prólogo

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Estou ansioso pra caramba, o que será que ela vai achar? Será que ela vai gostar? Tomara que sim, não vejo a hora de poder entregar e ver a reação dela. Logo hoje acordei atrasado por culpa dela mesma.

Fiquei acordado boa parte da noite, não conseguia dormir pensando no que vai acontecer hoje, por isso acordei atrasado e meu pai me trouxe, não podia faltar hoje por nada no mundo.

Preciso falar com ela e entregar meu presente, vai ser apenas um início de tudo, o que virá depois será muito mais importante para nós.

Ela está onde sempre fica antes de entrar na classe, sentada no banco perto da porta, melhor não perder mais tempo e entregar para ela logo assim tomo coragem para o que vem depois, hoje ela não me escapa.

A ansiedade é tanta que nem penso direito e vou falando.

— Fecha os olhos. – ela me olha como se não tivesse entendido.

— Oi?

— Fecha os olhos.

—Não sei se você sabe, mas a primeira coisa que fazemos quando nos s aproximamos de alguém é dizer: Oi. Ou um; Olá, como vai? Tudo bem?: Ou simplesmente;Bom dia!! Conhece alguma dessas saudações?

— Oi! bom dia!! – falo numa entonação forçada. — Esta bom assim?

—Mais ou menos, podia ser melhor.

— Ah vai, para com isso e fecha os olhos.

— Ãhn... não. Bom dia para você também.

— Bom dia. Agora fecha os olhos, anda.

— Porque? E para quê?

— Não seja estraga prazeres, Laura. Fecha logo, e estende as mãos. Prometo que não vou te matar enquanto estiver de olho fechado, mas posso pensar na possibilidade de uma possível tortura com cócegas se você não fizer o que estou pedindo.

Sei que ela não gosta nem de uma coisa nem de outra, mas sei que ela detesta cócegas, por isso sei que ela vai preferir fechar os olhos

—Vai logo, fecha os olhos, por favor. Você sabe que pode confiar em mim, jamais faria algo de ruim com você.Não tem porque não confiar.

—Eu confio em você, só não quero fechar os olhos.

—Assim você me faz tomar medidas extremas, eu te avisei. – empunho as mãos para começar a fazer cócegas .

—Ah não. Tá bom, eu fecho, seu chato. – ela fecha os olhos rapidamente estendendo as mão para frente juntas em forma de concha.

Deposito o presente nelas.

— Já que gosta tanto da Grécia, achei que iria gostar disso. Quando o vi me lembrei de você. Espero que goste.

— Um olho grego!? – arregala os olhos ao ver o que é. Parece que gostou.

— Sabia que o nome verdadeiro deste amuleto é Nazar boncuk?

— Sério? Conheço apenas pelo nome de olho grego.Eu me interessava mais em saber os lugares que queria visitar do que sobre os objetos típicos da região, por isso não sei muito sobre ele, além de que é muuito bonito e que serve como amuleto de proteção.

—É sério, ele é mais conhecido como olho grego ou olho turco, mas o nome verdadeiro é Nazar boncuk, por causa de uma lenda bem interessante sobre mau olhado. Depois eu conto sobre a lenda e também sobre um detalhe acerca desse amuleto. – me aproximou-se dela, não tanto quanto eu queria, mas o suficiente para sentir o perfume dela.

—Eu procurei por um desses aqui na lojinha da cidade e não encontrei. A dona da loja ficou de encomendar, mas até ontem não tinha chegado. Onde o comprou?

— Eu comprei pela internet. Você não disse se gostou. – digo e enquanto ela admira o colar erguendo-o a linha dos olhos, eu a admiro. Me alegra ver como seus olhos estão brilhantes de alegria, reparo em seu jeito de ser, sempre meigo e amável, foi o que me conquistou desde o primeiro momento.

— É lindo, mas não é justo eu ganhar um presente desses, seu aniversário acabou de passar e eu não pude te dar nada.

— E o bolo que você fez, não conta? Eu gostei demais do meu presente, estava uma delícia.

— Ah, mas o bolo foi simples, nem se compara a esse colar. Eu não posso aceitar.

— Pode, deve e vai. – pego-o das mãos dela e afastando o seu cabelo coloco o colar em seu pescoço.— É para te proteger contra a inveja e o mau olhado.

— Não tenho nada que possa causar inveja em alguém.

— Você é uma garota incrível, inteligente e linda, mesmo que não se veja assim, e isso é mais do que suficiente para despertar inveja. Você vai aceitar sim, e ponto final. E não é educado se recusar um presente.

—Mas não é justo, não posso ficar com ele.

Ela é muito cabeça dura, mas não vai me vencer, posso ser pior que ela.

— Se não aceitar eu vou jogar fora, e você terá feito eu gastar dinheiro a toa. Não tem vergonha disso, não? Fazer um pobre garoto perder seu tempo e dinheiro para nada. – tento fazê-la ficar com a consciência pesada o que parece dar certo.

—Tá bom. Tudo bem, então. Eu fico com ele, mas eu prometo que vou te comprar um presente, assim que der. Obrigada, é lindo. – sorrio ao ouvir isso.

De repente ela me surpreende ao me abraçar e beijar meu rosto.

Meus braços automaticamente a envolvem e a fazem se aproximar o máximo possível, minha vontade é de nunca mais soltá-la. Seus belos olhos estão presos ao meu, seu hálito doce me embriaga e o desejo de beijá-la me fazem aproximar minha boca da dela.

Apenas alguns poucos centímetros me separam do tão esperado beijo, me sinto queimar pelo desejo de colar minha boca na dela, como um homem sedento no deserto quero matar minha sede em sua boca e será agora...

— Atrapalho algo? – ela se afasta rápido como se tivesse tocado em uma brasa.

Puts!, logo agora ela apareceu, não podia ter demorado mais uns minutinhos?

Continuo queimando, mas agora é de raiva, por ter sido novamente atrapalhado e pela mesma pessoa de sempre.

Grace está perto de nós, seu olho está vidrado e suas bochechas estão vermelhas.

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