Louis revigorou-se, os olhos arregalados, as mãos nervosas com adrenalina. "Eu farei qualquer coisa que você disser", disse ele. "Qualquer coisa." Ele sentiu seu peito inundar com medo e um desejo quase doloroso de fazer o certo, de ser útil, enquanto olhava para Harry através da escuridão e da chuva inclinada.

Harry assentiu com a cabeça e retirou o rádio transmissor do cinto dele, colocando-o de debaixo da capa de chuva. Ganhou na vida em suas mãos. "Niall!" Ele rosnou. "Apareça." Ele mastigou o lábio inferior enquanto esperava, o olhar intenso focado no alto-falante como se, com suficiente concentração e pura vontade, ele pudesse forçar Niall a respondê-lo. "Niall", ele disse novamente. "Niall..."

Louis retrocedeu seus passos, olhando para Harry de vez em quando enquanto ele varria o feixe de sua lanterna sobre a grama. Ele encontrou o lugar onde ele deixou cair o kit de veterinário e pegou. A voz plana de Niall estava surgindo quando ele voltou. "Meio ocupados aqui embaixo - as novilhas estão..." Ele cortou por um momento. Louis e Harry se olharam em pânico. "Você encontrou Jolene?"

Harry soltou uma respiração - um pequeno suspiro de alívio. "Sim", disse ele. "Ela estava caída pelo riacho. Mas Niall - "Houve uma interferência no sinal, e Louis estremeceu. "Ela está parindo. Deixe o que está fazendo e ligue para a veterinária e vem logo aqui. Suas contrações estão..." Então houve um gemido estranho e agudo, e o rádio morreu na mão de Harry. Louis sentiu seu coração afundar enquanto olhava para ele.

Harry xingou fervorosamente. Ele desperdiçou tempo com o rádio por alguns instantes, arranhando a carcaça traseira para rolar as baterias em vão.

"Talvez ele tenha ouvido você", disse Louis. "Ele - ele pode ter ouvido você!"

Lágrimas estavam formigando seus olhos enquanto ele observava Harry calmamente guardar o inútil rádio de volta sob sua capa. Jolene estava tendo outra contração, seu corpo inteiro enrolado e baixos ruídos doloridos provenientes do fundo da garganta. Harry apenas olhou para ele por um momento, um daqueles olhares vigorosos que faziam Louis sentir como se estivesse sendo avaliado, o coração dele tomado.

"É tarde demais, eu acho", disse Harry. "Você acha que poderia voltar com o quadriciclo? Avisá-los, pelo menos."

"Sim, é claro!" Louis sentiu uma onda de alívio sobre ele. Tudo ficaria bem. Tudo o que ele tinha que fazer era dirigir de volta ao rancho. "Eu vou buscar Niall, vamos voltar com a veterinária..." Ele girou no calcanhar e marchou em direção ao quadriciclo, buscando no bolso as chaves.

Ele pulou, os dedos escorregando sobre o metal liso enquanto colocava a chave direto na ignição. Ele girou com confiança, e sentiu o motor ligar. Uma vez. Antes de os faróis morrerem e o indicador de gasolina baixar. Louis sentiu um puxão de desespero súbito e desajeitado enquanto olhava para o indicador morto. Claro que isso aconteceria, ele pensou, soltando uma risada solitária e dolorida. Claro. Obviamente. "Harry!", Ele chamou.

Ele correu de volta para a colina até Harry e Jolene, um nó de pânico começando a se formar em seu intestino. "Não vai ligar", disse ele, balançando a cabeça, irritado pelo absurdo de tudo. "O motor... Eu - eu acho que está sem gasolina, talvez".

Harry ainda estava imóvel. "Porra", ele disse, suavemente.

Não podemos entrar em pânico, pensou Louis, tentando ser firme consigo mesmo. Podemos resolver isso.

Ele se levantou mais reto, fungando enquanto esfregava chuva e lágrimas dos olhos com a mão. Ele teve o começo de uma dor de cabeça; suas lentes começaram a coçar, mas ele mal notou. Todo o seu ser foi focado no problema em questão. "O que nós faremos?", Perguntou ele.

Wild and UnrulyWhere stories live. Discover now