Consequências Repentinas

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— Aruna, o que foi aquilo? — Vieram várias pessoas atrás de mim. Apostava que era sobre o recente incidente.

— Você salvou a vida da rainha da Rubéria! — Falou Brandon ainda surpreso. Eu ainda estava nervosa pela situação, nunca havia feito aquilo.

— Mas ninguém deve falar nada sobre isso. Só os convidados e os funcionários do restaurante sabem disso, ninguém mais deve saber, fui claro? — Pierre, com aquele sotaque irritante, afirmou.

— Pierre, ela salvou a vida da Rainha. Tome cuidado com o que fala, ela agora é mais importante que você! — Luke falou em tom esnobe.

— Mas lembrem-se do contrato. E — ele reduziu o volume de sua voz — parabéns, você agiu bem. — Pierre apertou minha mão e saiu. Aquele cara era muito estranho.

Ao escutarem a porta bater com a saída de Pierre da sala, todos vieram me parabenizar. Eles realmente estavam felizes por mim, eu havia salvado uma vida. A vida da Rainha! Eu mesma não acreditava.

— Vamos comemorar!

Brandon gritou com uma garrafa de champagne na mão. Fomos todos para a cozinha, deixando os vários seguranças em volta da mesa para saber se nada estava errado. Luke estava morrendo de felicidades e estava implorando para Eddie abrir uma garrafa de champagne que, depois de muita relutância, permitiu.

— Caramba! Mal dá para acreditar que você salvou a rainha! — Hayley afirmou sentada em cima de um dos balcões da cozinha.

— Aêêêêê! — Luke gritou quando aquele champagne abriu, e começou a servir todos os funcionários que estavam na cozinha. Quando me deu a taça de champagne, o avisei:

— Luke, eu não bebo. Não sei para quê abrir um champagne — Luke era muito extravagante, mas eu amava aquele jeito dele.

— Mas eu sim. Você salvou a vida da minha sogra, não faça pouco caso.

Todos estávamos na cozinha e comíamos muito. Eddie tinha deixado, ele estava feliz por mim. Rimos muito. Vendo o sorriso daquelas pessoas que afirmei para mim mesma que eu era feliz. Podia reclamar, ter que fazer horas extras para pagar o aluguel, mas a minha vida era coberta de pessoas que me amavam e que cuidavam de mim. E isso era um ganho muito maior que dinheiro. Brandon então falou alto:

— Ei, mas vocês sabem que a gente está, tipo, comemorando a quase morte da Rainha? — Luke revirou os olhos e voltou a mim. Ele realmente não gostava de Brandon, desde o dia em que levou um fora dele.

— Aham. Então, Aruna, nos conte como foi ter o agradecimento real do Príncipe gostoso? — Oh droga. Ele tinha que falar daquele maldito príncipe.

— Luke, nem me fale desse otário. Só de falar, me embrulha o estômago — Luke me olhou boquiaberto, junto aos outros.

— O quê? — perguntaram em conjunto, surpreendidos.

— Ele insinuou que eu era interesseira e me tratou super mal, urgh — pigarreei. — Esse povo rico é tudo igual. Acham que pode pisar na gente só porque somos pobres. Eu realmente odeio esse tipo de pessoa! — Todos olhavam-me, perplexos.

O silêncio reinou por alguns segundos, até Luke quebrá-lo.

— Ótimo. Agora você está me fazendo odiá-lo.

— Sério Aruna? — Hayley perguntou, perplexa. As portas da cozinha se abriram repentinamente e alguém conhecido entrou. Aqueles sapatos perfeitamente polidos e cabelo grisalho eram inconfundíveis. O rabugento gerente do hotel: Sr. Closs.

— Srta. Betra? — Todos nós nos ajeitamos. Ele era extremamente rigoroso.

— Sim, senhor — me aproximei.

Um Príncipe em Minha VidaWhere stories live. Discover now