- Não falo de Penélope, mas sim de Clementine. E sobre Skytwood não ser uma boa aliança, nos estamos muito bem estruturados, não irá intervir em nada quanto ao futuro do reino.
- Está se ouvindo Ravi? O povo irá se revoltar se isso acontecer e eu serei a primeira, se trouxer aquela...
- Ela se chama Clementine. - A repreendi antes que a ofendesse.
- Que seja, eu juro que a tiro daqui a pontapés! - Ameaçou.
- Isso é o que veremos irmãzinha. - A desafiei fazendo-a tremer de raiva, saiu do quarto a ponto de explodir.
Passados alguns dias eu estava melhorado, já não precisava ficar de repouso como o curandeiro ne recomendara, neste tempo estive pensando em uma forma de trazer Clementine para o reino. Temos trocado cartas, mas nunca é o mesmo fe falamos pessoalmente. Sinto falta de sua voz doce, de seu cheiro.
Me dirijo até minha mesinha e começo a escrever em um papel:
"Como explicar um sentimento que brotou tão rapidamente, não podia reprimi-lo dentro do meu ser, até o guardei para mim, mas o amor transbordou me tornando alguém que jamais pensei me tornar..."
Escrevia, contudo fui interrompido por batidas na porta, provavelmente Ivy.
- Entre. - Disse tentando me concentrar no que escrevia.
A porta range e se abre.
- Ivy, Aneelise está no palácio? - Indaguei relendo o que havia escrito.
- Não sou a Ivy. - Uma voz femenina e aguda ecoa aos meus ouvidos, não era Ivy e eu sabia exatamente quem era. Levei minha visão para Reila, ela segurava uma bandeja com uma xícara de chá e um dos meus bolos favoritos, bolo de tâmaras.
- O que faz aqui? - Perguntei inexpressivo deixando a carta sobre a mesinha.
- Vim a pedido de Ivy, ela precisou ir ao comércio, para comprar algumas ervas. - Caminhou até aponta da cama deixando a bandeja sobre ela.
- Obrigado. - Caminhei até a cama e comecei a bebericar meu chá.
- É uma pena a senhorita Maya ter morrido não é? - Começou a falar.
- Sim. Desde então tenho me sentido culpado.
- Vossa excelência não tem culpa dela ter sido tão infantil. - Disse fazendo pouco caso. - Pobre dos pais dela, voltaram de mãos abanando. - Lamentou.
- Os recompensei antes de irem, no entanto o que mais me intrigou foi me garantirem de que Maya jamais cometeria suicídio, ela tinha amor pela vida e não faria o que fez. - Estreitei os olhos para Reila.
- Então, o que acham que aconteceu com ela? - Indagou curiosa.
- Não sei, talvez tenha sido jogada dali. - Deduzi aguardando alguma reação estranha dela.
- Jogada, por quem? - Sorriu.
- Eu não sei, talvez alguém quisesse elimina-la, não a quisesse como rainha. - Voltei a tomar o chá olhando-a por cima da xícara.
- Suas teorias não são muito convidativas para mim, por acaso estás achando que foi eu quem a empurrou?
- Eu deveria achar isso? - Franzi o cenho irônico.
- Mais é claro que não, seria incapaz de tal atrocidade. Se bem que eu poderia fazer isso, ainda sou uma mulher apaixonada. - Começou a se aproximar de mim em passos delicados e sensuais.
- Seria capaz de matar alguém por mim Reila?- Indaguei tentando arrancar algo dela.
- Não, isso seria infringir uma lei, mas se custasse sua vida sim, mataria para defende-lo. - Se aproximou encostando seu sapato nos meus. Sua mão quente segurou uma de minhas mãos, se aproximou e começou a susurrar: - Sinto algo muito forte por você, que vai além de tudo.
De repente uma vertigem turva minha visão me fazendo piscar algumas vezes.
- Reila. - Minha mão começa a tremer, derrubo a xícara e a vertigem piora. - Reila eu... - Seu dedo indicador me silenciou.
- Você vai ser meu Ravi. - Disse entre um sorriso.
- O que você fez. - Cambaleei para o lado sem qualquer controle sobre mim mesmo. Tudo começa a perder a cor. Sou guiado por ela até a cama e então tudo fica escuro.
- Achava que eu iria desistir fácil de você? - Falava em meu ouvido.
- O que você fez? - Perguntei sentindo meu coração acelerar e sua voz ir sumindo aos poucos, até ficar totalmente inconsciente.
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Logo, logo tem mais,Oque será que a Reila vai aprontar gente?
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Princesa Segundo o Coração de Deus
SpiritualEm um reino distante coberto por idolatria e pecado, Clementine vivia em segredo. Apesar da morte cruel de seus pais ter lhe causado grande dano, não fora o suficiente para descrer em seu Deus e renuncia-lo. Desde então, sua sua vida tem se baseado...
♕ XLVII ♕
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