– Vou ser honesto... Esperava mais. – comentou Leonard passando uma toalha no rosto úmido de suor.

– Espera o que? Um templo misterioso? Uma placa gigante dizendo "não perturbe"? – disse Felipe fazendo gestos excessivos com as mãos.

– Estamos falando de um dragão ancião e membro influente de nossa raça... Imaginava que ele seria mais bem guardado. – o dragão vermelho não ocultou seu olhar crítico para com o jovem dragão marrom.

– Por acaso, está questionando minha habilidade como guardião? É isso, quatro-olhos?

– Quatro-olhos? Isso foi tão criativo... Sinto como tivesse retornado ao ensino fundamental. – sorriu de forma arrogante Leo.

– Você quer ver criatividade? Pois imagine eu ficando invisível e podendo ataca-lo? O que acha disso? Posso bastante criativo nos locais que irei te socar!

– Quero ver você tentar... – fumaça negra começou a sair das narinas do Hacker.

– Minha lasanha à bolonhesa! – Bolt abraçou o seu amante por trás – Não é assim que tratamos nossos amigos, você não quer que eu te puna depois, não é?

– Hã?! – Leonard sentiu seu rosto esquentar e tentou retomar a compostura perdida – Até parece que poderias me punir! E o que eu falei sobre apelidos relacionados a comida?!

– Ele é o seu namorado? – Felipe fez um sinal de desgosto.

– Sim. – piscou Bolt – Ele é bem mais fofo em nossos momentos íntimos, sabe?

– I-intimos? N-não tivemos nenhum momento...

– Pessoal. Foco, sim? – interrompeu Arthur o que só resultou em maior embaraço por parte de Leonard.

– Bem...Onde está, precisamente o grande Cezar? – indagou Felix olhando em sua volta. Estavam na base da montanha, sabia que o dragão marrom tinha se camuflado, ao invés de ficar invisível como Felipe, o ancião tinha assumido a forma semelhante as rochas, para isso teria que estar em sua forma natural, ou seja um grande réptil alado adormecido.

– Humm... – o guardião coçou o queixo – Vejamos...

– Não me diga que você esqueceu aonde ele está? – disse, incrédulo, Pablo.

– Não se pode perder um dragão gigante... Mesmo que ele esteja em forma de pedra, não é? – riu nervoso Felipe.

– Seu socar algumas pedras... – Erich já estava com os punhos envolto em chamas e tinha um sorriso entusiasmado no rosto – Eventualmente irei acerto, não?

– Isso demoraria demais. – criticou Arthur – E já perdemos muito tempo...

– Olha, vocês têm que entender que não estou acostumado a receber visitas. Supostamente, não se deveria acordar um dragão marrom que esteja hibernando. Cezar deveria acordar por si só, sabe? – explicou massageando o pescoço.

– E quando ele iria acordar? – quis saber Felix – Ele colocou tipo um alarme no celular dragoniano dele?

– Hibernação é algo normal para nós dragões marrons. – disse de forma defensiva, como se tecendo questionamentos sobre o tal feito era uma espécie de Taboo.

– A hibernação é o que explicava o longo tempo de vida desses dragões. Lembrem que Cezar fez parte da primeira geração de dragões depois do feitiço que nos transformou em parte humanos e isso ocorreu na idade média. Ele deve a sua longevidade a períodos que ficou em hibernação, a qual retardou o seu envelhecimento. – fora Bolt o responsável pela a elucidação.

Fogo e Escamas (Em processo de edição)Where stories live. Discover now