Até 2019

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- MÃEEEE - gritei assim que coloquei a última mala dentro do carro - vamos nos atrasar, correeeeee - disse assim que vi ela na porta - o piloto não vai me esperar não senhora Aline.
- Então entra logo nesse carro, que quem tem horário aqui é a senhorita.
Sim eu estava indo viajar sozinha, começar a realizar meu sonho de conhecer esse mundão gigante.
Entrei no carro e liguei o rádio o cd do Shawn Mendes tocava, e eu cantava igual doida até minha mãe baixar o volume.
- Convidou o teu pai pra ir no aeroporto? - sim eles eram separados (ou como minha mãe se auto intitula ela é viúva de marido vivo)
- Sim, ele vai estar na construtora, não vai poder ir - disse apoiando a cabeça no vidro do carro - pra variar.
- E a mulher dele e a tua irmã? - perguntou ela tirando os olhos da estrada por um segundo pra ver como eu estava.
- Ninguém vai, melhor assim, fui pegar a Aurora na escola ontem, me despedir dela - disse ainda num estado melancólico.
- Que bom, a menina não tem culpa o pai idiota que tem - ela estava com um pouco de raiva eu conseguia sentir isso pelo tom da voz dela.
- Pelo menos ele tá depositando o meu dinheiro bem bonitinho na minha conta - disse me arrumando no banco do carro, vendo que alguns metros a frente se formava uma fila.
- Mas ele tenta não depositar, coloco aquela construtora abaixo - ela riu - com o teu pai e a Paula aquela chata da mulher dele dentro - dessa vez eu que ri.
- Que droga, adeus Florianópolis, adeus fila dos infernos, vejo vocês em 2019 - eu disse bocejando.
- Dorme até chegar no aeroporto, chegasse tarde da despedida ontem. - A festa que as meninas fizeram foi muito legal, convidaram todo mundo.
- É? - ela perguntou e eu assenti - que bom, agora dorme.
E eu dormi.
Até chegar o aeroporto e minha mãe me acordar na base do grito.
- ALiCE ACORDA.
- Já acordei, já acordei - disse dando um pulo de susto.
- Corre que daqui a pouco tens que embarcar.
Peguei todas as minhas malas e fui, quase que correndo pra dentro daquele aeroporto, fiz o check-in  em 15 minutos e logo em seguida chamaram o número do meu vôo.
-  Tem certeza que pegasse tudo ?- disse minha mãe enquanto me abraçava no aeroporto, meu voo ja havia sido chamado, tinha que me despedir rápido.
- Sim mãe, tudo - disse secando as minhas lágrimas e as dela.
- Do carregador até a escova de dentes? De meia até uma roupa arrumada ? - perguntou ela me fazendo rir.
- Tudo mãe - disse abraçando ela de novo, ia sentir tanta falta dela.
- Eu te - ela falava quando foi interrompida.
"Voo de número 278 para Londres com escala em São Paulo, comparecer ao portão 5"
- Calma m*rda, to me despedindo da minha filha - disse ela quase que gritando no pequeno aeroporto internacional (que de internacional só tem vôo pra Argentina) de Florianópolis.
- Tenho que ir mãe, eu te amo - disse pegando minha mochila e indo em direção ao tal do portão 5.
- Me liga assim que pousar em São Paulo e em Londres - ela disse alto para que eu pudesse ouvir, acabou que o aeroporto todo ouviu.
- sua filha? - perguntou a senhora que estava do lado dela esperando o seu voo ser chamado.
- Sim 18 anos, e já vai conhecer o mundo, ela é o meu orgulho - eu abaixei a cabeça e sorri, tinha feito a escolha certa. Inglaterra aqui vou eu.

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Hoje foi o show dos bolinhos britânicos mais talentosos, então aqui vai uma nova fic com eles.

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