19.

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O que ele me propusera era... loucura.

Arquejei exasperara, encolhendo-me ao sim de sua voz. O poder que Ian exercia sobre mim era incapacitante, injusto. Traída pelo desejo crescente, afogava em minha libido.

— Ok. — Murmurei, incapaz de controlar o desejo em meu tom manhoso. Eu sabia oq ué estava fazendo, mas não sabia no que me meteria aceitando.

Só uma noite. Só uma transa.

Seu sorriso paralisante arrepiou todo meu corpo, sedutor e inebriante como nada igual. Trinquei os dentes, tentava limpar a mente, mas a força dele sobre mim impedia-me. Os pensamentos vinham confusos, repletos de seu cheiro intenso, de seu calor, de sua masculinidade libidinosa, agressivamente sensual.

— Ah, baby... — Sua voz era derramada e profundamente enlouquecedora, como se cada sílaba fosse o enfeite necessário para me dominar.

Invadida pelo pessimismo e pesar, aceitei o destino natimorto do que quer que preludiasse existir. Eu não sabia se poderia ser casual, não sabia se não poderia me envolver e era um grande risco a ser assumido. Um risco que ameaçava minha carreira.

O que eu estava fazendo?

Ian sabia exercer seu poder sexual sobre mim. Eu sentia entre nós o desespero da atração, quase visível no ar. Ele não precisou de mais palavras. Havia algo em sua mente e eu não lutei contra aquilo.  Tomei uma lufada de ar, sendo conduzida cordialmente até a saída pelo homem mais perigoso e atrativo que eu já pusera os olhos, sentindo a energia eletrizante entre nós.

Kath, isso é insano!

Minha cabeça ainda dava imensas voltas, absolutamente perdida. Não podia acreditar por fim que Ian, meu elegante chefe, era o babaca do Snake Bar, tão pouco que havíamos nos beijado aquela noite por culpa minha.

Meu olhar estava no chão, enquanto era acompanhada até o elevador por ele. Ian recebeu uma chamada e naturalmente atendeu, mas havia uma urgência em sua voz e ele balbuciava uma ou duas coisas ao telefone, delegando tarefas.

No reflexo no espelho eu via um homem absurdamente potente, dedos entrelaçados com os meus. E o meu reflexo, corado e quase envergonhado, pelo que eu sabia que estava prestes a acontecer.

Eu não estava pronta. Mas eu precisava daquilo. Precisava dar a minha curiosidade uma resposta definitiva, que findasse meu interesse por ele.

O que será que ele pensava sobre mim? A caipira louca e rude que o atacara, que o esbofeteara?! Encolhi-me a simples menção do pensamento, completamente envergonhada diante de seu olhar no reflexo do espelho .

Mas não fazia sentido, não segundo aquela proposta e muito menos aliado a atração infame que nos ateava fogo, nos fazia irracional. Descobria-me facilmente suscetível ao seu toque, sua voz, a sua presença brilhante, porém igualmente aterrorizante. E sabia agora que aquilo vinha desde de nosso primeiro encontro, de nosso beijo não planejado. Por isso, era racional temer a forma como Ian me fornecia todo combustível para uma auto-explosão.

Seus dedos eram cálidos entre os meus, gélidos. A confiança estava estampada até mesmo na forma como caminhava: ereto, elegante e régio. Suas pernas longas, seus ombros largos, seu corpo delgado, seu cabelo claro e a sensação de estar guardada por uma fortaleza intransponível faziam-me de joelhos por ele. E aquilo eu odiava.

Ao contrário do que imaginei, não descemos, mas subimos. Um quarto no hotel, claro. E com certeza, ela havia planejado aquilo tudo. Mas não para mim. Uma pontada de vergonha atravessou meu corpo, como uma relutante névoa de culpa. Mas sabia que aquele era também um ótimo troco para aquela vadia no salão de jantar.

Mr. Bratv Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon