— Eu não sei porque ele não veio hoje — ela o respondeu.

— Eu acho que...— ele iria dizer algo mas foi interrompido pela entrada abrupta de Dylan.

— Bom dia — ele saudou os dois — Liana, William precisa de você, por isso venha comigo — pediu educadamente, ela o olhou e assentiu brevemente.

Saíram dali depressa, deixando para trás um Heitor antonito e curioso.

Durante o trajeto, Dylan contou a ela o que o irmão estava vivendo com a filha.

— Ela não quer nem comer mais — ele a disse. Ela o ouvia atentamente, sem entender em como iria ajuda-lo.

— Acho que a única capaz de resolver esse problema é a avó dela — ela comentou.

— Helena só se importa com sí mesma — disse com raiva. Já estavam no elevador do prédio em que ele e o irmão moravam.

****

William se levantou rapidamente ao ver o seu irmão acompanhado de Liana.

— Oi — ela falou um tanto sem jeito, seu olhar foi diretamente para a mulher que saia de um corredor.

Quem é ela?

— Que bom que chegaram! Venha comigo — ele a chamou, e ela o seguiu passando por aquela mulher, a qual ela só deu um aceno de cabeça, mas notou que a mesma os seguia.

— Dylan me contou tudo — ela começou — Como posso te ajudar? — o perguntou e ele se abaixou na frente dela.

— Converse com ela Liana, Alayla só quer a avó, mas a mesma esta viajando, eu já tentei de tudo — disse.

— Tudo bem — ela disse e ele a guiou até o quarto da sua filha.

****

Alayla ouvia vozes diferentes mas não se importou em saber quem era. Liana entrou no quarto sozinha e notou como o cômodo era lindo, era realmente o sonho de muitas garotinhas.

Suspirou ao se aproximar da cama da menina, ela realmente estava magra. Liana passou a mão nos cabelos castanho da pequena e começou a acaricia-lo carinhosamente.

— Oi Alayla  — ela começou — Você não me conhece mas eu conheço você, pelo menos um pouco — sorriu sozinha — Não quer me conhecer? — continuou acariciando o cabelo da menina — Eu posso ser legal — sugeriu — O dia está tão bonito, é um desperdício ficar deitada aí — Liana suspirou — Sabe, eu não perderia a chance de sair por aí e correr, pular e fazer várias outras coisas .

— Quando eu era pequena gostava muito de fazer essas coisas, mas um dia eu perdi a capacidade de andar... — ela contou e sorriu ao ver que tinha conseguido a atenção de Alayla.

Alayla olhou para Liana e seus olhos pararam na cadeira de rodas.

— Você não pode mais caminhar? — ela perguntou curiosa.

— Uma vez o médico me disse que eu poderia caminhar, mas eu acredito que não — a respondeu.

— Que dó! — falou com sua voz fininha de criança e deu um abraço em Liana que recebeu de muito bom grado — Qual é o seu nome? Você veio me levar embora, para longe do homem mal? — perguntou.

A cadeirante a olhou de cenho franzido.

— Liana — respondeu — De que homem mal você está se referindo? — ela o perguntou.

— Do meu pai — respondeu e Lia a olhou um tanto espantada — Eu pensei que ele era bom, mas minha vó disse que por culpa dele a minha mãe morreu, e disse também que ele não queria que eu nascesse — ela contou com os olhinhos cheios de lágrimas.

Que tipo de pessoa inventa algo assim para uma criança?

Se perguntou, e passou a mão pelo rosto com raiva de Helena.

— Vem aqui flor — a chamou e a trouxe para o seu colo — Deixa eu lhe dizer, olha, a sua avó está enganada — ela disse e a garota a ouvia atentamente — A verdade é que, o seu pai nunca soube de você, quando ele descobriu que tinha uma filha, ele ficou triste e alegre, triste porque queria ter visto você nascer, ter visto você dar os primeiros passinhos, ter falado as primeiras palavras. E feliz porque ele tinha uma filha e iria vê-la e iria tê-la consigo — ela sorriu ao dizer e a garota a acompanhou.

— Seu pai não foi no culpado pela morte da sua mãe, ele foi o que mais sofreu com a morte dela — suspirou — Você é um presente para ele, William te ama muito Alayla, ele não é mal acredite em mim — a olhou.

— Então porque a vovó mentiu para mim? — perguntou.

— Isso eu não sei, mas lhe garanto que tudo que ela disse sobre o seu pai é um terrível engano — garantiu — Você acredita em mim? — perguntou.

— Eu acredito sim — ela sorriu — Que bom que isso tudo é mentira, porque eu sempre quis conhecer o meu pai e abraça-lo bem forte — ela disse — Eu estou com fome.

— Vem, você vai poder abraçar o seu pai e comer também — sorriu.

Liana seguiu com a sua cadeira de rodas para fora do quarto, com a menina ainda em seu quarto.

— Isso é legal! — exclamou Alayla, ela havia gostado da cadeira de rodas elétrica.

William pensou ser alucinação, quando viu a sua filha no colo de Liana com um sorriso imenso no rosto.

— Você conseguiu Liana — ele disse ao se aproximar das duas.

— Alayla tem algo para fazer, não é? — ela disse olhando para a menina.

— Tenho sim! — exclamou e saltou do colo de Liana para o pescoço do pai, que se espantou ao receber o abraço da filha — Desculpe-me papai, eu fui muito má com você — pediu ainda grudada no pescoço do pai.

— É claro que eu te desculpo filha — sua voz saiu trêmula, ele estava emocionado.

— Ela está com fome William — Liana disse, e ele a lançou um olhar de gratidão.

*******

  — O que exatamente você fez? — perguntou enquanto observava a filha de longe.

— Só conversei com ela — respondeu Liana, estava feliz por ele e pela filha.

William não sabia dizer o que sentia por ela, a única coisa que sabia era que cada dia que passava esse sentimento se tornava mais forte.

























Desculpem-me pela demora!

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Até

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