After The Storm

Prólogo

4 de novembro de 2003, Nova York 23:00 p.m

Ela estava fazendo o jantar, sorrindo e cantando para mim. Com sua voz encantadora e amor de mãe transbordando dela, a cena estava perfeita até que...ele chega, meu pai! Ele entra batendo a porta e gritando como um louco

  — Você é mesmo uma vadia! — grita, transbordando fúria e cheirando a álcool.

— John! Do que está falando?—ela se assusta e olha para mim.

— Você e essa criança inútil, deveriam morrer! Seus inúteis!— fala com ódio e parte para cima de minha mãe a jogando contra a bancada.

E começa a bater nela freneticamente,  começo a chorar tentando gritar pedindo para ele parar, mas parece impossível. Minha mãe manda eu subir, mas digo que não vou deixá-la sozinha, nunca!

— Suba Tyler, AGORA!!! — ela grita com a voz falha entre tapas e chutes, quase sem ar.

Subo e me  sento na escada, olho a cena e choro, choro muito, meu pai batendo em minha mãe... então ele tira do bolso uma coisa grande e aparentemente e pesada...Me dou conta que é uma arma...

— Sua hora chegou vadia desgraçada!

— John...pe-pelo amor...de...de....De-us— Ela tenta dizer, mas esta sem ar por conta do pé de meu pai que em sua garganta.

—Diga Adeus!

Após isso escuto um som ensurdecedor e horrível, no qual ecoa em meus ouvidos, que não sai mais fica empregado eternamente ... o silêncio se torna a única coisa dentro daquela casa, mas então ele vem atrás de mim, escuto seus passos chegando na sala, me levanto e saio correndo... mas quando chego ao meu quarto, sinto uma dor na perna e tudo fica escuro....

Acordo assustado e suado em minha cama. Como pode, uma criança ter presenciado a morte da própria mãe? Como o mundo é cruel e podre? Até mesmo para mim, o cara mais errado de Nova York...ver minha mãe naquele chão, cheia de sangue foi a dor mais profunda que senti em toda  minha vida, neste dia, nesse maldito dia descobri que não existe dor maior... Nessas horas eu percebo que acordar, sempre é o melhor remédio para o pesadelo.