1. De baixo das sedas (Parte 1)

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Minhas lindas, vou colocar o primeiro capitulo para vocês, apenas para matar a saudade, o capitulo é curtinho e logo coloco mais um pedaço pra vocês, esse é só uma introduçãozinha, pra vocês matarem a saudade. Gente vamos divulgar o livro da Lizzie, ele já está na Amazon! Ah!! E quem puder avaliar lá na Amazon eu agradeço de coração. (me deem essa forcinha divulgando e indicando!! <3 Bjos e até breve! (OBS: Mudei o nome de duque de Norfolk para Norfall para não ter nenhum nome real aqui, ok? Mas o do marquês de Winchester vai continuar o mesmo porque amo esse sobrenome e os irmãos que o carregam tbm...)

Londres, dias atuais...

O duque de Norfall acompanhava sua mãe e sua irmã ao mercado, o debute de Lady Mary Phillipa Howland iria começar em breve e sua mãe não aceitaria nada menos que a melhor costureira para confeccionar os vestidos e assim garantir no mínimo um Duque para sua filha, apesar de que, pela beleza, sua filha podia chegar a conquistar até mesmo um príncipe.

Um príncipe! ‒ A Duquesa sorriu ao imaginar sua filha casando com o Duque de Brindleton, o herdeiro do trono inglês, e também solteiro.

‒ Disse alguma coisa mamãe? ‒ Lady Phillipa perguntou ao ver o sorriso de sua mãe, sabia que ela só podia estar fazendo planos para o casamento da filha.

‒ Não falei nada querida ‒ A mulher mais velha respondeu e Phillipa voltou a olhar para fora da carruagem ‒ Mas já pensou se o príncipe Henrique estiver em Londres quando começar a temporada, ele com certeza, não recusaria um convite para o baile.

Lady Catherine Mary Howland estava animada, tinha tomado para si a missão de casar os dois filhos que tivera. Sempre soube que seu filho nunca lhe daria trabalho, pois desde pequeno sempre foi obediente e concentrado naquilo que seu título lhe obrigava. Já Phillipa por outro lado, sempre foi muito impertinente e cabeça dura, apesar das reclamações rigorosas que sua mãe lhe dava, ela continuava a dizer tudo que pensava e tinha uma língua ferina.

‒ Mamãe, pelo amor de tudo que é mais sagrado, pare de achar que eu vou me casar com um príncipe! ‒ A jovem respondeu revirando os olhos. ‒ Nós já conversamos sobre isso duzentas vezes, não vou me casar com alguém só pra agradar à senhora, até porque, quem vai ter que aturar o marido sou eu e não a senhora, então eu escolho com quem vou casar entre os nobres que a senhora diz que seria um bom partido. E eu não quero ser uma princesa.

‒ bobagem, toda mulher quer ser uma princesa! ‒ A mãe esnobou a negativa da filha com um aceno de mão.

Elas já tinham tido aquela conversa inúmeras vezes. E era sempre a mesma coisa, a Duquesa ficava sonhando em fazer de sua filha, a mais nova princesa da Inglaterra. Enquanto que sua filha só sonhava em não precisar ouvir todo dia a mesma ladainha que a duquesa lhe fazia.

‒ Uma mãe pode sonhar ‒ Lady Catherine fungou, fingindo estar ofendida. ‒ Só quero o melhor para meus filhos.

Phillip acompanhava a conversa em silêncio, ele sabia melhor que qualquer um que quando a mãe colocava algo na cabeça, ninguém conseguia tirar. E o Duque já tinha aprendido do jeito mais difícil que, se quisesse ter paz, teria que ter a aprovação da mãe, ou então estivesse preparado para viver um inferno.

‒ Mamãe, eu juro por Deus que se a senhora começar a me jogar pra cima dos nobres eu a faço passar vergonha. ‒ Lady Phillipa ameaçava.

‒ Você não seria capaz ‒ A mãe duvidava com o semblante surpreso diante da ameaça da filha.

‒ Tente e vamos ver se eu realmente puxei à senhora. ‒ A jovem concluiu fazendo a mãe fervilhar com a audácia.

‒ Olhe como fala comigo mocinha, eu sou sua mãe. ‒ A Duquesa foi autoritária usando aquele tom que toda mãe sabe usar quando convém. ‒ Não sei onde está aprendendo a ser tão petulante. Controle essa boca ou vai se meter em sérios problemas.

Phillipa bufou cruzando os braços e virou o rosto pra janela.

O duque, lá no fundo, invejava a audácia da irmã que enfrentava sua mãe sem medo sempre que podia e não permitia que ela ditasse nada de sua própria vida. Phillipa era livre e ele e sua mãe sabiam disso, assim como sabiam que não poderiam forçá-la a nada.

Ele por outro lado, era um exemplo de filho, comportado, sempre fez tudo que lhe cabia como homem e como Duque. A única vez que se permitiu quebrar as regras se deu muito mal e alguém acabou pagando com a própria vida.

A carruagem parou não permitindo que ele se perdesse em pensamentos sombrios e ele desceu primeiro, auxiliando a mãe e a irmã a saírem da carruagem.

Eles estavam em frente ao ateliê da Madame Charlotte. O Duque já tinha ouvido falar na costureira e no seu talento para confeccionar roupas. Estava ali apenas acompanhando a mãe e a irmã, e não pretendia perder seu tempo ali dentro, até porque tinha coisas mais importantes para fazer.

O navio com as sedas tinha finalmente atracado no cais e ele queria ver o estado da mercadoria. As sedas não eram só suas, ele era sócio do Marques de Winchester e do Conde de Dorset nessa empreitada. Um negócio que estava se mostrando bem lucrativo, apesar dos contratempos que ele encontrava de vez em quando, como o atraso da ultima carga; o navio tinha precisado mudar a rota por causa do mal tempo, e isso acabou fazendo com que eles parassem em outro cais para pegar novas provisões para, só então, voltarem para a Inglaterra.

Mas finalmente seus tecidos haviam chegado, e ele estava animado. Subiu novamente na carruagem e seguiu para o cais deixando sua mãe e sua irmã à vontade para provar as roupas. 

Como não se apaixonar por um Duque (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora