Paro um pouco no corredor. que dá acesso a parte de trás da casa. Respiro fundo tentando me acalmar, limpo minhas lágrimas e vou até aonde está  Will conversando com sua mãe e dona Ana,mãe de JP. Tento ao máximo sorrir e não transparecer que estou nervosa.

_ Tudo bem Luiza?. Will pergunta, me olhando desconfiado.

_ Sim, só um pouco cansada! Minto, mas por dentro pareço que vou explodir.

_ Acho melhor nós irmos embora! Will diz, e eu agradeço mentalmente por isso.

Nos despedimos de todos, mas antes de sair acabamos cruzamos com Kevin, que estava descendo as escadas do andar de cima. Mas agora ele não nos olha, passa direto para cozinha, e vejo Will ó encarrar desconfiado.

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_Bom! ,...nosso dia foi melhor que eu esperava, nunca achei que algum dia teria uma conversa civilizada com meu pai. Will diz sentado ao meu lado no sofá, assim que chegamos em casa.

E tudo que eu consigo fazer naquele momento, é encarrar o chão. Pois se olhasse pra Will agora não vou aguentar, e acabaria desabando em lágrimas.

_ Ei! ,oque aconteceu Luiza? ,você está estranha dês que saímos da casa dos, meus pais. Will diz, segurando meu queixo, e me fazendo olhar para ele.

Perco completamente o controle ao ver seus olhos verdes,me observando com tanto carinho, então acabo chorando,will me abraça sem entender nada.

_ Luiza você está me assustando! ,oque aconteceu?. Ele pergunta, limpando minhas lágrimas.

Mas infelizmente, eu não posso dizer oque aconteceu naquela sala,com certeza seria mas um motivo para uma briga entre ele e Kevin. E eu não quero que isso aconteça, não quero ser o estopim de mas uma desavença.

_ É que, ....eu me sinto culpada por você e Kevin estarem brigados ,talvez se não fosse por mim vocês dois também estariam se falando.

_ Luiza, você não é o motivo para que nos dois estarmos brigados! ,isso já começou a muito tempo, dês que ele resolveu ser o preferido do meu pai e fazer tudo para ser melhor que eu, nem que pra isso fosse preciso por nosso pai contra mim. Ele diz,ainda me abraçando.
_ Então não se culpe por isso! ...quem sabe um dia toda essa rivalidade acaba, e podemos nos tratar como irmãos novamente!
Com toda certeza, isso era tudo que eu queria,que todas as coisas se resolvessem, que eu não precisasse mas mentir, e pudesse viver em paz, com meu bebê e Will.

Depois daquele almoço na casa dos pais de Will, não vi mas Kevin. Até parecia que ele tinha evaporado, e ficava aliviada com isso. A única coisa que eu queria, era poder curtir esse último mês de gravidez, sem nenhum transtorno. E foi que eu fiz, tentei me sentir feliz e segura, contando os dias que pareciam correr como passos de tartaruga, para o nascimento do meu bebê. E realmente eu não sei quem estava mas ansioso, eu ou Will. Adorava vê-lo conversando sobres as coisas que iria fazer assim que Vitor nascesse, ele passava horas dizendo isso para minha barriga. E a cada dia, eu me apaixono ainda mas, e cada vez que ele me olha, me sinto a mulher mas feliz do mundo.

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_ Bom dona Luiza, você está entregue. Will diz, assim que paramos em frente do supermercado que eu trabalho.
Ele ainda continua zangado , pois não quer que eu continue trabalhando, já que está tão perto de Vitor nascer .

_ Ei! você vai continuar assim? . Will, eu estou bem e me sinto muito mas tranquila aqui aonde posso conversar com as pessoas, do que trancada em casa. Digo tentando convencê-lo, mas ele continua em silêncio.
Então o único jeito é apelar. Começo a beijar seu rosto, e depois sua boca, e logo ele sedi ao meu beijo, essa tática nunca falha.

_ Isso é golpe baixo!.Will diz, com a boca colada na minha, eu apenas sorrio, e o beijo novamente. Depois que nos separamos, continuo olhando e sinto uma imersa vontade de dizer algo, que nunca havia dito nesses três meses que estamos juntos.

_ Eu tiamo Will! Abro meu coração,sentindo ele pulsar mas rápido.

Will apenas me olha boquiaberto e com os olhos marejados, ele tenta dizer alguma coisa, mas eu coloco minha mão na sua boca.

_ Não precisa dizer nada, ...pois meu coração sabe que você senti o mesmo por mim! . O beijo novamente, então saio  da camionete e vou em direção ao supermercado, feliz pois sei que terei um ótimo dia.

Como eu tinha previsto, meu dia foi ótimo. Pois o legal de cidade pequena, é que todos se conhecem e sempre tem alguma novidade para contar, assim meu dia passa num piscar de olhos. A tarde como sempre, espero por Will na lanchonete de dona Joana, mas ele está atrasado, o único jeito é me distrair, conversando com Gabi pelo whatsapp, enquanto tomo uma taça enorme de sorvete.

_ Oi Luiza! .Alguém diz,se sentando do outro lado da mesa, e quando olho, lá está Kevin.

_ O que você quer Kevin?,achei que tudo tinha ficado bem esclarecido naquele dia na casa dos seus pais. Digo sem nenhuma paciência.

_ E ficou!, ...eu só queria saber como você está, só isso! ,eu não vou mas incomodar você e Will. Sei que nada que eu fizer ,vai mudar as coisas do passado, só não quero mas brigas! . Ele me olha de uma maneira diferente, e eu não sei se posso acreditar nele, então fico em silêncio.

_ Quem sabe com o tempo, você possa confiar em mim! . Ele sorri triste.
_ É melhor eu ir, ....adeus Luiza. Kevin diz, se levantando e depois foi embora. E por um minuto eu pude ver o Kevin que eu fui apaixonada de volta.

Olho para rua, e vejo ele se distanciar me dando a certeza que não ó verei tão cedo. Do outro lado da rua reconheço o carro do meu avô estacionado,então decido ir até lá pedir carona,já que Will está demorando e tudo que eu quero depois dessa conversa com Kevin, e ir pra casa.

_ Vô José! . Digo chamando sua atenção.

_ O querida! ,que bom ti ver. Ele diz,me abraçando.

_ Está indo pra casa?

_ Sim, só vou pegar algumas coisas aqui no depósito de materiais.

_ Será que o senhor me dá uma carona, Will está atrasado e meus pés estão me matando! Faço um pouco de drama.

_  E claro! Só vou demorar uns minutos, pode me esperar no carro.
Então entro no seu velho fiart 147,
que é sua relíquia, e agradeço quando posso tirar minhas sapatilhas e descansar meus pés inchados.

Resolvo mandar uma mensagem para Will, dizendo que estou indo embora com meu  vô. Então escuto um ronco de motor de carros e um barulho da sirene da polícia. Olho pra frente, e vejo uma camionete em alta velocidade vindo na contramão desviando dos carros. De repente ela perde o controle e minha direção, tento abrir à porta e sair dali,mas à porta estava emperrada como sempre. A única coisa que penso agora, é proteger meu filho abraçando  minha barriga,então sinto o forte impacto, e estilhaços de vidro por todo lado, minha cabeça bate em alguma coisa, uma dor forte vem logo em seguida, depois só a escuridão. ...!

A voz do CORAÇÃO Where stories live. Discover now