A noite parecia ser eterna, pois eu não me encaixava naquele grupo. Lucas quase não me notou por ali de tanto que todos conversavam e riam das suas piadas internas, o que irritava muito.
-Vou pedir uma bebida pessoal, já volto.- levanto da mesa e vou até o balcão.- um suco de abacaxi por favor.
-Parece que está precisando de algo mais forte.- a moça que me atende diz.
-Acho que não, obrigada.
-Tudo bem.- ela me entrega o suco.- São seus amigos?
-Um colega da faculdade me chamou para sair com seus amigos, mas eu sou péssima em me enturmar. Seria ótimo ir embora sem parecer chata.- digo a ela.
-Então vai logo menina!- ela diz dando uma pequena pausa - São apenas um grupo de jovens da faculdade.
-Você tem razão. Vou sair pela aquela porta sem olhar para trás.- digo confiante.
-Qual o seu nome?- pergunto.
-Alice e o seu?
-Marina, e eu ainda acho que você precisa de algo que tenha álcool!- ela diz irônica.
-Preciso ir.- digo rindo. Com isso, pago a minha conta e vou embora. Olho para trás para ver se Lucas percebeu, mas ele está muito ocupado para notar minha existência.
Chego em casa e me preparo para dormir. Me deito, fecho os olhos e sinto um aperto no peito de saudade da minha família. Começo a chorar sem querer, não sei muito bem o motivo de todas essas lágrimas ultimamente eu não conseguia entender como minha vida era cheia de tantos altos e baixos. Nesse momento eu só precisava que a noite fosse breve para um novo dia começar. Esse sempre foi meu lema para dias ruins.
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O diário de uma caloura
AléatoireViver em um lugar novo, com novas oportunidades e novas pessoas pode ser interessante. Porém, a realidade é que sempre criamos muitas expectativas para tudo, mas essa é uma das fases da vida em que isso não tem lugar, o único foco é a mais pura vers...
