capitulo quatro

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Estiquei o braço e tentei alcançar o copo de água que estava sobre a mesinha ao lado da cama,antes que eu conseguisse toca-lo,mãos maiores e mais fortes se adiantaram e pegaram o copo alcançacndo-o para mim.

fiquei encarando o homem que acabara de me fazer aquela gentileza por alguns instantes,o suficieente para meus olhos se encontrarem com os seus.

Algo mudara em seu olhar,algo que não consegui identificar,e nem ao menos tentei,peguei o copo de suas mãos ,tomando o imenso cuidado para não tocar nelas e desviei minha atenção para o outro homem que estava no quarto ,James Skinner,era o nome dele,fora para ele que eu contara tudo que acontecera na noite em que fora baleada,ele que me enchia de perguntas a quase duas horas,Willian  carter não dissera muita coisa naquele tempo,permanecera recostado a parede ,apenas me ouvindo falar enquanto o outro fazia as perguntas e as vezes anotava algo.

Quando meu ex marido entrou no  quarto foi como se eu voltasse no tempo,para aquela maldita noite de natal,nosso primeiro natal juntos ,primeiro e ultimo,pensei que depois de assinar os papeis do divorcio eu jamais voltaria a vê-lo ,mas por uma guinada do destino ,ali estávamos nos , dividindo o mesmo espaço novamente.

- Você seria capaz de reconhece-lo senhorita Moretz ,e principalmente depor contra ele no tribunal?

Skinner inquiriu,fiquei observando a superfície cristalina da água por algum tempo,sim,eu seria,mas não sabia se era isso que queria,não sabia se queria depor oficialmente contra aquele homem,ir ao tribunal e me tornar novamente um alvo.

Estava consciente dos olhares sobre mim,todos esperavam uma resposta ,mas eu tinha medo de da-la

-Se você o acusar oficialmente ,um junta policial será destacada para protege-la até que o homem esteja atras das grades ,não permitiremos que ninguém lhe faça mal.

Olhei automaticamente para o dono daquela voz,Willian me olhava sem reservas,seus olhos  estavam nublados,como se ele tentasse conter a raiva.

me perguntava do que ele sentia raiva,talvez fosse daquela situaçao,de ter que estar novamnte proximo a mim.

De todos os policiais de nova york ,por que tinha que ser justo ele designado para meu caso.

Entreguei o copo de agua para minha mãe e cruzei os dedos sobre os lençois.

Eu tinha consciência que aquela decisão mexeria drasticamnte com a vida estavel e traquila que eu construira para mim,mas outras pessoas poderaim pagar um preço cara por meu silencio e eu nao queria isso.

-Eu aceito depor em juizo.

falei quase nun sussuro.

As pessoas no quarto tiveram reações completamnte diferentes.

Linda Morretz me olhou preocupada,James Skinner pareceu extremante satisfeito e Willian Carter,meu ex marido e policial da divisao de homicidios  do FBI ,com um olhar onde se misturavam varios sentimentos,o unico que consegui reconhecer foi ferrocidade.

-Nós escolheremos pessoalmente o pessoal que cuidara de sua segurança senhorita.
O policial Skinner garantiu buscando apoio do colega,quase instintivamente busquei William,este apenas assentiu.
Era visivel seu desconforto em estar ali,tinha certeza que ele preferia estar em qualquer outro lugar,por mais que se  mostrasse indiferente a ele,saber que estar ali naquele pequeno quarto de hospital com ela lhe desagradava tanto fez alguma coisa afundar dentro do meu peito,queria que aquilo acabasse logo,e que não precisasse mais encontrar com aquele homem que tanto mal lhe causara.

Estava prestes a dizer que ja não tinha mais condições de continuar com o depoimento quando uma batida na porta chamou a atenção de todos,minha mãe se adiantou e a abriu para um sorridente e charmoso Peter,meu amigo carregava um esfuziante buque de rosas em uma mão e pelo o que ela pude notar ,uma caixa de meu chocolate favorito.

Ele olhou curioso para os outros dois homens e depois novamente para mim.
-Acho que cheguei em má hora.
Falou com sua voz extremamente máscula,quem visse Peter pela primeira vez ou simplesmente não fizesse parte de seu circulo de amizades ,jamais diria que ele era gay,como todo inglês ,o amigo era bastante discreto.
-Oh querido que bom te ver.
Não contive a alegria em ver meu sócio e melhor amigo,estendi os braços em um gesto de acolhimento,alheia a william e Skinner .
Peter entregou as flores e os chocolates para Linda e veio até mim ,me abraçou com cuidado ,me deixei ficar em seus braços carinhosos por alguns momentos até ouvir um pigarro irritado.
Nós nos soltamos e olhamos ambos para william que estava parado próximo.
-Acho que estou atrapalhando -Peter cometou obeservando a figura dominadora de meu ex marido.
-Na verdade já acabamos por hoje.
Foi Skinner que falou,suspirei aliviada,nao suportaria falar mais nada ,estava cansada fisica e emocionalmente.
Willian assentiu taciturno,percebi que ele olhava diretamente para a mão de Peter que repousava preguiçosa sobre meus ombros ,me mantendo proxima a ele,me perguntei o porque do interresse .
- Um agente vai ficar de vigia na porta do quarto .-era a primeira vez que willian dizia mais que monossílabos ,era inacreditável como sua voz grave e levemente arrastada ainda conseguia me arrepiar.
Me detestei por isso ,eu odiava aquele homem,odiava.
-E vamos deixar um dispositivo de rastreamento com você,seus passos vao ser acompanhados 24 horas por dia,de uma central do FBI.
Senti um cutucão no braço,olhei disfarçadamente para cima e vi Peter piscar maliciososo.
Willian tirou uma pequena caixinha do bolso,a abriu  e tirou o que parecia ser um broche de Dentro.
-Vou ter que por isso em você.
Ele parecia pedir permissão,eu não queria ter qualquer proximidade com ele,mas seria no minimo estranho recusar que ele colocasse o pequeno dispositivo  em mim,Eu nunca contara a Peter que fora casada e certamnte Skinner também não sabia que seu parceiro fora meu marido cafajeste.
Uma secura irritou minha garganta,pigarrei e como as palavras nao saiam ,apenas assenti para ele.

Peter se afastou dando espaço para willian se aproximar,este veio e se inclinou para mim.
Meu coração era um traidor  que entregava meu nervosismo,eu tinha impressão que todos no quarto podiam ouvir ele bater acelerado ,Willian estava tão proximo que consegui sentir o cheiro discreto da sua locão pós barba,ele continuava usando a mesma que eu me lembrava ,amadeirada, uma fragrância que combinava com sua personalidade máscula e dominadora.

Ele prendeu o pequeno objeto no tecido da minha camisola hospitalar,e antes de se afastar olhou bem dentro dos meus olhos.
Uma corrente de eletricidade pareceu passar por meu corpo,eu tinha esquecido de como aquele homen mexia com meus malditos hormônios. Senti vontade de praguejar,mas me contive ,Willian endireitou o corpo e me lançou um olhar carregado de deboche,era óbvio que notara que me deixara perturbada.
Aquilo me fez odia-lo ainda mais ,numa atitude extremante infantil, eu fiz a coisa mais imbecil possível,certamente eu ainda estava sob efeito alucinógenos dos medicamentos.
-Que bom que você está aqui querido.
Eu falei mais alto do que precisava,puxando
Peter para perto e beijando-o na boca,como se fôssemos o casal mais apaixonado que existia.
Fora infantil,mas a expressão no rosto do meu ex marido cafajeste valeu a loucura.

Uma Nova Chance para O amorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora