Capítulo 2

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 Olá!

Mais uma vez eu venho aqui para falar com vocês, até este capítulo foi uma construção para uma base introduzindo alguns dos personagens principais da história e em que momento da vida eles estão. Prometo que o próximo terá ação :).

Eu não mordo e super aceito críticas construtivas. É possível que durante o texto vocês encontrem alguns errinhos de concordância, gramática, afins, que eu tenha deixado passar. So sorry, tentarei arrumar.

Obrigada pela atenção e boa leitura!

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Na altura da saída do metrô Consolação Pandora teve que segurar em um poste para retomar o equilíbrio. A visão turvou e em seguida escureceu. Tentou focar apenas em ficar em pé e em manter o ritmo de sua respiração.

- Ei, ei, ei. Tá tudo bem? - Milena segurou na cintura da amiga servindo de apoio.

- Está sim. -  Falou com o máximo de firmeza que conseguiu reunir, mas sua aparência a traiu - Deve ser o calor, estou com um pouco de dor de cabeça.

- Ali na frente - Apontou para o outro lado da rua - tem alguns bancos, vamos, apóia em mim que eu te ajudo.

Era um pouco desnecessário sentar, ou pelo menos era o que a menina achava.

- Não, Mi. Está tudo bem. Viu? Minha visão já voltou. Fui só uma onda de calor.

Milena usou seu olhar repreensivo, Pandora podia ser um doce de menina, mas até os doces azedam, tinha um orgulho que corroía a alma, rara as vezes que admitia precisar de algo. Sabe o que dizem do orgulho? Dizem que é a principal qualidade no inferno e, ainda pior, que atrai carma. Mas quem sou eu para julgar nessa história?

- Só quero chegar no apartamento de Gustavo, lá eu tomo uma água e um remédio, relaxa, a gente já tá perto.

Milena deixou a amiga em pé sozinha, estavam perto do apartamento sim, mais duas quadras e estariam lá. Pandora deixou que o ar invadisse seus pulmões e começou a dar passadas largas. Não entendia muito bem o que estava acontecendo naquele dia, sentia uma sensação estranha apertando-lhe a boca do estômago, que nunca fala, mas vai saber? Cada um tem seu jeito peculiar de se comunicar.

- Então, Rainha da Tontura. Antes do seu pequeno episódio estava me contando sobre seu pesadelo. - Não chegaram a se olhar, caminhavam com uma certa velocidade.

- Não foi bem um pesadelo, foi estranho. Fazia tempo que eu não o tinha. - Tentou buscar na memória qual fora a última vez, mas não teve êxito - De qualquer forma, estou cansada e tenho certeza que é por causa disso.

- Um sonho, Pandora? Como alguém fica cansada com um sonho. - Falou com desdém.

- Já ouviu falar em cansaço psicológico? Pois bem, acho que deve ser algo do tipo.

Milena assentiu com a cabeça enquanto dobravam a esquina.

- Estamos no horário? - Perguntou Pandora.

- Sim, pare de me incomodar com isso. Não é como se Gustavo fosse a pessoa mais pontual do mundo.

Realmente não era, Pandora ainda lembrava-se da vez em que ele fora príncipe de uma menina aos seus 15 e joviais anos e fizera a festa atrasar uma hora inteira porque tinha esquecido de comparecer. Ou da vez que fora padrinho no segundo casamento de sua mãe, a coitada teve que esperar por mais de três horas até que Gus lembrasse onde havia colocado as alianças. Mas esse era Gustavo, ela era Pandora e gostava de chegar no horário.

Despertar - Batalhas InvisíveisWhere stories live. Discover now