A doutora me entregou uma daquelas camisolas hospitalares e eu vesti, mesmo que me sentisse ridícula. Ela arrumou a aparelhagem e cinco minutos depois eu estava deitada na maca com aquele gel incrivelmente gelado em minha barriga.
- Pode estar um pouco frio - ela avisou tarde de mais e eu sorri.
- Não diga.
A doutora riu e ligou o aparelho e eu vi Anthony dar um meio sorriso de pé ao meu lado. A morena foi passado o aparelinho por toda extensão do meu abdômen enquanto analisava a telinha que mostrava vários borrões brancos e pretos, eu não tinha ideia do que eram, mas ela parecia muito satisfeita com o que via.
- Querem ouvir o coraçãozinho do bebê? - Marina perguntou sorrindo e eu não soube o que responder, mas Anthony assentiu, e quando o som preencheu o ambiente meu coração pareceu encolher, mas não de um jeito ruim, só inesperado, esse bebê nem era meu, mas cara, estava dentro de mim e isso por si só já era surpreendente. Ela terminou de verificar o bebê de todos os ângulos que conseguiu e por fim sorriu desligando o aparelho, fui me trocar e menos de cinco minutos depois me juntei a eles na mesa da doutora.
- Eu esqueci de perguntar, o bebê está bem? - quis saber e ambos se viraram pra mim.
- Está, está ótimo, então continue se cuidando para que permaneça assim, aqui - ela me entregou um folder com dicas e cuidados para grávidas. - Vou te receitar umas vitaminas pré-natais e marcar as vacinas que vai precisar tomar.
Assenti enquanto Anthony nos observava.
- E para os enjôos, você pode me dar alguma coisa?
A doutora sorriu e deu de ombros enquanto preparava umas receitas.
- Sinto muito, mas não. Não é aconselhável, nem saudável você ficar ingerindo remédios em excesso no estado em que está.
- É sério isso? - quis saber e ela riu.
- Muito, creio que vai ter que se acostumar com eles, mas não se preocupe dentro de um ou dois meses eles vão melhorar - ela garantiu e eu arregalei os olhos.
- Um ou dois meses?
- Isso mesmo Srta. Banks, mas caso você não esteja conseguindo suportá-los, existem vários remédios caseiros que pode tentar, como gengibre, por exemplo. – ela respondeu sorrindo para logo em seguida voltar a assinar alguns papéis.
- Não me chame assim - pedi irritada, mais dois meses até eu conseguir comer alguma coisa e ela ficar dentro de mim? Vou morrer até lá. – Doutora – chamei depois de desistir do drama e ela me encarou. – Por que, que mesmo depois do resultado do primeiro exame ter dado negativo eu acabei grávida?
- Simples – ela disse sorrindo – É por que, esse moreno do seu lado é incrivelmente ansioso. O certo, para podermos ter realmente certeza sobre a gravidez é fazer o exame pelo menos uma semana depois e não no dia seguinte à inseminação. Mas como o esperado era que você não fosse engravidar na primeira tentativa, eu nem me preocupei com o resultado, só que claramente deveria, não é? – ela sorriu divertida. – De qualquer forma, isso não importa mais.
Eu olhei de canto de olho para Anthony ele revirou os olhos pra mim, isso só me fez sorrir ainda mais, mas foi o encarando que eu me lembrei de algo realmente importante.
- Eu quero – declarei.
- Quer o quê? – o moreno perguntou curioso.
- O exame de DNA, a doutora disse que é simples, não me importo em fazer. Só quero que não exista nenhuma dúvida sobre o bebê.
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Contrato de Amor ✓
RomanceO dia de Elisa já estava sendo uma porcaria, ela tinha sido demitida do emprego de garçonete por jogar um copo de cerveja em um cliente - pela quarta vez -, seu aluguel estava atrasado e se isso já não fosse ruim o suficiente naquele dia ela tinha e...
Capítulo 8 - Ultrassom, irritação e contrato.
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