Capítulo 1 - Dia de azar e uma proposta nada a ver.

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- Você vai pegar um resfriado assim - comentou e eu consegui sentir a nota de divertimento em sua voz.

- Me seguiu até aqui só pra dizer isso? - perguntei irônica. - Acho que isso dava pra deduzir sozinha dado o fato de que estou encharcada.

Eu pensei que ele fosse fazer alguma piadinha, mas pra minha surpresa ele ficou sério.

- Não, eu não vim aqui só pra isso, eu queria me desculpar por antes - ele disse e eu fiquei surpresa com sua declaração. - Eu fui um idiota, então queria saber se você gostaria de tomar um café comigo para eu poder me desculpar.

- Agora? - foi tudo o que consegui dizer, era a informação de mais pra absorver.

- Por que não?

- Por que você é o estranho maluco que tentou me atropelar e eu estou encharcada.

Ele deu um sorriso e saiu do carro com o guarda chuva sobre si.

- Marco eu vou a uma lanchonete com a senhorita, OK? Me espere do outro lado da rua.

- Sim senhor - Marco respondeu do banco do motorista.

- Vamos? - o bonitão me chamou e eu o olhei sem acreditar.

- Você está mesmo me chamado pra comer a essa altura do campeonato?

- Exatamente - confirmou se aproximando de mim para que seu guarda chuva pudesse me cobrir também. - Podemos ir?

Eu ponderei a ideia, ainda faltavam sete quadras para chegar ao meu apartamento, a chuva estava cada vez pior e eu estava com fome, por mais encharcada que estivesse, ainda era melhor esperar a chuva passar em uma lanchonete quente (e com comida) do que correndo o risco de pegar uma pneumonia no caminho de casa, o que dada a minha sorte do dia era bem possível.

- Pode ser - disse por fim.

Nós nos viramos pelo caminho que eu tinha vindo e voltamos alguns metros para entramos numa lanchonete, minha experiência com a última que eu tinha estado não era das melhores, mas ainda sim não hesitei. Só que assim como eu imaginei que aconteceria todo mundo olhou pra mim, eu devia estar horrível, mas não me importei, fiz menção em ir para a mesa mais próxima só que o bonitão não deixou, ele me parou com o braço e me estendeu seu paletó.

- Vista isso - disse e eu encarei a peça, era super gentil e tudo mais, mas era quase caridade e isso eu não ia aceitar, meu orgulho me faria morrer de pneumonia, mas eu não me importava.

- Não, obrigada - agradeci e tentei andar outra vez, ele não deixou.

- Se eu fosse você aceitava - ele deu de ombros. - Dá pra ver seu sutiã.

- O que!? - exclamei olhando pra baixo e sim minha blusa branca tinha ficado transparente e dava pra ver meu sutiã cor de rosa, dessa vez a vergonha superou o orgulho e corando aceitei o paletó, assim que o coloquei nós fomos em direção a uma mesa.

- Então o que querem? - a garçonete perguntou (ao bonitão, parecia que eu nem estava ali) assim que nos sentamos.

- Dois cafés - ele respondeu e a garçonete se debruçou mais sobre ele, o bonitão a ignorou completamente e me encarou - Vai querer mais alguma coisa? - eu hesitei e ele sorriu - Eu pago.

- Se é assim eu quero uma fatia de bolo de chocolate.

- Tudo bem então - ele disse encarando a garçonete. - Dois cafés e um bolo.

- Certo - ela respondeu de má vontade depois de ser ignorada se virando para ir embora.

- Antes de tudo, eu sou Anthony Whitmore - se pronunciou e estendeu a mão.

Contrato de Amor ✓Where stories live. Discover now