First touch, first kiss

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Já o cacheado acreditava que deixando a relação estritamente profissional talvez fosse mais fácil contornar a situação um tanto caótica. Mas, não havia muito o que fazer quando Amelia estava sentada sobre as pernas do ômega apertando o rosto dele com as duas mãos e achando aquilo incrivelmente engraçado. Não havia impessoalidade naquela relação, provavelmente nunca haveria. Ame estava completamente vidrada em Louis, como se ele fosse a criatura mais bonita do mundo. Bom, provavelmente tinha a ver com a genética.

***

Não era como se Louis sentisse que podia escolher não acompanhar pai e filha naquele passeio, talvez fosse uma ordem ou algo assim. Os três sairiam no fim da tarde, e quando todos estavam distraídos com suas próprias coisas, ele decidiu ligar para Charlotte.

- Hey Lots! - ele disse animado quando ouviu a voz da irmã do outro lado da linha.

- Achooo... - outra vozinha, essa um pouco mais animada... Só havia uma pessoa no mundo que o chamava daquela forma e o ômega abriu um sorriso mesmo sabendo que elas não podiam ver - Oi Lou! - Charlotte se pronunciou novamente.

- Como você põe a Doris pra falar comigo assim sem aviso... Charlotte, me respeita, eu sou cardíaco! - reclamou.

- Rainha do drama. - Louis quase podia ver a irmã mais nova rolando os olhos.

- Insuportável... Recebeu o dinheiro que eu mandei? - perguntou finalmente, foi por isso que ele havia ligado.

- Sim, a gente usou pra comprar os remédios do Ernie.

- Que remédios? Ele tá bem? O que aconteceu?

- Calma. Foi só uma gripe, nada demais, ele tá bem...

- Garota, você não pode me dizer essas coisas desse jeito...

- Você que é desesperado.

- Insuportável num nível... - suspirou derrotado. - Como vocês estão?

- Bem... A Fizzy teve o primeiro hut. - Louis arregalou os olhos - Pois é, parece que nós temos um alfa na família.

- E como... O que? - levou a mão à boca um tanto atônito.

- Foi... Como eu posso dizer isso... Complicado. É... É... Complicado é a palavra, mas, digamos que a gente já sabia que aquele temperamento dela não era de ômega.

- Isso é verdade. - deu de ombros, resignado.

- E agora nós podemos ajudar mais, você sabe, essa coisa da raridade, igual a você.

- Como assim?

- A Fizzy tá fazendo um sucesso dos diabos, a gente tá fazendo uma grana muito boa. Ela tá trabalhando num hotel como recepcionista e ganhando bem, ela é alfa, alfas ganham bem...

- Ei, você tá com ciúmes da sua irmã mais nova? - perguntou divertido e ouviu Charlotte suspirar do outro lado da linha.

- Não é isso, a gente precisa da grana, mas, ela chama muita atenção, eu só... Eu não sei se gosto do tipo, entende? Não quero que ela use a condição dela pra fazer dinheiro, isso não é certo Lou.

Louis sentiu seu estômago embrulhar, se ela soubesse que isso era exatamente o que ele fazia... Por várias vezes ele pensou em conversar com ela, contar-lhe qual era o seu emprego, carregar aquele peso sozinho por tanto tempo não era algo fácil e Charlotte seria a única com quem ele dividiria, mas, ouvindo aquilo... Talvez ele estivesse certo em nunca ter contado.

- Lou? - ela chamou sua atenção, fazendo-o perceber que ficou calado por tempo demais.

- Hey, desculpe... Fique de olho na Felicité sim? Vocês não precisam fazer nada disso, eu vou continuar mandando dinheiro. Não se preocupem com nada, ok?

How to save a life ~ ABO ~ l.sWhere stories live. Discover now