Chapter one. (√)

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POV Emma Walles

"É claro que eu quero um futuro melhor para mim! Nunca duvidei disso." Mencionei com um tom relativamente elevado para Mark, o meu padrasto. Bem ele não o é, mas digamos que é como se fosse. 

"Dizes que queres um futuro melhor, mas estás sempre no teu quarto fechada, estás sempre sozinha na escola e não tens amigos." Reclamou. "Os adolescentes normais saem de casa, bebem, fumam. E tu? Bem, tu preferes viver no teu mundo, mas o pior é que não deixas que ninguém entre nele! Tens 18 anos!" Mark exclamou num tom fora do normal. 

Não era como se eu não estivesse habituada, pois eu estava mas mesmo assim ele fazia sempre tudo para demonstrar o quanto um mostro ele era. Nada era impossível para ele. 

Mas afinal o que tem de errado de eu viver apenas no meu mundo?
Afinal o que está de errado por eu apenas viver na minha escuridão e também não deixar que ninguém se interfira nela?
Qual é o problema de eu ser fria com toda a gente, rebelde e estranha?
É totalmente normal, afinal eu sou apenas uma adolescente com alguns problemas, como quase todos os outros adolescentes. 

"Eu sei que sou diferente!" Exclamei, tentando me defender.  "Eu sei que não sou como as raparigas que estão lá fora que perdem a virgindade com o primeiro rapaz que lhes aparece a frente." Suspiro. 

"Sou insegura e fria ao mesmo tempo. Sou simpática para aqueles que vivem na minha mente. Mas qual é o teu problema se eu sou solitária? Qual é o teu problema comigo? Já pensaste que eu posso apenas ser da maneira como sou pois isso é apenas como um escudo para me proteger a mim mesma, porque durante todos estes 18 anos eu nunca tive realmente ninguém comigo a proteger-me? Então olha, vai perguntar ao primeiro adolescente na rua sobre a sua infância, ele iria dizer-te mil e umas coisas fascinantes que fez ou passou quando estava a crescer. Mas agora, pergunta-me a mim como foi a minha infância." Prenunciei, finalmente ganhando algum coragem para dizer finalmente o que pensava.

Eu estava cansada da sua maneira de me atirar coisas a cara que simplesmente não faziam efeito ou apenas para me magoar.  

"Como é que foi a tua infância?" Mark pergunta, usando sarcasmo. 

"Eu não tive uma infância!" Exclamo. "A minha infância resume-se em dor. A ver o meu pai a morrer de cancro e a minha mãe a ser morta por ti. Achas que esta na minha cabeça te respeitar e te tratar como se fosses família quando tu apenas destruíste a minha? A culpa foi tua!" Grito, não tendo medo do que ele seria capaz de me fazer. Eu não tinha mais medo. O mesmo afasta-se de mim, com um olhar aterrorizado demonstrando que o mesmo não estava a espera de um reacção minha sequer. 

"Emma saí desta casa! Nunca mais me apareças a frente. Pega nas tuas coisas e saí. " Mark ordenou, num tom baixo. Dor estava escrita na sua cara, mas depois de tudo o que ele fez? Eu não me estava nas tintas. 

Eu não respondi. Sinceramente, uma coisa que eu queria, era sair deste inferno. Nunca fui normal, isso é verdade, mas agora todos os dias a ouvir sempre os mesmos comentários da pessoa que arruinou toda a minha vida? Ninguém conseguiria aguentar com isso, muito menos eu. 

Acabei por entrar no meu quarto, tirei toda a roupa do meu roupeiro, atirando-a para cima da cama. De seguida tirando todos os livros das estantes em frente a minha cama, pousando-os na minha cama.

Peguei em tudo o que poderia precisar. 
Eu tinha dinheiro suficiente para poder ficar durante uns meses em um hotel se cinco estrelas ou ate mesmo comprar um pequeno apartamento no centro de Londres, portanto eu não necessitava de me preocupar com dinheiro. 

Peguei em uma mala de viagem bem grande, pondo toda a minha roupa e calçado e pegando noutra também igualmente do mesmo tamanho, pondo todos os meus livros e produtos, ou seja tudo que estava no meu quarto agora em malas.

Uma nova vida, Emma, será que estás preparada para tanto? 

Beside You ☁ h.s.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora