Capítulo 1 - Descoberta

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Na década de 2020 uma tecnologia foi desenvolvida, desenvolvida e um termo que não condiz bem com os fatos, ela foi encontrada, e está mais para uma biotecnologia. Algo que aumentava exponencialmente a velocidade, a força, resistência e reflexos do indivíduo. Nos primeiros meses essa foi a notícia em todas as mídias e o resultado foi preocupação da população.

Primeiro pensaram como usar em prol militar, um super soldado. E de fato foi o que ocorreu, mas sem muito sucesso. Não era um soro ou armaduras que dava as habilidades e sim uma luz.

Uma luz feita por cristais que conforme a energia solar a atravessava o resultado era uma luz azulada radioativa que aumentava todas as habilidades dos indivíduos que seu feixe tocava.

Esses cristais foram encontrados no subsolo lunar em pouca quantidade. Era um cristal bonito e pontudo, parecendo um ponta de lança, era áspero e opaco, mas a luz o atravessava com facilidade. Seus preços eram exorbitantes só por serem considerados apenas joias belas, mas depois de testes e mais testes descobriram que a luz ultravioleta solar ao passar pelos cristais criava um feixe de energia nunca antes visto. Um pouco radioativo, mas que acabava causando muitos prejuízos a saúde e causando mortes já que para o efeito desejado funcionar a luz tem que cobrir toda a pele e por todo o tempo.

Durante os primeiros anos houve discussões sobre o que deveria ser feito com aquilo, já que poderia ser muito perigoso super-humanos andando por aí. O governo americano chegou a criar uma armadura que era coberta por cristais internos, e o capacete era espelhado. Assim quando o soldado que o vestisse saísse durante um dia sem nuvens a luz captada refletiria em todos os cristais e iluminando o corpo do indivíduo, aplicando seus efeitos.

Nem na teoria e muito menos na pratica isso foi viável, 5 segundos sem luz solar eram o bastante para os efeitos cessaram e o corpo não suportar se mexer. Foram testadas outras formas de luz, mas só a captada do sol naturalmente gerava o resultado desejado.

Após a sua descoberta esse cristal foi nomeado de Belanote. O nome era uma mistura de significados. Primeiro: o Be era por lembrar a uma pedra já existente o Benitoíte. Segundo: o la significava que viera da Lua. E a terceira: era o note, que foi posto após a descoberta da segunda propriedade do cristal, algo que não se comparava a primeira porem era belo, ao ser quebrado o cristal criava uma melodia suave, e ela durava infinitamente dês que os raios solares a alcançassem.

Grandes discussões teológicas surgiram e o principal argumento apresentado era que isso não era natural, não era terreno. Algo retirado de fora da terra que dava poderes ao homem, não era de Deus. Esse tipo de coisa. A repreensão da igreja em cima do uso do Belanote foi intensa, mas, não era algo que todo o mundo desaprovasse, eles só estavam com medo.

A maior parte dos cientistas mundiais parou de pesquisar sobre todo o resto para se focar no cristal. Deixando de lado assuntos como curas de doenças e tratamentos, para se focar pura e exclusivamente em uma forma de proteger o homem da radiação da luz azulada que era tão desejada.

Não tardou muito, dois cientistas alemães encontraram uma maneira, não muito pratica de impedir a radiação azulada. O tratamento levava 3 anos, se consistia em fazer o corpo de um indivíduo aceitar a radiação como parte de si, eles eram banhados por poucos segundos de luz, diariamente. Todas as cobaias eram voluntárias com o sonho de se torar super-humanos, houve muitas mortes no começo, mas com o decorrer e os ajustes do tempo de permanência na luz, a imunidade começou a surgir entre os pacientes. Cada vez mais tempo poderiam ficar imersos na radiação sem sofrer. Até o máximo de dez minutos diários.

O Belanote foi testado também em plantas e animais. As plantas que não morriam davam frutos maiores e suculentos, porem altamente radioativos. Os humanos tratados pelo processo alemão consigam comer pequenos pedaços do fruto, e o resultado foi incrível a energia do Belanote estava presente, e por alguns poucos minutos apenas comendo um fruto daqueles era possível sentir os efeitos como se fosse banhado por inteiro pela sua luz, nem sempre funcionava, os frutos eram muito difíceis de se fazer, mas não eram tão perigosos a saúde quando a luz.

BelanoteWhere stories live. Discover now