Observando o horizonte,
fito as nuvens de repente,
umas são grandes e cinzas,
outras quase transparente!
As grandes carregam peso;
e as pequenas à brincar,
enquanto estão ali leves,
as grandes estão à chorar!
Eu fico aqui a pensar:
somos as nuvens grandes
e pesadas à chorar...
Um dia já fomos pequenos
como as nuvens que avistei,
mas a vida nos encheu
e nunca mais segurei
essa chuva que vem do olhar,
que eu tanto já derramei!
As nuvens pequenas vão crescer
e derramar a chuva também...
depois dessa tempestade
o sol sempre estará lá
e aí fica tudo bem...
É inevitável a lágrima,
quando precisamos estar vazios
que as chuvas também sejam,
que elas encham os rios!
Queira Deus que choremos,
que as lágrimas beijem o chão,
e tomara que as nuvens
venham chorar no sertão!
Somos nuvens cinzas,
mas veja pelo lado bom,
o céu tem a melhor cor,
azul no mais belo tom!
E depois da tempestade
toda nuven se esvazia,
fica leve igual poesia
e é levada pelo vento,
depois de lavar a alma
e elevar o pensamento!
A. Andrade
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UM MUNDO NOTURNO
Poetry▲Segundo lugar no desafio em letras, Olimpíadas literárias 2016. São os primeiros passos de quem leva sonhos através de versos; perdoai se faltarem as palavras certas, mas aqui estão minhas ideias, críticas, sonhos e loucuras. Tudo sobre uma vida qu...
