Capítulo 10: Palhaçadas de Matthew

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- Pode me deixar na porta, dou meu jeito de voltar. Matthew diz enquanto dirijo até a boate na qual ele me pediu para levá-lo. 

- Chegamos, anuncio. O relógio marca 22h

- Obrigada, tchau. Ele diz batendo a porta do carro.

- Que decepção, Matthew, que decepção. Digo para mim mesma. Só espero que não saia nada no jornal amanhã sobre os escândalos dele no Brasil.

Volto para o hotel e janto no restaurante, ainda cabisbaixa vou para meu quarto e decido assistir algo na Netflix. Não consigo dormir enquanto Matthew não chega, então, enquanto espero, coloco Orphan Black em dia. Pouco antes das 03h ouço uma movimentação no corredor, risinhos e a voz de Matthew que me fazem ficar em alerta e vou até o olho mágico da minha porta ver o que está acontecendo. Vejo duas loiras siliconadas agarradas aos braços de Matthew, que as leva para dentro de seu quarto.

- Filho da puta, sussurro.

Deito e coloco meu celular para despertar um pouco mais cedo, daria um trabalho acordar Matthew no dia seguinte, o pobre coitado estaria cansado, tadinho.

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Quarta, 04 de Novembro.

''07:30'' é o que diz meu celular, mas minha cabeça diz que ainda é 00h e que posso voltar a dormir. Me arrasto até o banheiro e tomo um banho quentinho. Examino o céu, o verão está chegando e o clima já está quente, opto por um vestidinho azul royal para ir trabalhar. Uma nota sobre mim; eu amo azul!

Ligo para o quarto de Matthew e como imaginei ele não atende. Vou até seu quarto e bato na porta firmemente, ouço vozes do lado de dentro e então a porta é aberta. Matthew está sem camisa e com uma bermuda visivelmente mais larga que seu numero. Se eu não estivesse tão cega pela raiva talvez tivesse notado o quão forte eram seus braços, ou quão bonita era sua barriga, podia até ter notado como suas pernas eram torneadas e que significativa era sua tattoo na costela mas logo vi as duas loiras deitadas na cama de Matthew e aquilo foi uma péssima visão para se ter de manhã.

- Manuella, ele disse assustado, tentando fechar a porta para que eu não visse o que ele havia feito.

- Bom dia Sr. Collins, só vim para te acordar, espero que tenha se divertido noite passada. - Digo apontando para pacotes de preservativos que estavam no chão, próximos de seus pés. - Estarei tomando café lá embaixo, até logo. Digo me afastando da porta.

- Manuella! 

Dou as costas para Matthew e vou ao restaurante. Menti quando disse que tomaria café, meu estômago não aceitaria nada depois daquela visão. Espero que eu possa comer algum dia. Meu telefone toca e é um numero desconhecido. 

- Alô?

- Manuella? Reconheço a voz de Matthew.

- Sim?

- Podemos ir?

- Te espero na garagem.

Salvo o nome de Matthew no meu telefone como " Bossy" e então desço até meu carro. Me assusto ao ver as duas loiras e Matthew em frente ao meu carro. Aquilo só pode ser um pesadelo.

- Bom dia, Senhorita Lins. Diz Matthew apertando minha mão.

- Hm.

- Eu estava pensando, já que estamos adiantados, talvez possamos levá-las em casa, ok? Matthew é cuidadoso e escolhe as palavras, ele sabia que não estava em condição de mandar em algo.

Apaixonada pelo ChefeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora