Capítulo 1

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* Que capítulo enormeeeeeeee! 


Libby,

- Não senhora! Nada disso. – Minha gerente geral e melhor amiga Bia foi fechando minhas anotações, e dando a volta à minha mesa, puxou-me pela mão para que eu me levantasse. – Hoje é sexta-feira. Não trabalhamos fim de semana e não vamos ficar depois do horário.

- Só não sei se a senhoria se lembra, temos que estar com toda a cozinha entregando as refeições na segunda às sete da manhã. O que quer dizer que precisamos deixar tudo em ordem.

- Libby, isso não te pertence mais. Essa não é sua função. Acontece que temos uma engenheira de alimentos e uma chefe de cozinha, contratadas, justamente para isso. Elas são responsáveis agora pelo andamento dessa cozinha. Certificando-se que tudo esteja na mais perfeita ordem no começo da semana.

- Eu sei Bia. Mas nunca me sinto segura deixando tudo em mãos de terceiros. Sou daquela que precisa conferir tudo pessoalmente. Só assim consigo descansar.

Ela entendia minha situação não chegamos aqui deixando trabalho nas mãos das pessoas. Nem mesmo das pessoas que trabalham conosco, nas quais tenho total confiança.

- Não são terceiros Libby, é nossa equipe. Escolhida por nós.

Trabalhamos duro por mais de seis anos para estar com a clientela fixa de mais de quinhentos clientes, satisfeitos, com suas dietas sendo entregues durante todo o dia.

É bom ver o resultado esperado pelas pessoas tomando forma. Semana passada uma cliente, médica, comentou sobre nós em rede nacional, enquanto era entrevistada para um programa de saúde e bem-estar, o que me deixou extremamente orgulhosa. Segundo ela, havia perdido mais de seis quilos em apenas um mês, sem sacrifícios, apenas com a alimentação saudável.

Isso é gratificante.

Mas não foi fácil chegar aqui. Trabalho arduamente com alimentação a mais de dezenove anos, por mais de seis anos, Bia e eu trabalhamos sem folga. Acordando as quatro e dormindo as onze e meia da noite. Quatro horas e meia por dia não eram o suficiente para um bom descanso, mas agora, ela tinha razão. Precisava aprender a me desligar de algumas funções que não eram mais minhas. Por fim, fiquei de pé e me rendi à ela.

- Está bem! Vamos para casa! Até porque... – Olhei no relógio e imaginei que devia estar descansada para a noite que prometia. Estava ansiosa pela chegada do Vinícius. Meu Vini.

- Casa? O que está me dizendo? Ir para casa, em plena noite de sexta-feira? Só pode estar brincando, não é?

Não. Não estava. E há muito, eu não me interessava por esses happy hour's, que a galera insistia em fazer às sextas. Inclusive, eu nunca havia encontrado o interesse demonstrado pelas pessoas no charmoso Scotch Bar, e em seus frequentadores.

- Casa sim meu amor. Se esqueceu que meu filho chega de madrugada?

- Hum... Completamente.

- Viu! Preciso estar descansada.

Segurei meus pertences. Chequei algumas chamadas e mensagens no celular. Mas nada que me detivesse por mais tempo ali. O importante era somente meu filho. E em poucas horas, estaríamos juntos para sempre.

Tenho imensa alegria em dizer que o Vini, meu lindo e amado filhinho do coração havia sido criado com meu, e somente meu trabalho.

Depois que meus pais se foram, fiquei morando na comunidade com minha tia e logo depois de ter meu filho, tive que me virar.

IncompletoWhere stories live. Discover now