Capítulo 31 - Estranheza, telefonemas e mais telefonemas.

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Quando acordei hoje de manhã Anthony já tinha ido. Eu sabia disso por que depois de me vestir outra vez, eu fui espiar seu quarto, a porta entreaberta e a cama muito bem arrumada indicavam que ele já não estava mais ali. Desci as escadas para encontrar o puro silêncio, não havia mais ninguém além de mim. Mas tinha uma nota encima da mesa com os dizeres "Jane me ligou noite passada, não quis te incomodar, a casa da irmã dela alagou. Talvez ela só chegue para o almoço. Pode ficar a vontade. A.W." E assim eu terminei sozinha em uma mansão enorme que definitivamente não era minha.

Para matar o tempo vi filmes, comi e aproveitei para ligar para Chloe e Mike e explicar por que, em plena sexta-feira, eu ainda não tinha aparecido para trabalhar. Depois disso estava jogada no sofá vendo os filmes antigos que eu havia encontrado na estante quando decidi que devia ligar para tia Cassy também. Ela provavelmente estava preocupada. Encarei a falta da torre de sinal em meu celular, isso só podia ser brincadeira. Suspirei encarando o telefone fixo de Anthony e depois de um minuto de hesitação o peguei.

- Alô? - tia Cassy atendeu no segundo toque.

- Oi tia! Sou eu, Elisa.

- Raio de sol! - ela exclamou animada. - Graças a Deus você ligou, estava tentando já há algum tempo falar com você, mas a ligação nunca completava. Como você está? Helena disse que estava na casa do Anthony, ele está bem? Eu soube da ponte.

- Helena é uma fofoqueira, isso sim.

- Como?

- Nada não tia, eu bem sim e o Anthony também. A gente estava bem longe da ponte quando aconteceu, pode ficar tranquila.

- Saber disso me deixa mais calma. Mas o que eu realmente quero saber já que a senhorita ainda está com o Anthony, é quando eu vou ser convidada para o jantar de noivado de vocês.

- Tia Cassy! - a repreendi e ela riu do outro lado da linha.

- O que foi raio de sol? É pecado uma mãe querer casar a filha? - ela perguntou toda inocente e eu sorri. Sempre que ela se referia a mim assim me deixava incrivelmente feliz, claro que tia Cassy não era minha mãe de verdade, mas ela era, sem dúvidas, uma pessoa incrivelmente importante pra mim.

- Eu acho que pecado mesmo é você me jogar pra cima do primeiro que aparecer.

- Não quero desculpas, quero o convite para o jantar de noivado de vocês! Mas agora tenho que ir, vou tratar de assuntos importantes sobre a novela de ontem. Tchau raio de sol, te amo.

- Também te amo tia, até - me despedi rindo e ela desligou.

Olhei para o telefone outra vez e me deitei no sofá branco e lindo do bonitão, eu sabia de alguém super interessada na minha vida amorosa ultimamente. Sorrindo disquei o número da minha melhor amiga. Seu celular assim como o meu, estava sem sinal, mas sempre existe o telefone fixo, não é?

- Alô? - Lena atendeu e eu não resisti a fazer uma brincadeirinha com ela.

- Alô! É da padaria?

- Que!? Padaria? Não, não é... Espera! Hugo é você? Por que se for eu te mato!

- Credo Lena, olha o estresse. Dessa vez o Hugo não tem nada a ver com isso - disse sem conseguir segurar o riso. Hugo era um pirralho do andar de baixo que vivia passando trote pra todo mundo.

- Elisa?

- Não, é o papa.

- Idiota. Por que não ligou antes? E que número é esse que não reconheci?

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