Winchester, somente com Dean, em uma noite que o bando resolveu passar a temporada em uma espécime de motel, que ficava perto do bar que Saph encontrou Dean. Os dois trocaram alguns olhares e ela entregou–se a ele, sabendo que aquilo não passaria de uma foda casual, algo que era rotina na vida do caçador.

— Sam, pega uma taça de sangue de morto e uma nova seringa. — Dean ordenou ao irmão, que em um minuto retornou com o que ele havia pedido. — Vou fazer algumas perguntas, caso você não responda ganhará mais um pouco do sangue no seu organismo. E caso você responda, não ganhará mais um pouco de sangue no seu organismo.

     A morena não tinha opção alguma, e como não fazia mais parte da família Weiss, o melhor era contar tudo o que sabia para Dean.

— O que quer saber?

     Saphira perguntou, permanecendo quieta na cadeira em que Sam a amarrou, por precaução, segundo ele. Dean aproximou–se da garota e olhou no fundo dos olhos dela, dizendo:

— Quem do seu bando resolveu começar a matar alguns amigos meus?

— Fácil, é uma tarefa atribuída ao líder, porém em meu bando, os lobisomens mais novos tendem a mata–los para conseguir o respeito do Alfa.

— Como eu consigo chegar até esses "assassinos"?

— Você não encontra eles, eles que te encontram.

Dean calou–se por alguns. Por que diabos ela contaria coisas pessoais que poderiam destruir a sua família para ele? Desconfiado, o caçador pegou a seringa com o sangue e injetou na híbrida, que sentiu o efeito rapidamente.

— Eu estou lhe contando, então por que me deu o sangue? — ela perguntou atordoada, tentando deixar os olhos abertos o máximo que podia.

— Não minta, garota. Minha paciência não é a mesma do Sam, entendeu? — Dean exaltou–se, respirando pesadamente e voltando a se concentrar em sua missão. — Como eu consigo chegar até eles?

Ele repetiu a última pergunta, esperando uma resposta sincera da menina, que não poderia ser tão tola a ponto de mentir novamente.

— Eu já disse.

     Saphira respondeu em um breve sussurro. Contudo, Dean não estava satisfeito com a resposta dela, e logo tratou de injetar mais sangue de morto no organismo da híbrida, a qual sentia o seu corpo fraquejar cada vez mais.

— Você continuará mentindo? — Dean perguntou admirado com a lealdade da morena, e em seguida gritou o nome de Sam, que em alguns segundos apareceu no cômodo do hotel. — Arranque informações dela, porque eu estou quase esquecendo deste bebê e partindo para uma tortura mais eficaz.

     Sam consentiu, ficando de frente para Saphira e esperando que seu irmão saísse do quarto, o que não demorou muito. Samuel não era de observar a beleza de uma garota desde a morte de Jessica, mas fôra impossível não notar o quão bela Saph era, com os olhos cor de mel, a pele um pouco morena, seus cabelos de um castanho escuro e seu corpo apenas coberto pelo tecido do seu vestido branco – que durante a caçada, acabou ganhando alguns tons escuros devido à terra –.

— Então, saiba que eu sou paciente, porém quando o assunto é sobre família e amigos eu não sou muito. — ele proferiu, como se estivesse alertando–a para que fale a verdade. — Onde encontramos os lobos?

Sam perguntou sem retirar os olhos do rosto da presa, que elevou a sua cabeça para encara–lo, ou ao menos tentar.

— Vocês são surdos. — Saphira disse, abaixando a cabeça novamente devido às suas condições precárias. — Eu já disse ao seu irmão que eles o encontram, e não o contrário.

— Tudo bem. Eu não queria fazer isso, mas você não me dá escolhas. — Sam falou dando de ombros, pegando uma faca escondida no cós da sua calça e aproximando–se dela. — Olha, por favor, é melhor você dizer, se o Dean chegar e souber que você não falou nada ele com certeza irá te torturar.

A híbrida fez uma cara de surpresa. Dean não poderia tortura–la por causa da gravidez, nem ele e nem Sam seriam capazes de matar um bebê.

— Estou grávida, Winchester. Ele não fará nada comigo. — Saphira balbuciou vitoriosa, ganhando uma risada de Sam, que mais parecia um cavalo relinchando. — O que é tão engraçado?

— Cortar seus dedos não fará mal nenhum ao bebê, só a fará se contorcer de dor. — ele explicou à ela, que naquele momento fechou a sua boca e tratou de permanecer quieta. — Tem certeza que não falará nada?

Saphira sabia da fama deles, e que inclusive faziam o que era preciso para descobrir sobre assassinos ou demônios. Um pouco desconfortável com a posição em que estava, ela levantou a sua cabeça e cuspiu no rosto de Sam com toda a força que lhe sobrara.

— Monstro. . . — ela exclamou, fechando os seus olhos e os abrindo novamente, vendo o semblante sério de Sam. — Perto do riacho há uma entrada escondida dentre os arbustos, lá vocês encontrão o meu bando.

Saphira respondeu por vencida, deixando uma pequena lágrima cair por saber que sua família não teria chances contra os dois, e que mesmo se conseguissem se salvar eles a deserdariam por traição, mas Saph não poderia correr o risco de ser torturada por Sam e Dean, com certeza ela e o bebê não aguentariam muito tempo em suas mãos.

— Viu, não custou nada você dizer a verdade.

Sam disse à ela, guardando a faca novamente e sorrindo ao escutar a porta ser destrancada, mostrando um Dean nem um pouco contente.

— Sei que vai dizer que ela não quis responder nenhuma pergunta, então vamos tortura–la. . .

— Ela disse onde eles estão, Dean.

Um pouco surpreso, Dean mudou a sua expressão, dando um tapinha leve nas costas de Sam.

— Ótimo, agora vamos fazer uma pequena visita aos Weiss.

— Ótimo, agora vamos fazer uma pequena visita aos Weiss

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