Penélope Johnson

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✟Itália

Amor, Pecado e inferno. Eram as únicas coisas que rondavam os meus pensamentos há quase três meses. Ou seja, desde que o avistei na praça de São Pedro pela primeira vez. A mais de três meses atrás exatamente. Pra ser sincera, não me importava com os dois últimos, mas o primeiro... Ah! Esse sim me deixava sem saber como agir.

Não era uma mocinha bobinha e inocente. Estava longe disso! Embora fosse virgem, tinha tido muitas experiências com o sexo oposto. Não sabia dizer quantas vezes fora a motéis e clubes de striper. Porém, sempre saía desses lugares do jeito que entrara. Virgem. Gostava de homem. Sempre fora louca por eles desde muito jovem. Sempre gostei de receber e dar carinho. Mas nunca confiei em nenhum deles pra entregar minha virgindade. Lembro sempre do que a Juna, minha melhor amiga me dizia:

– Como alguém de aparência tão frágil e inocente poder ser esse furacão de desejo? Garota, você engana qualquer criatura. Tenho pena desses rapazes que se deixam levar por você.

Sorri. Ela tinha razão. Eu era uma provocadora. Adorava ver o poder que exercia nos homens. Adorava vê-los aos meus pés. Loucos para serem o primeiro. Lógico que eles também não eram santos! Pois tudo que sei, aprendi com eles. Porém, não sou nenhuma promíscua! Essas experiências foram com dois rapazes. Meus dois únicos namorados.  Parker e Evan.

Conheci o  Parker no colegial. Nos formamos juntos, então, foi mais que natural nosso envolvimento. Ele era muito gentil e educado. Um cavalheiro! Sempre me tratou como uma princesa. Mas eu buscava algo mais quente e ele era muito tradicional. Eu também era. Então queria algo novo. E percebia que com ele, não aconteceria nada demais até que o forcei a me levar a um motel.

Foi muito bom senti-lo, pela primeira vez como “homem e mulher”. Não que eu não sentisse que ele me desejava, mas ele sempre era contido demais! Lembro como gozei gostoso em sua boca pela primeira vez em um ano de namoro. Lembro da sensação de êxtase que percorreu meu corpo me deixando mole e arrepiada. Mas nosso namoro esfriou por que ele não se conformava com a minha vontade de ser independente.

Com dois anos de solidão, reencontro o Evan em uma boate de stripers onde estava comemorando a despedida de solteiro da Juna. Ele havia sido meu amigo de infância, alto, franzino, espinhoso e bobinho. Como foi grata a surpresa de vê-lo novamente. Principalmente depois do homem gostoso que o mesmo havia se tornado. Havia ganho um corpo maravilhoso, cheio de músculos e promessas de noites quentes.

Então, em menos de um mês, engatamos um namoro ardente. O ursão havia me proporcionado noites inesquecíveis. Fora um ótimo professor na arte da sedução e conquista. Ensinou-me a como atiçar um homem. Levava-me sempre a exaustão e me deixava completamente satisfeita. Porém, como nada é perfeito, ele começou a cobrar uma maior intimidade, e eu não sentia que deveria dar. Sei lá! Não conseguia ir até o fim. Resultado: trocou-me por outra!

A outra em questão não era nada mais nada menos de minha amiga de infância 

Stefanie. No começo fiquei muito puta da vida, mais depois, vi que era bobagem minha. Afinal, o que eu sentia pelo ursão era só tesão. Como havia pegado primeiro, deixei pra lá. Ri. Fui até madrinha de casamento dos safados. Hoje vivem super bem. Com dois bebês fofos, a Emily e o Junior. Administravam um sex shop em NY.

Como dizia um cantor brasileiro: A nossa amizade da saudade no verão. Desde então estou solteira. Mas não só! E louca pra dar para um. Aff! Estava ficando com um rapaz italiano lindinho chamado Aidan. Era um loiro bem gostoso. Mas muito grudento. Não queria nada sério com ele, mas parecia que ele não conseguia entender literalmente minha língua.

Minha vida estava perfeita! Tinha acabado de fazer vinte e cinco anos. Estava formada em políticas estrangeiras e tinha sido promovida de cargo na empresa onde havia estagiado. Ganhando um cargo de respeito notório. Porém, a promoção tinha vindo também com o encargo de mudar-me de endereço. Amei! Iria morar fora do país. Iria pra a tália! Meus pais que não gostaram muito, mas, eu já morava só e não devia mais satisfação do que fazia, então tiveram que se conformar. Além do mais, eles tinham a Paty. Sorri lembrando-me de minha irmã mais velha. Amava demais os Três. Mas queria voar! Arrumei minhas malas e cá estou eu.

✞Meu Padre Favorito.✞Onde as histórias ganham vida. Descobre agora