Capítulo 30- Parte II

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Ele abre a porta do carro quando nos aproximamos do veículo, que estava parado em lugar que não deveria, e me acomodo no banco depois de passar o cinto rapidamente pelo corpo antes que o Gusttavo o fizesse por mim. 

Ele senta atrás do volante em completo silêncio e coloca a mão direita nas chaves do carro, mas não o liga. Ele permanece assim por longos minutos e quando me remexo desconfortavelmente no banco ele percorre os dedos pelos cabelos, deixando os fios levemente bagunçados, e inclina o pescoço para o lado, me olhando com aqueles olhos escuros que eu tanto gostava. 

Sua mão avança até a minha, que está apoiada na minha coxa, e ele entrelaça os dedos nos meus. Ao sentir o calor da sua mão minha pele volta a formigar, como vinha acontecendo constantemente desde que ele resolveu se aproximar. 

_ Me desculpa por ter falado daquele jeito com você. Eu não sei o que deu em mim. _ Ele confessa, parecendo realmente arrependido. 

_ Tudo bem. _ Digo e ele me olha atentamente, como se quisesse se certificar de que as minhas palavras foram sinceras. 

_ Mesmo? É que não quero que você fique chateada comigo. _ Ele aperta meus dedos suavemente, atraindo minha atenção para as nossas mãos unidas. 

_ Mesmo. _ Levanto meus olhos até os seus a tempo de ver seus lábios se moverem em um sorriso_ Mas não faz mais aquilo. _ Digo e ele balança a cabeça rapidamente, concordando. 

_ Não farei. _ Ele diz, pegando-me de surpresa quando leva minha mão até os lábios e deixa um beijo delicado no dorso. 

Minha respiração falha com o seu gesto e quando ele larga a minha mão e olha para mim sorrindo não consigo fazer nada a não ser desviar o olhar e encarar o local onde seus lábios quentes tocaram por breves segundos. 

Ele liga o carro e encosto a cabeça na janela, fechando os meus olhos, enquanto sinto o automóvel se mover pelas ruas. O silêncio não é quebrado por nenhum de nós dois e agradeço por isso, já que eu estava desconcentrada demais com o que aconteceu minutos atrás para pronunciar qualquer palavra com clareza. 

Depois de um tempo ele para o carro na praia e olho para ele sem entender o porquê de estarmos ali. 

_ Por que você parou na praia? _ Pergunto.

_ Deu vontade. _ Ele responde, já saltando do carro enquanto tirava os sapatos e as meias. 

Ele dobra as pernas da calça e dá a volta pela frente do carro antes de parar ao meu lado e abrir a porta para mim.

Tiro o cinto e quando estou prestes a sair do carro ele se agacha e dobra a minha calça até a panturrilha depois de tirar os meus sapatos.

_ Não tem graça ir na praia e não sentir a areia nos pés. _ Ele explica quando olho para ele com a testa franzida pelo o que ele acabou de fazer _ Vem. _ Ele me chama, andando para longe do carro e hesitantemente caminho na sua direção até alcançá-lo. 

Passamos a caminhar lado a lado em silêncio enquanto sentíamos o vento frio e a umidade que vinha do ar. A cada passo que dávamos a distância entre nossos corpos diminuía e nossas mãos roçavam uma na outra, trazendo a sensação de inquietude de volta ao meu estômago. Olho para por cima do ombro e percebo que estamos caminhando sem rumo a mais tempo do que eu pensava quando não consigo avistar mais o carro. 

A mão dele segura a minha e ele me puxa delicadamente para baixo ao sentar na areia com as pernas dobradas na frente do corpo. Sento na mesma posição que ele e continuamos calados enquanto observamos o mar escuro a nossa frente. 

O tempo não estava favorável para um dia de praia e por essa razão eramos os únicos naquela parte mais afastada. Olho para ele pelo canto do olho e vejo que ele está olhando para mim. 

Foi Tudo uma ApostaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang