— Você recusou minha ajuda.
Sery chega com nossas bebidas e respondo que por enquanto estávamos satisfeitos.
— Não quero falar sobre isso. Na verdade, não quero falar sobre nada.
— Esse nada tem nome e sobrenome. — Alexander encara meus olhos. — Onde ele está na verdade?
— Não sei. Não o vi desde semana passada. A banda está começando a ter seus próprios shows e ser reconhecida por algumas pessoas, mulheres na maioria das vezes. — Trinco os dentes. — Eu deixei claro que não poderiam aparecer em meu escritório a menos que fosse importante, e o cronograma tava cheio demais para termos alguma brecha.
— Isso quer dizer que sabe de quem estou falando e notou que não tiveram tempo de se encontrar. — Dá um sorriso esperto. — Ponto pra mim.
— Quando foi que comecei a contar da minha vida pra você? — Reviro os olhos.
— Também não sei. Parece ser algo natural, apesar da diferença de idade.
— Vai se ferrar, Alexander.
Ele gargalha jogando a cabeça para trás e tento não sorrir.
Eu não sabia o que tinha acontecido realmente. Desde aquele dia em meu escritório onde Alex havia provocado Hunter e feito aquela proposta, o destino ou o que mais se possa acreditar que seja, fez com que a gente se esbarra-se em cada maldito canto.
Desde então, fomos a uma cafeteria juntos e começamos a literalmente bater um papo. Eu não sabia o que tinha acontecido com todos os muros que ergui em volta de mim com o passar dos anos, mas estar perto desse garoto de apenas vinte e um anos e conversar como se fossemos amigos há séculos, parecia surreal.
— Já são quase três horas da manhã.
— Sim!
— Quer dançar? Ficamos sentados nessa mesa faz uma hora, daqui a pouco o dono vem perguntar por que diabos não estamos nos divertindo.
— Ela não vai reclamar.
— Ela?
— Sim, a dona.
— Você a conhece?
— Sou eu. — Jogo um petisco na boca comendo devagar.
Alexander abre e fecha a boca enquanto franzo a testa pelo seu movimento.
— Quer saber?
— Hm?
— Você é um mulherão da porra.
— Obrigado, eu acho. — Levanto uma sobrancelha e sorrio.
Alexander começa a fazer círculos ao redor do copo enquanto mirava a boate distraidamente. Estávamos escutando a música alta que o DJ tocava naquela noite em um silêncio calmo dentro de nossas cabeças. E foi nesse momento que quase pulo da cadeira quando ele se levanta de repente.
Alex estende a mão em minha direção mirando a porta da boate e sua expressão me deixa alarmada. Porém, antes que possa ver para onde ele realmente estava olhando, este devia para meu rosto.
— Me daria à honra de uma ultima dança?
Franzo a testa pela pergunta inesperada e estranha, mas novamente ele não me da tempo de perguntar o que estava acontecendo, já que, antes que pudesse sair qualquer palavra por minha boca, meu corpo é puxado para cima colando no seu.
Ele passa um dos braços ao redor da minha cintura e me guia para dentro daquela multidão suada que não conseguia parar de se mover. Não se importando com a exaustão que seus movimentos lhe causavam.
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THE HEADHUNTER | REVISANDO | - SÉRIE SINNERS
RomancePLÁGIO É CRIME, RESPEITE! VOLUME 1 Melindra Clark sabe o poder que tem. Era o tipo de mulher que chamava atenção por onde passasse, tanto pela beleza quanto pela frieza. Gerenciava umas das maiores empresas de talentos do país, e por isso não ficou...
Capítulo 28 |Parte 1|: Piedade, amor!
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