♕ XLVII ♕

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- Não falo de Penélope, mas sim de Clementine. E sobre Skytwood não ser uma boa aliança, nos estamos muito bem estruturados, não irá intervir em nada quanto ao futuro do reino.

- Está se ouvindo Ravi? O povo irá se revoltar se isso acontecer e eu serei a primeira, se trouxer aquela...

- Ela se chama Clementine. - A repreendi antes que a ofendesse.

- Que seja, eu juro que a tiro daqui a pontapés! - Ameaçou.

- Isso é o que veremos irmãzinha. - A desafiei fazendo-a tremer de raiva, saiu do quarto a ponto de explodir.

Passados alguns dias eu estava melhorado, já não precisava ficar de repouso como o curandeiro ne recomendara, neste tempo estive pensando em uma forma de trazer Clementine para o reino. Temos trocado cartas, mas nunca é o mesmo fe falamos pessoalmente. Sinto falta de sua voz doce, de seu cheiro.

Me dirijo até minha mesinha e começo a escrever em um papel:

"Como explicar um sentimento que brotou tão rapidamente, não podia reprimi-lo dentro do meu ser, até o guardei para mim, mas o amor transbordou me tornando alguém que jamais pensei me tornar..."

Escrevia, contudo fui interrompido por batidas na porta, provavelmente Ivy.

- Entre. - Disse tentando me concentrar no que escrevia.

A porta range e se abre.

- Ivy, Aneelise está no palácio? - Indaguei relendo o que havia escrito.

- Não sou a Ivy. - Uma voz femenina e aguda ecoa aos meus ouvidos, não era Ivy e eu sabia exatamente quem era. Levei minha visão para Reila, ela segurava uma bandeja com uma xícara de chá e um dos meus bolos favoritos, bolo de tâmaras.

- O que faz aqui? - Perguntei inexpressivo deixando a carta sobre a mesinha.

- Vim a pedido de Ivy, ela precisou ir ao comércio, para comprar algumas ervas. - Caminhou até aponta da cama deixando a bandeja sobre ela.

- Obrigado. - Caminhei até a cama e comecei a bebericar meu chá.

- É uma pena a senhorita Maya ter morrido não é? - Começou a falar.

- Sim. Desde então tenho me sentido culpado.

- Vossa excelência não tem culpa dela ter sido tão infantil. - Disse fazendo pouco caso. - Pobre dos pais dela, voltaram de mãos abanando. - Lamentou.

- Os recompensei antes de irem, no entanto o que mais me intrigou foi me garantirem de que Maya jamais cometeria suicídio, ela tinha amor pela vida e não faria o que fez. - Estreitei os olhos para Reila.

- Então, o que acham que aconteceu com ela? - Indagou curiosa.

- Não sei, talvez tenha sido jogada dali. - Deduzi aguardando alguma reação estranha dela.

- Jogada, por quem? - Sorriu.

- Eu não sei, talvez alguém quisesse elimina-la, não a quisesse como rainha. - Voltei a tomar o chá olhando-a por cima da xícara.

- Suas teorias não são muito convidativas para mim, por acaso estás achando que foi eu quem a empurrou?

- Eu deveria achar isso? - Franzi o cenho irônico.

- Mais é claro que não, seria incapaz de tal atrocidade. Se bem que eu poderia fazer isso, ainda sou uma mulher apaixonada. - Começou a se aproximar de mim em passos delicados e sensuais.

- Seria capaz de matar alguém por mim Reila?- Indaguei tentando arrancar algo dela.

- Não, isso seria infringir uma lei, mas se custasse sua vida sim, mataria para defende-lo. - Se aproximou encostando seu sapato nos meus. Sua mão quente segurou uma de minhas mãos, se aproximou e começou a susurrar: - Sinto algo muito forte por você, que vai além de tudo.

De repente uma vertigem turva minha visão me fazendo piscar algumas vezes.

- Reila. - Minha mão começa a tremer, derrubo a xícara e a vertigem piora. - Reila eu... - Seu dedo indicador me silenciou.

- Você vai ser meu Ravi. - Disse entre um sorriso.

- O que você fez. - Cambaleei para o lado sem qualquer controle sobre mim mesmo. Tudo começa a perder a cor. Sou guiado por ela até a cama e então tudo fica escuro.

- Achava que eu iria desistir fácil de você? - Falava em meu ouvido.

- O que você fez? - Perguntei sentindo meu coração acelerar e sua voz ir sumindo aos poucos, até ficar totalmente inconsciente.

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Logo, logo tem mais,

Oque será que a Reila vai aprontar gente?

Princesa Segundo o Coração de DeusOnde as histórias ganham vida. Descobre agora