À medida que nos aproximávamos da entrada do Wertz, eu sentia-me mais nervosa e assustada, pois não queria que nada acontecesse. A Emma entrelaçou o braço dela com o meu e puxou-me pela discoteca a dentro, parando perto do segurança que ficava com os casacos. Demos os casacos ao segurança e depois fomos logo para o bar.
Bebemos 5 shots cada uma e depois fomos para a pista de dança. Há medida que dançávamos, as diferentes bebidas que os shots continham, iam-se misturando dentro de nós.
Quatro homens que lá trabalhavam, puseram-se em cima do balcão com uma garrafa de vodka em cada mão, para que nós fossemos lá para baixo beber.
A Caitlin puxou-nos até lá e pôs-se debaixo de uma das garrafas e o homem inclinou a mesma, fazendo cair para a boca da Caitlin. A Lisa empurrou-me para baixo da outra e o homem fez o mesmo, bebi uns cinco ou seis golos e depois desviei-me, fazendo que um bocado da vodka fosse parar ao meu pescoço e descesse até às mamas.
Dentro de minutos, já me começava a sentir tonta. Estava na pista de dança com a Lisa, enquanto a Emma e a Caitlin foram à casa de banho. Estávamos a dançar livremente, sem pensar em nada nem ninguém, nem mesmo no facto de nos estarem a ver e a pensarem cenas porcas a nosso respeito.
Senti umas mãos na minha cintura e virei-me para quem me havia agarrado.
Já nem via muito bem, mas conseguia ver que era um rapaz mais alto que eu, de barba mal feia e olhos castanhos. As mãos deles foram parar à minha cintura e o corpo dele encostou-se ao meu, não deixando qualquer espaço entre nós. Continuei a dançar, sem me importar com o facto de estar com o Justin, pois a bebida já me tinha afectado um bocado.
Um homem passou por nós e o rapaz com quem estava a dançar, tirou dois copos da bandeja de bebidas que o homem levava e entregou-me um copo. Há medida que as nossas cinturas se roçavam uma na outra, nós bebíamos a bebida.
Ele encostou-se mais a mim e perguntou-me se queria ir lá fora, pois estava bastante calor na discoteca.
- Lisa! – Virei-me para ela. – Vou lá fora.
Ela estava a dançar e só levantou a mão, fazendo um “fixe”.
Dei de ombros e segui o rapaz até à saída do Wertz. Pedi o meu casaco, pois estava uma aragem fria e não me queria constipar. O rapaz continuou a andar à minha frente. Estava com umas jeans pretas e uma t-shirt cinzenta em V, de manga comprida, embora dobrada até aos cotovelos.
Ele sentou-se num banco de frente para o Wertz, fez deslizar algo pelo bolso das suas calças, até conseguir tirar o maço de tabaco do bolso. Colocou um cigarro entre os lábios, acendeu-o, travou o fumo na garganta e depois soltou-o lentamente.
Ainda tinha o copo da bebida a meio, pus o copo entre os lábios e bebi tudo o que tinha lá dentro, ouvindo uma gargalhada rouca da boca do rapaz. Tinha a sensação que já tinha ouvido aquela gargalhada em algum lado, mas não me lembrava onde.
Ele colocou a mão à frente dos meus olhos, e entre dois, dos cinco dedos dele, o cigarro virado para mim, como se tivesse a perguntar se queria dar um bafo. Dei de ombros e coloquei os lábios no filtro, puxando para dentro e “fechando” a garganta, travando o fumo. Soltei-o de seguida, embora tivesse sentido uma enorme vontade de tossir ou até mesmo vomitar, pois aquilo era nojento.
xxx – Boa cara. – Ele riu-se. – Logo vi que não és miúda de fumos.
- Isso é horrível.
xxx – Quando te habituas, deixa de ser. Vamos dar uma volta?
- Onde?
xxx – De carro, queres?
