Le langage de l'amour

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Não haverá nenhuma fala em português dos personagens, somente em francês, ou japonês, ou coreano, saberão o porquê na história e como tradução, as frases em negrito irão ajudar nisso.

Não esqueçam de votar e comentar, isso me ajuda a saber se gostaram.

Apenas boa leitura! >_<

[...]

Dizem que o francês é a língua do amor e que pela sua melodia, é considerado o idioma dos românticos, com mais de 100 milhões de falantes nativos no mundo. Isso não tem sentido para mim, quem afirmou uma coisa dessas? Eu não sou de nenhum país que tenha o francês como língua nativa, porém, expresso o meu romantismo quando eu bem quero e de todas as formas que consigo. Sempre gostei de ser romântico e demonstrar os meus sinceros sentimentos de carinho e gratidão. Ainda mais para quem me é especial de verdade.

Alguém especial como Kim SungChang.

O rapaz de fios lisos acinzentados, no mesmo tom que o céu nos últimos dias em sua estação fria, nasceu na França, mas possui traços asiáticos. Descobri mais tarde que ele não entendia a minha língua, muito menos qualquer outra que parecesse falar a primeira vista. A minha sorte era estar ali naquele país para aprender a dele. Ou melhor, aprender a língua dos românticos.

A antecedência dele se esqueceu dos costumes da Coréia do Sul. Ele diz que sua família veio de lá, mas por que resolveram abandonar o seu passado para abraçar uma nova nação? Por que Spax – como gosta de ser chamado – mora neste lugar tão longe de onde sua família despediu-se dos antigos caminhos traçados? Eu vim do Japão para estudar um novo idioma por um ano e acabei me encantando por um rapaz asiático, que na verdade era francês. A vida é engraçada às vezes.

Abençoado foi o dia em que entrei em uma lojinha de conveniências da cidade, para comprar algo comestível a fim de matar minha fome e tive o prazer de ter visto o garoto mais beau que já encontrei na vida. O sorriso dele ganhou meu coração no mesmo segundo em que foi dado, seus olhos puxados com olheiras embaixo deles se direcionaram para mim, como se soubesse que eu estava o observando, e as bochechas fofas me fizeram querer apertá-las. O rapaz que pegou apenas um pacote de batatinhas fritas e uma lata de energético seguiu para o caixa com pressa, e eu não me contive em ir atrás dele. Havia me interessado por ele naquele instante.

SungChang é um rapaz extrovertido, fofo, às vezes estressado quando nada sai como ele quer e tem um enorme talento para a dança. É um b-boy incrível e adora dançar nas ruas da famosa Paris com alguns de seus amigos. No meu tempo livre com ele, sempre me perco admirando-o enquanto dança. Ele é gracioso, parece flutuar lentamente no ar quando dá os seus saltos e cai no chão com graça. Meu coração se enchia de orgulho toda vez que os seus passos saíam com perfeição e me sentia cada vez mais encantado por ele.

"On se demande parfois si la vie a un sens et puis on rencontre des êtres qui donnent un sens à elle", saiu de seus lábios pequenos e rechonchudos, em um de nossos encontros aleatórios.

Apaixonei-me por ele nesse momento.

Eu concordava com seu pensamento. Às vezes nos perguntamos se a vida tem um verdadeiro sentido, e então conhecemos pessoas que dão sentido a ela. Como havia acontecido comigo ao conhecê-lo um mês antes.

"Rien ne t'égale tous les autres à coté de toi sont minables", disse ele para mim, enquanto andávamos em uma das pontes mais românticas da cidade, A Ponte dos Cadeados, onde vários casais prendem cadeados com suas iniciais à ela e prometem amor eterno. E sim, fizemos isso.

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