- Harry. Meu nome é Harry.

- Então Harry... Podemos ser amigáveis e lidar com isso com pura maturidade. O que acha?

- Eu trabalho melhor ouvindo música.

- Com o que diabos você trabalha? Porque o meu trabalho é impossível fazer se tiver música - Louis se sentia irritado e pra piorar, estava semi nu na frente daquele homem e isso o estava incomodando mais do que a porra da música.

- Eu sou pintor - Harry disse, encostando o ombro no batente da porta - e você trabalha com algo envolvendo nudismo? - perguntou, olhando pra toalha envolvida na cintura de Louis e mordendo o lábio inferior. O menor ficou vermelho e ao perceber o olhar do maior, pigarreou.

- Eu nao trabalho como prostituto.

- Que pena - falou com um sorriso cínico.

- Argh. Você é ridículo - falou e bateu os pés ate estar dentro de casa, seguro do olhar daquele homem.

Enquanto isso, Harry entrou em seu apartamento ainda com um sorriso idiota no rosto. Foi ate seu quarto e decidiu tirar a roupa. Assim que o fez, viu a situação de seu membro no espelho e deu uma risada, ouvindo seu celular tocar. Ele o pegou e atendeu, ouvindo a voz do amigo.

- Hey Harry! - ouviu a voz doce do homem e sorriu, voltando a se olhar no espelho. Em seu abdômen tinham marcas arredondadas de queimadura e também algumas cicatrizes, porém a única coisa que importava naquele momento era seu pau duro. Culpa do maldito vizinho.

- Hey Niall - falou rapidamente - como esta?

- Bem. Eu ia te chamar pra ir no cinema. O que acha?

- Não to afim de filme. Que tal aquela boate do centro? Acho que será uma boa ir lá hoje.

- Pode ser então. Vamos curtir nossa sexta.

- Vamos - sorriu de lado e desligou o telefone, pronto pra se masturbar pensando na bunda maravilhosa do seu vizinho.

Harry nem ao menos sabia como Louis era. Já tinha o visto algumas poucas vezes subindo o elevador até o andar, porém o homem sempre estava de terno e gravata. Sempre sério. E isso fazia a imaginação de Harry aflorar, imaginando-se fodendo a bunda do menor contra uma mesa de algum escritório qualquer, fazendo-o gemer alto com cada investida contra sua próstata. Também imaginava seu cheiro, seu beijo e seu calor. Imaginava como seria fazer aquele homem carrancudo ficar de quatro rebolando em seu pau até finalmente chegarem ao ápice do prazer. Sim, ele imaginava muitas coisas e se questionava se algum dia poderia fazê-las.

•••

Louis queria morrer e levar junto o maldito vizinho. O tal do Harry era abusado e idiota, na opinião do menor, ele se achava o maioral. O motivo de sua raiva agora era pelo fato de que Louis descobriu que as paredes são finas o suficiente pra escutar o homem transando no apartamento ao lado. Era quase quatro da manhã quando os gemidos começaram e a cama também batia contra a parede violentamente, fazendo Louis pensar que talvez a pessoa que estivesse com o "senhor Idiota" fosse ficar bem mal no dia seguinte.

Ele estava com ódio, mas agora que acordou, ficou tentando se lembrar da última vez que transou. Foi com um homem que conheceu pela internet. Eles marcaram encontro, jantaram e no fim da noite pararam em um motel. Foi a última vez que Louis saiu pra um encontro. O homem com quem ele saiu até o chamou pra sair novamente, porém ele não tinha tempo algum por motivos de: trabalho.

Louis ouviu gemidos mais altos e finalmente a cama parou de bater contra a parede. Tinham terminado, talvez? Não. Alguns minutos se passaram em silêncio, porém logo os barulhos voltaram. Como o homem da porta ao lado tinha tanto fôlego? Louis só sabia que estava ferrado e naquele dia tinha de encontrar uma cliente importante.

Silence | lwt+hesWhere stories live. Discover now