Prólogo

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Noah

Estou saindo do prédio onde moro para ir trabalhar. Meu chefe já deve estar bravo, se levado em conta o fato que eu devia estar lá a meia hora.

A empregada se atrasou - disse que por questões de saúde do filho - , e eu não correria o risco de deixar o apartamento destrancado vazio, já que ela esquece-ra a chave aqui no dia anterior.

Pego meu celular e ligo para a companhia de táxi. O único disponível é apenas daqui a vinte minutos. Ah, merda, não tenho todo esse tempo.

Vou a pé mesmo, creio que dê no máximo quinze minutos de caminhada. E espero que Robert entenda o porquê do meu atraso.

Enquanto ando, observo as ruas de Nova Iorque. Completamente cheias de vida, de movimento, de correria, de pessoas.

Cada uma com uma história. Com seus amores, tristezas, mágoas, amizades, sua própria vida.

Me distraio virando de rua em rua, a caminho do trabalho. Enquanto atravesso mais uma das movimentas ruas da cidade, vejo uma ambulância, com várias pessoas paradas em volta.

Entre uma mistura de preocupação com curiosidade, vou ver o que aconteceu. Quando chego mais perto percebo dois carros amasados, mas apenas uma pessoa.

Uma mulher desmaiada na rua. Os paramédicos estão a colocando na maca rapidamente. Pelo que vejo, foi um acidente grave.

Quando a levantam o rosto vira para a direção que estou, mas viram-na novamente e começam a analisa-la.

Nesse segundo com que o rosto estava na minha direção eu percebi. Fico sem reação. Eu nunca esqueceria esse rosto. As mesmas feições, como se não tivesssem se passado vinte anos, como se... ela ainda fosse a mesma mulher que conheci a tanto tempo.

Sempre foi vocêOnde as histórias ganham vida. Descobre agora