O Caminho Para A Meia-Noite-A Revolta Da Luz

Os outros

Eram seis da manhã quando Fred encontrou Emma junto ao Saepe.
-Bom dia.
-Olá. A Louise ainda não chegou mas deve estar a caminho. Perguntamos-lhe pelos rapazes e depois vamos procurá-los.-disse ela.
-Certo. Mmm, vais ter aulas comigo?
-Não sei.
-Eu posso perguntar ao professor Charlie mas duvido uma resposta.
Emma riu-se.
-Acho que ele nunca respondeu a ninguém. Nunca mesmo. Pelo menos não á frente dos alunos.
-Uau. E eu a pensar que talvez ele só estivesse a ter uma mau dia.
-Todos os dias com ele são maus.
Eles continuaram a gozar com o professor Charlie até ouvirem Louise chamar:
-Hey, crianças, o que fazem aqui?
-Estávamos á sua espera.-disse Fred.
-Oh, trata-me por tu. O que é que precisam?
-Onde é que moram Rupert Watson e Thomas Yates?-perguntou Fred.
-Rupert Yates e Thomas Watson.-corrigiu Emma.
-São ambos da Água. O que é que precisam deles? Se querem alguém que vos ajude a praticar, não os procurem. Andam cá á três anos, mas conseguem controlar tão bem a água como eu.
-Não é isso. Sabes os números da casa?
-Não ando a decorar onde mora cada um de vocês, mas sei que o Rupert mora no 21. O outro não sei.
-Obrigada, Louise. -ambos agradeceram.
-Também lhes aconteceu o mesmo que a mim. Coitados, devem estar mesmo desiludidos. Três anos e nada?-disse Emma enquanto caminhava apressadamente em direção á casa número 21, ao lado de Fred.
-É esta.
Emma bateu.
Ninguém abriu.
Voltou a bater e nada.
Continuou a bater e Fred estava a assustar-se porque a rapariga estava a ficar vermelha que nem um tomate e só porque não lhe abriam a porta.
-Hey, Desastre! Se não abrem é porque não há ninguém lá dentro, não achas?-disse um rapaz que vinha do meio das casas do Fogo.
Emma revirou os olhos.
-Sabes me dizer onde está ele?-perguntou ela, tentando acalmar-se e manter a paciência.
-Não. Mas sei Controlar.-troçou o rapaz. Os seus olhos azuis davam arrepios de tanta frieza que deixavam transparecer.
Frederick percebeu o que se estava a passar.
-Porque é que não te vais embora?
-Quem é este, Desastre? O teu novo namorado? Também deve ser um desastre como tu.-riu-se o rapaz.
-Porque é que não te calas, Foreman?-irritou-se Emma.
-Eu calo-me no dia em que tu conseguires Controlar o Fogo melhor que eu. Ou seja, nunca.
Dito isto, o rapaz entrou numa casa, deixando os cabelos compridos e loiros esvoaçar.
-Quem é aquele?
-Foreman Black. O preferido do Filho do Primeiro e do Diretor. Melhor aluno em Fogo. É um idiota. Convencido. Arrogante. Todas as miúdas desejam o Black. Excepto eu.-ela disse cada palavra com raiva e odio do mais puro.
-Uau. É um filho da mãe!
-Sim. E agora? São 6:20. Tens de estar na Saepe daqui a meia hora. Temos de encontrar aqueles dois.
-O que é que estão a fazer á porta de minha casa?-perguntou um rapaz moreno, de olhos verdes e musculado.
-Ai, Jesus!-murmurou Emma.
-És o Rupert Watson?-perguntou Fred.
-Não. Sou o Rupert Yates.
-Isso. Claro. Precisamos de falar contigo.
-Posso saber sobre o quê?
-Achas que pode ser lá dentro?-pediu Emma, ainda noutro mundo.
-Ok.-estranhou o rapaz.
Ele abriu a porta e entrou.
-Volta ao mundo, princesa encantada.-murmurou Fred, ao ouvido de Emma.
-Vou ser direta. Somos Omins. Os três. E mais um. Sabes o que são Omins? -disse Emma, depois de demorar cinco segundos a recuperar.
-Sei. E também sei que já não existem. Por isso, vão se embora.
-Eu também sou a pior aluna no Fogo. Não consigo Controlar.
-E daí? -o rapaz tinha aspereza na voz, tal como o professor Charlie.
-O motivo é eu ser uma Omim. E tu também és. E o Fred também.
-Prova-me.
-Vem comigo ao STP, logo á noite.
-Tenho serviço.
-Até que horas?
-Onze.
A conversa estava a desenrolar-se só entre Emma e Rupert porque Frederick estava ocupar a reparar na maneira como Emma tinha voltado ao mundo tão rápido e tão bem.
-Então ás onze e meia encontramo-nos junto á Saepe.
Ela saiu da casa e esperou por Fred.
-Sabes onde mora o Thomas Watson? -perguntou Fred.
-Número 7.
-Obrigado.
Saíram e dirigiram-se ao número 7.
-Não achas que foste um bocadinho rude?-perguntou o rapaz.
-Não.
-Achas-te-o giro e depois falaste-lhe assim?
-Não o achei giro.
Emma não olhava para Fred enquanto falava e falava secamente.
-Não me mintas.
-Não estou.
-Okay. Mas eu só queria perceber o que se passou ali.
-Nada. Ah e não me voltes a chamar de Princesa Encantada.
-Desculpa.
Chegaram á sétima casa e bateram á porta.
Um rapaz muito alto para a idade, nariz grande e olhos pequenos e castanhos abriu a porta.
-Olá. Sou o Thomas. Quem são vocês?
-Fred. E ela é a Emma. É um prazer conhecer-te.-cumprimentou-o Frederick, muito animado com a simpatia do rapaz.
-O que vos traz aqui?
-Precisamos de falar contigo. -disse Emma.
-Tudo bem. Entrem.
Repetiram a conversa, mas Emma não foi tão antipática.
-Então eu sou um Omim?
-Sim.
-E eu não sou mau a Controlar.
-Não.
-Isso é fantástico!
-Talvez. Temos de ir. Até logo. -despidiu-se Emma e fez a mesma saída dramática de á pouco tempo.

Oi pessoas!
Capítulo novo.
Espero que tenham gostado.
Não se esqueçam de deixar o vosso voto.
Até ao próximo capítulo 😘