A vida pode ser dura, mas apesar de todas as dificuldades e empecilhos que Luciana encontrou pelo caminho só a tornou ainda mais forte. Doze anos depois, Luciana retorna para sua cidade natal, apenas para perceber que não adianta fugir do passado.
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14 de Junho de 2003
− Murilo! − o grito ecoava pela rua vazia. Sua voz era desesperada, e mesmo assim nenhum movimento podia ser notado de dentro da casa. − Murilo! Por favor! Você precisa me ouvir!
Os latidos dos cachorros dos vizinhos eram as únicas respostas para seu chamado, a levando ainda mais ao desespero. Seus punhos foram de encontro aos enormes portões de madeira, enquanto as lágrimas caíam pelo seu rosto. Os gritos se tornaram ainda mais altos, o que começou a chamar a atenção da vizinhança, que reclamava do barulho naquela hora da noite.
− Murilo! − já não gritava mais. Estava sem forças para tal. A dor tomando conta completamente de si, e a sensação de abandono a dominou. A única coisa que vinha em sua mente era: Porquê?!
Não se sabe ao certo quanto tempo ela passou ali, chorando de joelhos diante do enorme portão. Fato é que quando já não aguentava mais, e já não havia lágrimas para derramar, Luciana se recompôs, e com uma enorme dificuldade caminhou para casa, decidindo deixar tudo aquilo para trás.
Aquela era uma dor que ela jamais esqueceria, mas aprenderia a conviver com ela.