Capítulo 13 - Não aceito um não como resposta.

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- Se você diz... - ela provocou e eu a olhei feio, e foi só por que uma senhora entrou na loja que ela me deixou em paz, por que, caso contrário, era bem capaz dela continuar ali.

- Srta. Banks - Anthony chamou e eu suspirei.

- Sim?

- E quanto a sua carteira, você a quer de volta ou não?

- Isso depende, eu vou ter que me mexer para tê-la de volta?

- Possivelmente.

- Então pode ficar, não tem nada aí mesmo.

- Srta. Banks - Anthony suspirou. - Eu estou falando sério.

- Eu também. Estou morta e continuo trabalhando, então me recuso a me mexer por nada menos que uma liquidação de sapatos ou talvez pizza grátis.

Ouvi o moreno xingar do outro lado da linha e podia jurar que ele estava passando a mão pelos cabelos e pensando o quão louca eu era, por algum motivo isso me fez sorrir.

- Tudo bem então - ele disse por fim. - Eu a levo pra você no fim do dia. Vai estar em casa?

- Com toda certeza - sorri. - Até, Anthony.

- Ate, srta. Banks.

- É Elisa! - disse só para não perder o costume e ele desligou, mas eu podia jurar que o ouvi rindo antes de o fazê-lo.

- O papo com o namorado estava bom, em? - Chloe perguntou toda inocente e eu gemi.

- Até você?

Ela riu e nós voltamos ao trabalho. Mas a verdade era essa, desde aquele fatídico almoço na casa da Lena, tia Cassy não tinha me deixado em paz com essa história sobre o Anthony. A cada uma hora ela me ligava pra saber se ele ia mesmo ao casamento, ou por que eu não tinha dito a ela que tinha um namorado, ou ainda se ele gostava ou não de peixe. Eu não sabia se ela estava brincando comigo ou se o cérebro dela filtrava minhas palavras pra ouvir o que bem entendia, mas o fato era que ela simplesmente decidiu que o bonitão de terno é meu namorado e não tem nada que a faça mudar de ideia. Então agora eu tinha duas alternativas, aparecer sozinha no casamento e ver se assim eu conseguia finalmente fazer tia Cassy entender a verdade ou convencer​ Anthony a ir comigo, e talvez, só talvez eu tivesse uma ideia de como fazer a segunda alternativa acontecer, afinal irritar Anthony não é tão difícil assim.

Então quando ele veio lá pelas oito da noite eu até lhe ofereci café, era uma tentativa de suborno que foi muito bem aceita, acabei por descobrir que Anthony é um grande adepto de café (eu diria viciado, mas se eu chamar Lena assim, ela apela). Eu estava morta, mas precisava disso, e foi só quando ele estava no fim da segunda xícara de café que eu tomei coragem.

- Anthony, você não pode mesmo me fazer o imenso favor de me ajudar com o lance do casamento? - quis saber sorrindo e ele me olhou arqueando uma sobrancelha. Com certeza a ideia de que tinha um executivo de terno super rico (e muito bonito, mas isso não vem ao caso) sentado em meu sofá era meio absurda.

- Se com "lance" você se refere a ser seu acompanhante, então não. Não me leve a mal Srta. Banks, mas sua vida pessoal não é de meu interesse.

Olhei pra ele irritada, eu não sabia por que, mas às vezes Anthony me irritava só em respirar e agora, o jeito como ele falou, todo formal me fez querer socá-lo, ele é o que, um robô?

- Eu não estou pedindo para se casar comigo, só quero que me acompanhe a um casamento. E não me diga que você tem coisa mais interessante pra fazer, por que eu divido muito disso.

Contrato de Amor ✓Where stories live. Discover now