Capítulo 2

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Isso foi o que contei a todos.
A verdade é que eu fingi dormir quando minha mãe ainda estava se arrumando para ir à missa. Meu irmão já havia saído para a casa de um amigo, planejei tudo. Sabia que ficaria sozinha com ele se eu "dormisse". Assim que ela saiu eu também saí do quarto, meu padrasto estava na sala, bebendo cerveja e assistindo futebol. Fui para o meu quarto e esperei. 30 min depois verifiquei como ele estava. Para minha sorte, ele já estava dormindo e estava com uma latinha de cerveja ao lado da cama. Fui ao banheiro e me bati o mais forte possível, me joguei contra a parede e fiz alguns arranhões, o que doeu muito, sabia que ali ficariam ematomas bonitos, rasguei minha roupa para parecer que havia mesmo acontecido uma luta corporal. Fui até a cozinha e peguei a maior faca que tínhamos.
Lentamente fui até ele e cravei a faca em seu pescoço. Ele arregalou os olhos, gruniu e cuspiu sangue. Afastei-ne imediatamente, depois de uns 30 segundos agonizando, vi sua alma deixar seus olhos imundos. Aproximei-me novamente e cravei mais a faca, ela estava muito bem cravada. Ele acabou sujando-me com seu sangue nojento arredei o corpo e me deitei ao seu lado, esfreguei-me na cama e com a mão daquele corpo sem vida toquei meu corpo. Fiz isso chorando e com muito nojo. Depois limpei minhas digitais da faca com minha blusa e segurei a mão do meu padrasto, o fiz segurar a faca com força, soltei e sua mão caiu sob a cama. Segurei a faca com menos força para as digitais dele aparecerem mais do que as minhas.
Sujei-me mais ainda seu sangue e comecei a gritar e chorar, pedindo ajuda. Em seguida saí correndo e os vizinhos me ajudaram, ligaram para a Polícia, para minha mãe e para o hospital, mas não adiantava mais nada.
Foi assin que o impedi de bater na minha mãe novamente. Ele falhou na tentativa de envenenar minha mãe por que eu acabei tomando o suco dela, por sorte bebi muito pouco e sobrevivi. Não denunciamos por medo, mas agora esse sofrimento havia acabado.

Sentei-me no balanço da pracinha e avistei as garotas que espalharam boatos de que eu transava com professores em troca de pontos. Por causa disso e outros boatos dessas mesmas garotas eu tive que ser transferida, pois fui espancada e ameaçada.
Fiquei ali observando de longe

- Olá, putas. - sussurrei apenas para mim

Rascunho de Bárbara Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum