Como fazer um coração capricorniano ceder

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Dentro da república onde Kyungsoo morava, todas as tarefas domésticas eram divididas, sendo de sua responsabilidade o preparo do almoço. O menino Do nunca protestou, adorava cozinhar, e a parte que mais lhe desagradava - a louça suja - ficava para Sehun.

Mesmo no sábado, Kyung não conseguiu permanecer na cama até muito tarde, já preparava a refeição e cantarolava uma música qualquer do rádio, que tocava baixinho, quando se surpreendeu com a entrada do Byun. Baekhyun caminhou em direção à geladeira, tropeçando em seus próprios pés e retirou de lá uma garrafa de água. Ainda vestindo o pijama e com os cabelos desgrenhados, jogou-se em uma das banquetas junto ao balcão após pegar um copo e desejar bom dia para Kyungsoo.

— Bom dia. Nos finais de semana você só acorda quando Jongdae vai te chamar para almoçar, por que já levantou? — Soo questionou ao perceber os olhos do Byun fechando-se com lentidão.

— Ainda tô com sono, mas acordei para fazer xixi e não consegui voltar a dormir por causa do ronco do Jongin no quarto ao lado. Me pergunto como você e o Sehun aguentam. — Baek respondeu fazendo uma expressão de sofrimento e Kyungsoo soltou uma risadinha. Já estava acostumado e Sehun tinha o sono pesado.

— Então aproveita que não 'tá fazendo nada e me ajuda com o almoço. — Kyung pediu.

— Mas Soo, eu já vou ter que lavar a roupa de todo mundo mais tarde, essa parte é sua. — Protestou.

— Primeiro: ninguém mandou acumular a roupa da semana toda; segundo: sei muito bem que quem lava a roupa na verdade é o Chanyeol, porque o senhor é um chantagista que ameaçou postar no Instagram uma foto da coleção dele de mangás yaoi que fica escondida debaixo da cama; e terceiro: eu só quero que pegue aquela panela grande dentro do armário enquanto eu mexo a comida. — Kyungsoo contrapôs, indicando com a cabeça a prateleira mais alta onde se encontrava a panela mencionada.

Baekhyun ainda tentou argumentar, usando sua altura como desculpa para não alcançar o local, mas acabou arrastando a banqueta na qual estava sentado para perto do armário, enquanto murmurava imitando a voz do menino Do "Primeiro, blablabla. Segundo, mais blablabla. E terceiro, blaaaa". Kyungsoo apenas revirou os olhos e mexeu a panela para que nada grudasse ao fundo, não dando atenção ao Byun. Porém assim que desligou o fogão ao constatar que aquela etapa do cozimento já estava pronta, teve que se virar rapidamente graças ao barulho de coisas caindo e o grito estridente de Baekhyun.

O mesmo, ainda sonolento, não estava preparado para o peso da panela ao puxá-la de seu lugar, muito menos para a existência de mais duas dentro da maior. Baek tentou segurá-las, entretanto o caminho percorrido pela menor delas foi certeiro à sua testa, fazendo-o desequilibrar da banqueta e cair com tudo no chão, ao mesmo tempo em que um grito se desprendia de sua garganta.

Kyungsoo sussurrou um "merda!" antes de ir depressa em direção ao Byun, procurando algum ferimento aparente e chamando por seu nome.

— Ai, minha cabeça! 'Tá sangrando, não 'tá? Eu sinto que 'tá sangrando, Soo! Eu vou ter que ir ao hospital levar ponto? Será que precisa chamar a ambulância? Meu Deus, liga para os bombeiros, Soo! — Baekhyun exclamava em meio aos gemidos de dor.

— Não, Baek, não precisa. E sua cabeça nem 'tá sangrando. — Kyung respondeu após analisar o lugar afetado.

Logo em seguida, Minseok adentrou o cômodo com uma expressão de quem havia caído da cama e perguntou o que aconteceu. Kyungsoo explicou resumidamente, ao mesmo tempo em que ajudava um Baekhyun ainda tonto a levantar. Pediu para que o Kim terminasse de fazer a comida para levar o Byun até a sala e cuidar daquele hematoma que pouco a pouco começava a se formar.

Beijinho para Sarar ☆ BaekSooजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें