Olho para a Quimera que me atacou, dessa vez não vou ter um garoto bonitão á minha disposição.
Avalio o terreno, como Adam me instruiu, não passa de um piso liso enorme com várias árvores espalhadas que não faço idéia de como plantaram aqui, mas não me surpreendo com mais nada depois do que já passei, rochedos e um riacho que passa pelo meio da "arena".
Vejo de relance Adam indo em direção ao diretor.
A Quimera emite um barulho muito alto e olho em direção para ela, ela já chegou na metade da arena e vem correndo em minha direção.
Como aquilo se movimentou tão rápido em poucos segundos?
Forço minhas pernas a se mecherem e começo a escalar o rochedo mais próximo, lá de cima posso atirar as adagas e ainda vou estar em segurança, pois enquanto ele tenta subir vai se tornar um alvo fácil.
Chego em cima do rochedo que tem em torno de 2,5 metros de altura e olho para baixo, a Quimera já está começando a subir, e ele sobe em uma velocidade incrível .
Atiro a primeira adaga , mirando na sua perna, mas sua cauda de escorpião se move em uma velocidade incrível e repele minha adaga , que se finca no rochedo.
Atiro mais uma adaga na direção de sua cabeça , mas sua cauda repele a adaga novamente e ela ricocheteia para um lugar em que não a vejo novamente.
Ele está muito perto, descer escalando não é uma boa idéia, e a única coisa perto é uma árvore que está a pelo menos 1 metro de distância. Decido saltar do rochedo, o que foi uma péssima idéia aliás, uma dor lancinante sobe pela minha perna esquerda e dou um grito.
- Hmm.. Adoro quando a presa está ferida.
A Quimera fala com uma voz áspera e eu sinto um arrepio subir pelas costas. Correr não é uma opção, não com minha perna nesse estado.
O desespero começa a tomar conta da minha cabeça.
Não, eu não vou morrer agora, não cheguei até aqui só para morrer para essa Quimera medíocre.
Me viro para a Quimera, ele está andando lentamente com um sorriso maníaco no rosto, como se já sentisse a vitória.
Pego duas adagas do bolso no cinto e as escondo nas mãos fechadas.
Meu corpo começa a tremer, a Quimera abre um sorriso maior ainda e se abaixa, pronta para dar o bote.
Ela salta em cima de mim, espero chegar perto o suficiente.
Escuto um grito, provavelmente de Kitty e finco as duas adagas nós olhos vermelhos da Quimera.
Sangue preto jorra dos seus olhos e ele dá um rugido enorme e rolo para sair de baixo dele.
Começo a mancar até o rio, cada passo causando uma dor enorme em minha cabeça e minha perna, olho para trás e vejo a Quimera vindo em minha direção, mais devagar, tentando sentir meu cheiro.
Falta alguns metros para chegar até o lago, já consigo sentir a água, é uma sensação estranha, mas reconfortante.
Olho para trás novamente e me assusto, ele está a menos de 3 metros de distância.
Pego uma adaga e atiro na sua perna, dessa vez a cauda não está lá para o proteger e a adaga entra na sua coxa direita.
Ele da um guincho e eu continuo mancando até o rio.
Após alguns passos minha perna dói muito e dou um grito de dor.
Droga, ele sabe a onde estou.
Olho para trás e a última coisa que lembro é o grito de Kitty e Adam em uníssono enquanto a cauda de escorpião perfura minha barriga e minha visão se escurece.
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The Elementarys
FantasyUm garoto tem seu mundo virado de cabeça para baixo quando descobre o que realmente é.
