Capítulo 28 - Pé na bunda e... Não, eu não estou apaixonada!

Începe de la început
                                    

- Hospital, Elisa? Você quer me matar do coração? Você não estava no shopping? Cadê aquele seu namoradinho? - quando ele finalmente parou para respirar foi que notou o bonitão pardo ali. - Anthony? O que está fazendo aqui?

- É uma longa história - disse meio rindo meio gemendo, Lena se sentou na beirada da minha cama e sorriu.

- Então é bom começar logo, por que não vamos embora sem ouvir tudinho.

E eles não foram, nem mesmo Anthony foi embora. Passaram a tarde comigo ali. O bonitão foi obrigado a fazer mais exames, assim como eu, mas felizmente nenhum deles deu nada. Era tão estranho ver Anthony ali com meu irmão e minha amiga, mas ao mesmo tempo era incrivelmente divertido. Ele obviamente escutava mais do que falava, mas ainda assim era mais interação do eu havia sonhado.

Quando voltamos pra casa no fim do dia, Lena fez questão de ir dormir comigo, fosse para me vigiar ou relembrar os velhos tempos, eu não sabia, mas foi muito bom, mesmo que dormir com ela fosse como dormir com um lutador de MMA.

Na segunda de manhã a vida já havia voltado ao normal, pelo menos pra mim, por que ainda exibiam matérias e mais matérias sobre o acidente na ponte e eu duvidava que tudo já tivesse se resolvido. Lá na doceria o assunto era esse também, então não fiz questão de participar das conversas, mas quando Edu me mandou uma mensagem lá pelas duas da tarde eu me desliguei de vez do que acontecia a minha volta. Era só uma frase, mas que nunca era acompanhada de boas notícias, "A gente pode conversar?".

Eu como o esperado respondi "Sim", então ele disse que passaria mais tarde lá no meu apartamento. Bem, seja o que Deus quiser.

Como hoje eu estava ansiosa com o que viria, resolvi cozinhar, estava terminando de temperar o bife quando a campainha tocou.

- Só um minuto - pedi colocando a carne na panela e lavando as mãos. Fui até a porta e a abri sorrindo. Edu continuava com o mesmo sorriso que eu me lembrava, mas mesmo que se esforçasse para esconder, ele não estava realmente feliz, o sorriso não alcançava os olhos. - Entre - chamei quando ele não fez movimento algum. Edu pareceu acordar e assim o fez.

Eu voltei para a cozinha e ele se sentou em um dos banquinhos da bancada.

- Então, o que você queria falar comigo? - perguntei indo direto ao ponto enquanto começava a preparar a salada. Ele se remexeu parecendo desconfortável e por fim me encarou.

- Acho que isso não vai dar certo - ele comentou e eu olhei para o tomate que picava.

- O que tem de errado com a salada? - quis saber e ele abriu um sorriso, mas um instante depois quando começou a falar parecia triste.

- Não estou falando da salada. Estou falando de nós. Eu e você. Isso não vai dar certo.

Parei o que estava fazendo e o encarei surpresa.

- Você está terminando comigo, é isso?

- Bem a gente não chegou a ter nada de verdade - ele abriu um meio sorriso e eu o olhei feio. - Ok, não vou fazer piada agora - disse sério e foi a minha vez de rir. Eu estava levando um pé na bunda e estava rindo, maravilha isso.

- Isso não ia dar certo mesmo, né?

- A gente é parecido de mais. Então, desculpa?

Eu ri.

- Por ter me chutado não. Mas pelo menos você não veio com aqueles papinhos de "Não é você, sou eu", ou ainda "Olha Elisa, você é uma pessoa incrível, mas..." - fiz aspas no ar e Edu gargalhou.

- Esse último parece que a pessoa tá sendo demitida - ele disse depois de se recuperar e sorriu pra mim. - Seria muito mais fácil se eu gostasse de você do jeito que gosto da minha ex, que depois de três anos de namoro rejeitou meu pedido de casamento.

Contrato de Amor ✓Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum