32| Refém em casa?

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Ela faz um sorriso safado, o que me faz rir levemente. Gosto que o humor dela esteja a voltar.

- Por favor, senhor, meu chefe. – ambos sorrimos.

Duas semanas foi o tempo que Victoria passou no hospital. Duas semanas infernais. Foi uma eternidade.

- Onde está o doutor Hussain? – quero saber.

- Não sei, ele esteve aqui há pouco, deu-me alta e não voltou mais. – Victoria responde. – Porquê?

- Então está tudo bem?

- Sim, amor. Posso finalmente ir para casa. – ela sorri e abraça-me quando acabo de a calçar.

- Que bom. Estou desejoso que estejas em casa. – afirmo.

Ela dá uma gargalhada.

- Do que te estás a rir? – inquiro, curioso.

- Vais fazer-me de refém em casa?

- Mais ou menos isso. – digo num tom de brincadeira.

Quando saimos do hospital, passam oito minutos do meio dia.

- Tens fome? – questiono, desviando a atenção da estrada e olho para ela.

Victoria olha para mim também e depois assente.

- O que queres comer?

- Podemos passar no McDonald's? – ela pergunta envergonhada.

Volto a prestar atenção à estrada.

- Amor, tu acabaste de sair do hospital... - relembro-a.

- Eu sei, mas apetece-me muito. – ela ri.

- Não queres que te faça qualquer coisa em casa?

- São só dois wraps... - não preciso de olhar para a Victoria para saber que está a fazer beicinho.– Quero o the BBQ Chicken e Bacon e o the Garlic Mayo Chicken.

Reviro os olhos e esboço um leve sorriso. Faço o que Victoria me pede e ela come no caminho para casa. É bom vê-la comer, mas ficava mais satisfeito se fosse qualquer coisa mais saudável.

- Onde está Dan? – Vicky questiona assim que entramos em casa. Ela olha à sua volta e depois para a meio da sala.

- Está na escola. – respondo, pousando a sua mala em cima de um cadeirão.

Sento-me no sofá e puxo-a para mim. Ela senta-se em cima do meu colo e deita a cabeça no meu ombro. O meu braço dá volta à cintura do meu anjo loiro. Victoria respira de forma serena.

Procuro os lábios dela e beijo-a calmamente. Victoria leva uma das suas mãos à minha nuca e esfrega a zona despreocupadamente.

Sentia falta disto. Sentia falta dela aqui. Sentia falta de a ter comigo. A minha mão que segura a sua cintura, desliza para debaixo da sua blusa e massaja a pele da barriga dela.

Ela puxa-me alguns fios de cabelo  e depois senta-se de frente para mim, no meu colo.

- O teu cabelo está a ficar grande. – ela diz-me. É impossível não sorrir.

- Não gostas, babe?

- Eu gosto. É bom para puxar. – gargalho.

- Não sei do que falas. – faço-me desentendido.

- Queres que te mostre? – Victoria provoca.

Seguro-a pela cintura.

- Que tal um banho? – sugiro. Gostava de lhe dar um banho e de a pôr na cama, a descansar um pouco.

- Pode ser. – concorda facilmente. Pensei que fosse mais difícil.

Pego-a ao colo e levo-a até ao nosso quarto. Sento Victoria na cama e vou até à casa de banho e ponho a banheira a encher.

- O que queres vestir depois? – pergunto, começando a despi-la.

- Não vai haver sexo depois? – ela parece desapontada.

- Hoje ainda não, meu amor. – deposito um beijo na sua testa.

- Tenho passado as duas últimas semanas em abstinência. – murmura.

- Tu tiveste um acidente. – respondo. Acaricio o rosto dela, colocando o seu cabelo para trás das costas.

- Eu sei, mas eu não sou de vidro.

- Amor... - gemo de frustração. – Deixa-me cuidar de ti.

Victoria puxa a minha camisa para ela e beija-me de forma urgente.

É bom estar de volta aonde pertencemos.

Amor & ObsessãoWhere stories live. Discover now