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Sophia Narrando:

-Aiiiii não aguento mais ficar aqui andando para um lado e para o outro, ou ficar vendo um programa chato que está passando na TV, Arthur não liga pra me matar, tudo tão quieto, não suporto tanto silêncio assim.

Comecei a discar o número da minha tia, claro vou fazer algo por que detesto silêncio.

-Alô?
-Tia?
-Oi querida, por que está me ligando essa hora?
-Precisava conversar com alguém, ligo pra minha mãe e ela não atende!
-Estranho por que eu estava falando quase agora com ela. -Putaaaaaaaaa que pariu. Essa não colou Sophia invente outra.
-Só queria conversar tia, por que eu e Arthur não temos um diálogo, digamos que NORMAL.
-Entendo minha linda mas oque gostaria. -Ai essa melacao está me irritando!
-Sei lá, sai de casa tia.
-OQUE? OQUE ARTHUR FEZ?
-Nada. Ele não fez nada, eu saí pra dar uma volta, ele havia saído também, estou em uma rua perto da sua casa mesmo, mas acho que nem vou voltar pra casa, estou bem melhor aqui na rua do que lá com Arthur e seus amigos sabe.
-Eu vou ligar para o Arhtur agora!
-Não tia, não precisa... -Óbvio que precisava.
-Não querida eu preciso por uma ordem nesse rapaz, ele está passando dos limites, já te ligo.

Uau! Amo minha tia, ela desligou o celular e com certeza está falando com ele dando uma bronca, o jeito que ele é não irá falar do que eu fiz, mais irá inventar qualquer outra desculpa pra ferrar comigo depois. Infeliz.

Fiquei esperando por horas tia Larissa ligar já estava tarde e ela não ligou, eu não iria ligar iria mostrar que estou afim de saber oque ele disse e óbvio eu não estou nem um pouco interessada no que ele disse ao meu respeito.

As horas foram se passando, fiquei assistindo filme, um que estava passando na TV, mais estava mais preocupada era com o meu salgadinho que caiu no chão do que com a moça que ficou refém.

04hrs da manhã e o sono já estava batendo, eu deveria dormir até por que tenho que aprontar mais tarde. Me ajeitei na cama e cai no sono..


10horas. Levanto, vou ao banheiro fazer minha higiene pessoal, hoje tenho que deixar o hotel, aliás daqui a pouco, só não sei com que cara vou chegar em casa, Arthur não ligou nem pra me ameaçar, pelo jeito a coisa pro meu lado não está muito boa, será que deveria mesmo ir pra casa hoje? Fiquei sentada na cama de toalha pensando na possivel merda que poderia vir acontecer.

Me matar *
Contar pra sua mãe * (seria até um favor quero ir embora mesmo).
Fazer o mesmo comigo *  (isso seria impossível acontecer até por que sou virgem, falando em virgem ... )
Tirar minha virgindade enquanto durmo *
Me denunciar  *
Mandar  a turma do pcc me pegar *

Tá chega viajei na maionese, ele não vai fazer nada, até por que já viu até aonde pode ir minha loucura. Levantei decidida a me trocar e ir embora.

Sai do hotel deixando minha conta acertada, peguei um táxi em direção pra casa, entrei devagar em casa, vendo que estava tudo tão limpo, um silêncio perfeito reinava, esse sim é um silêncio perfeito, aquele silêncio de suspeita, entrei devagar sem que fizesse algum barulho, fui em direção ao quarto da tia Larissa deixar minha mala, depois andei devagar até o quarto do Arthur, ainda estava uma cheiro bem forte de perfume e ele dormindo calmo, num colchão no chão, acho que esse colchão é meu por que pelo o que me lembro o dele não está em um estado bom pra se deitar. Oque achei bem estranho é que não vi ainda nenhum dos seus amigos, e nem aquela piranha, estranho! Arthur sozinho em casa, com a casa em perfeito estado..
Desci a cozinha e estava tudo tão limpo, com certeza não foi ele. Fui até a piscina e claro.

-Bom dia senhorita. -Uma moça veio em minha direção com o uniforme de empregada, ela deve ter seus 30 anos por aí.
-Bom dia, você poderia me informar se viu dois meninos e uma garota aqui?
-Está se referindo à Davi ao Adriano e a Natasha?
-Isso, conhece eles?
-Sim, não sei se a Dn. Larissa lhe avisou mais venho aqui uma vez por semana, dou uma geral na casa e vou embora, como ela está de viajem me liberou pra vir uma vez por semana.
-Há ela deve ter comentado algo comigo, então foi você que limpou a casa inteira?
-Sim. -sorriu sem mostrar os dentes. -cheguei aqui por volta das 6hrs Arthur estava sentado no sofá com os meninos, a casa uma sujeira total, um fedo mais ao mesmo tempo um perfume forte, eu estranhei e perguntei oque era aquilo ele não conseguia me explicar simplesmente correu em minha direção pedindo pra mim não contar nada a mãe dele e pra ajudá-lo a se desfazer daquela bagunça, eu assenti pois vi uma seriedade em seu olhar, só que com uma condição..
-Oque? -Perguntei de imediato.
-Que todos eles me ajudassem por que a sujeira era muita, ele concordou rápido só os seus amigos que ficaram com cara de bunda, mais acabaram por ajudar.
-Mais então cadê eles?
-Arthur está dormindo e os outros foram embora, na verdade ele mandou eles irem embora, por que já estava bem tarde e ele estavam cansado e queria descansar, só disse isso e todos foram numa boa, até aquela chata da Natasha. -Cara gostei dessa mulher!

Sai de perto dela pedindo licença, aliás estou morrendo de fome, fui até a cozinha preparar algo pra comer, a empregada entrou logo atrás.

-Quer ajuda? -Mano essa mulher é diva.
-Claro. A esqueci de me apresentar sou Sophia. -Estendi a mão em comprimento à ela.
-E eu sou Ana Flávia, mais pode me chamar de Ana somente.
-Obrigada Ana. Sabe estou com fome me ajuda a preparar algo por favor?
-Claro, senta aí. -Sentei nas cadeiras que fica no balcão, e fiquei vendo ela fazer um bolo, que divino!
-Mais me conta de você! -Perguntou tirando minha concentração da massa do bolo.
-Bom eu não morava aqui morava com meus pais em New York, só que eles acharam que eu estava dando muito trabalho tanto em casa quanto nas ruas e nas escolas, sim escolas, fui expulsa de umas ai mais não convém. Enfim eles acharam melhor minha tia me trazer pra morar aqui com ela pra ver se eu tomava um pouco de juízo, mais claro fizeram o errado por que as coisas só pioraram desde então, eu e Arthur vivemos em uma rixa, quando não estamos brigando estamos procurando fazer algo pro outro.
-Nossa, Arthur é bem chato as vezes mesmo.
-Eu quem diga, somos primos, claro por bondade de Deus não de Sangue.
-Põe bondade nisso garota.
-Então, e eu até queria ser legal com ele essa semana por que pensei que talvez poderia voltar pra casa por bom comportamento, mas ele não colabora, peguei ele outro dia transando na sala com a Natasha acredita?
-Normal já, eu já peguei diversas vezes.
-E você não contou pra mãe dele?
-Claro, inclusive a mãe dele disse que ia chamar os pais dela pra ver essa pouca vergonha, queria proibir ela de vir até aqui.
-Deve ser por isso que minha tia já sabia quem era a menina que ele estava transando aquele dia.. -Pensei alto.
-Oque?
-Ah nada.. -sorri. -então, ai eu fui me vingar só que ao invés comecei a tratar ele super bem ontem até aquela bruaca mentir que bati nela, ai foi uma briga total depois fiquei trancada no quarto eles saíram e aquela bagunça eu que fiz.
-Oque?? -Perguntou indignada.
-Sim, com óleo, perfumes quebrados, cuecas queimadas, óleo no colchão, tudo isso foi eu.
-Se você visse a cara dele não teria feito isso.
-Por que?
-Ao mesmo tempo em que estava preocupado com a bagunça e cansado ele parecia bravo. -Dei de ombros.
-Na verdade foi ele quem procurou né.

Então ficamos mais tempo conversando até ela terminar de preparar o café da manhã, quando deu meio dia eu falei que ela poderia ir embora que do resto eu me virava, queria até fazer almoço, mais só fiz ela ir ao mercado comigo comprar duas marmitas pra mim e pro Arthur, e depois ela foi embora deixando eu sozinha com ele, mais ele ainda dormia, então fui tomar um banho rápido mais bem higiênico claro, coloquei somente minha lingerie e uma blusa grande preta (foto na mídia), cabelo prendi em um coque frouxo, coloquei meias e meu chinelo.

-Precisamos agir como primos! Precisamos nos comportar como tal, se vamos ficar sozinhos nessa casa temos que se dar bem. -Falei olhando no espelho pra mim mesma.

Desci até a cozinha peguei nossa marmita e uma coca com dois copos descartáveis em cima da tampa, em uma mão as marmitas na outra a coca, reza pra mim não tropeçar em meus pés e cair.

Subi lentamente as escadas indo até seu quarto que estava escuro e quieto, acendi a luz e Arthur abriu seus olhos me olhando fixo.

Felizes Para Sempre?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora