Highway to Hell

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 Se Louis um dia achou que a ansiedade que sentia todo Natal quando era criança para ver os presentes deixados por Papai Noel embaixo da grande árvore de Natal que os Tomlinson tinham em sua grande sala de estar fosse de matar, ele estava completamente errado. A ansiedade de Louis para o fim daquele patético culto era praticamente pálpavel de tão grande.

O menino não parava quieto um minuto. Durante os "hinos de louvor e agradecimentos a Deus" ele não parava de bater os pés no chão fazendo com que sua mãe lhe desse um belo de um beliscão que ele tinha plena noção de que ficaria roxo. Durante as orações ele começou a comer as unhas das mãos -habito totalmente detestavél que ele já havia até parado de fazer até aquele momento-, então, quando o sermão do pastor começou, Louis não tinha nem mais unhas para se destrair e ai a coisa começou a ficar feia. Ele procurava com os olhos Styles no meio de todas aquelas pessoas se recriminando por dentro por causa daquilo, e quando o encontrou, a piscadela nada descreta que o menino de olhos verdes lhe deu fez seu estomago embrulhar.

Harry estava se tornando um mistério para Louis. Um mistério que o estava fazendo morrer de medo.

Quando o culto, enfim, terminou, Louis fez questão de se grudar a irmã e mãe achando que assim se livraria de Harry, mas percebeu o quanto errado aquilo era quando sua mãe começou a andar em direção a família Styles que sorriam e conversavam entre si parecendo a família mais normal e feliz do mundo.

A não ser pelos olhos verdes de Harry que encaravam Louis de um jeito que fazia o menino se arrepiar inteiro.

- E então, o que acharam do culto? -perguntou Anne, com um sorriso cordial nos lábios.

- Foi maravilhoso. -Jay respondeu.- Lottie até mesmo comentou que adoraria fazer parte daquele lindo coral.

O olhar que Lottie direcionou a Jay deixou claro para Louis que Lottie não havia dito nada daquilo. E que muito menos queria fazer parte de um coral que ela vivia chamando de "brega" e "sem graça" em todos os eventos que eles haviam ido e viam o coral cantar.

- Oh!, sério? Que maravilha! Acho que Harry pode conversar com o líder do coral e lhe encontrar uma vaga, não é querido? -Anne disse, olhando para Harry que só então desviou seu olhar de Louis.

- Claro! Acho que Jim iria adorar lhe ter no grupo, Lottie.

- Ah!, obrigada, Harry. -Lottie sussurrou, fazendo uma careta.

- Onde está Mark, Jay? Pensei que ele iria chegar depois de vocês para o culto, mas pelo visto ele não veio. -comentou o pastor.

- Ele teve que fazer uma viajem de última hora para Londres. -respondeu, fazendo uma expressão triste.- Parece que um tio dele teve que ir para o hospital em estado grave. Mark é muito apegado a família, sabe? Ele foi correndo pra lá assim que soube.

"Mentira!" Louis teve vontade de gritar. O tio de Mark já estava no hospital fazia meses e o máximo que Mark havia feito fora comprar um buquê de flores e mandar para o hospital com um cartão ridículo escrito "Que sua saúde volte a ser de ferro o quanto antes!". Provavelmente Mark só tinha ido para Londres agora porque o tio deveria estar batendo as botas e o velho tinha uma grande fortuna.

- Mas que pena! Pode ter certeza que vou incluir o tio dele em minhas orações. -disse Anne, então voltando seu olhar para Louis. - E você, querido? Gostou do culto?

Jay rapidamente olhou para Louis erguendo uma de suas sobrancelhas exatamente como fazia quando ele era pequeno deixando claro o que Louis deveria responder. Se fosse em outro momento, Louis com toda certeza faria questão de fazer totalmente o contrario do que sua mãe queria, mas Anne o encarava de um jeito que fazia a espinha de Louis gelar.

Dark lightWhere stories live. Discover now