Capítulo 1 - Primeira Noite

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– Marina não é qualquer uma! – o moreno respondeu enraivecido.

Souji se jogou na poltrona em frente ao moreno.

– Mas pra ela você é! – ele disse cruelmente. – Pra ela, você não passa de um cliente!

Yusuke abriu a boca para responder, mas a fechou em seguida.

– Você teve um dia difícil! Está falando isso porque está destruído...

Antes que Souji respondesse Marina voltou e sentou no colo do moreno.

– A Selina já está vindo – ela disse, se dirigindo a Souji e virou o rosto sorridente pra Yusuke, mas ele parecia triste. – O que foi? – ela perguntou preocupada, segurando o rosto dele nas mãos.

– Souji disse que você me vê só como um cliente.

A loira se aconchegou mais no colo dele.

– Ele teve um dia difícil. Perdoe-o.

– É só por isso que ele ainda está inteiro bem ali.

– Você não teria coragem de machucá-lo. Preocupa-se com ele. Ou não o teria trazido aqui hoje... E solicitado a Selina pra ele.

Souji desviou os olhos quando os dois na outra poltrona começaram a se beijar, olhando para as pessoas que estavam ali também. Caminhando na sua direção, uma bela moça caminhava sorridente. Ela estava vestindo uma blusa preta com um decote em "v", uma saia de prega curta também preta e uma bota de cano alto.

– Posso me sentar? – ela perguntou em sua voz melodiosa.

– Fique à vontade – ele respondeu sem emoção. – É seu trabalho.

Ela se sentou ao seu lado e cruzou as pernas, ainda com um sorriso no rosto, apesar da resposta mal educada que recebera.

– Vai querer algo pra beber? – ela tornou a perguntar, gentilmente.

– O que tem por aqui? – ele perguntou, um pouco mais interessado, olhando-a de esguelha como se cedesse um pouco.

– O que quer sentir? – Selina perguntou tranquilamente.

– Quero algo que me faça esquecer meu próprio nome. – ele admitiu, jogando a cabeça pra trás.

– Certo. – ela se levantou graciosa e foi até o balcão de bebidas, falou com a garota que preparava os drinques e voltou a se sentar, retirando a pasta de sua mão e colocando-a no canto e entregando um copo nas mãos dele. – No que trabalha, Takeshi-san?

– Pode me chamar de Souji – ele suspirou e ela assentiu sorrindo. – Trabalho como relações públicas na empresa do meu pai.

Ela se aproximou mais do loiro e afrouxou o nó de sua gravata, fazendo-o fechar os olhos e suspirar aliviado.

– Aparentemente, não é no que queria trabalhar – ela constatou, deslizando suas mãos pelas costas do rapaz e retirando-lhe o terno.

– Não foi uma dedução muito surpreendente – ele deu risada.

– Não? – ela perguntou, erguendo as sobrancelhas, espantada.

– É comum que os filhos não gostem de trabalhar nos negócios da família...

– É, tem razão – ela riu. – É muito clichê!

A Casa das Hostesses - ENCONTROS [DEGUSTAÇÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora