1° Noite

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Aviso: o livro ainda não foi editado e revisto, quando finalizar a escrita fa-lo-ei, podem esperar ou ler agora.

Louisa Carpenter e Richard Carpenter. Esta é a história destas duas pessoas e daquelas que as rodeiam. Como acaba? Ainda não sei. Como começa? Vamos ver.

Aos 15 anos perde os pais num acidente de carro. A polícia não investigou o caso, não quis admitir que aquele "acidente" não passava de um carro despistado onde o condutor iria ébrio. Mas Louisa não acreditava nisso. Sabia que o seu pai não bebia assim tanto se fosse conduzir. A sua mãe tal como o seu pai eram grandes advogados e recebiam bem. Quando morreram o seu irmão com agora 23 anos herdou a fortuna dos pais e como tinha acabado de fazer os 20 anos de idade pôde comprar uma casa não muito grande em Paris e cuidar da irmã. Aos 16 Louisa começou a trabalhar na biblioteca perto da escola onde andava e o irmão acabou a Universidade mais sedo e começou a trabalhar num hospital. Louisa agora com 18 anos andava no último ano de escolaridade.

Louisa ouvia a incessante criatura que vinha atrás de si gritar "vou-te apanhar! Não te escondas Louisa!". A rapariga corria com todas as suas forças para longe daquela criatura. Não sabia onde estava nem para onde ia, mas seguia uma luz que penetrava no escuro bosque onde estava. Era um sítio escuro e sinistro. As árvores pareciam ver tudo o que se passava como se tivessem olhos de coruja, as ervas e ramos secos no chão pareciam mover-se debaixo dos seus pés. Não havia rasto de animais nem mesmo insetos. A estranha ninfa negra e suja que a perseguia com umas enormes unhas e o cabelo cumprido e desgrenhado, saltava de ramo em ramo e não parava de gritar. Louisa tinha a sua camisa de dormir cinza de algodão vestida e estava descalça. O sangue que fluía dos arranhões nos pés e tornozelos causados pelos ramos e outras coisas que cobriam o chão do bosque. De repente sentiu-se a cair e não parou de gritar até sentir de novo os pés no chão e abrir os olhos anteriormente fechados pelo susto. Louisa estava numa autoestrada de noite por baixo de um candeeiro. Não via nada para além da estrada e nenhuma alma viva. Aquela escuridão apenas iluminada pelos candeeiros pouco fortes estava submersa num silêncio perturbador. A menina olhou para baixo e fez uma expressão de dor ao dar-se conta dos pés ensanguentados.
Ao longe as luzes de dois faróis indicavam a aproximação de um carro. Não conseguiu ver quem vinha lá dentro. Como por magia a maldita criatura apareceu e irrompeu pelo para brisas do carro fazendo este mesmo despistar-se. O carro parou mesmo em frente de Louisa e aí pôde identificar os passageiros. A ninfa regava com uma garrafa de Goose os corpos inconscientes dos seus pais. A cabeça da criatura virou-se lentamente para a miúda que derramava agora lágrimas.

- Vês, não vês? Tu és diferente Louisa, tu criaste-me. Tu consegues ver o que fiz aos teus pais, não consegues...?

A criatura abriu a boca num enorme sorriso maníaco deixando ver todos os afiados dentes que tinha. Louisa não queria acreditar. Só queria que aquilo acabasse. Gritava e gritava para que o pesadelo acabasse. Tinha os olhos fechados e os ouvidos tapados com as mãos. Sentiu a ninfa arrancar uns cabelos da sua nuca. Abriu ligeiramente os olhos e viu a criatura aproximar-se de novo do carro. Mandou os cabelos contra os corpos dos pais e depois estalou os dedos. O carro incendiou-se e a maldita peste voltou a falar.

- Onde estavas quando o acidente aconteceu?

Louisa não respondeu. Não sentia sequer voz. Como não obteve resposta, a ninfa deu uma estalada na cara da rapariga exigindo resposta. Com o medo até à ponta dos cabelos Louisa tentou responder.

- Estava...estava a dormir...

- Mas não estavas a ter nenhum pesadelo pois não?

- Não...

- Exato. Enquanto eu estiver todas as noites contigo já não estarei a atormentar outras pessoas. Basta brincares comigo todas as noites Louisa. Não te esqueças...

Um clarão branco fez-se ver e depois Louisa acordou sobressaltada na sua cama.
Estava exatamente como estava no pesadelo. Lembrou-se do que a ninfa lhe tinha dito, lembrou-se que este era o terceiro aniversário da morte dos pais. Mesmo que sonhasse todas as noites com esta criatura nunca tinha falado com ela, nunca tinha sido tão real. Todo o corpo lhe doía. Gritou pelo irmão ainda em lágrimas.
Richard entrou pelo quarto alarmado e ao ver o estado da irmã correu para a abraçar. Após Louisa se acalmar Richard perguntou-lhe o que se tinha passado. A rapariga contou tudo o que acontecera e o quão real aquilo era. Não havia outra explicação para o estado em que se encontrava. A porta e as janelas do quarto estavam todas fechadas e ela tinha a certeza de não se ter deitado naquele estado.

O irmão cuidou das feridas e passou um atestado médico para que ela não fosse à escola. Mandou-a tomar um banho e preparou-se para ir para o trabalho.

- Achas que ficas bem?

- Richard...tenho medo...

- OK, espera.

O irmão ligou para alguém e depois de desligar voltou para junto de Louisa.

- O Nick pode ficar aqui contigo. Eu vou trabalhar e ele chega daqui a pouco. Adoro-te.

Richard despediu-se da irmã com um beijo na testa e saiu de casa.

Nick fora desde sempre o melhor amigo do seu irmão. Mas entre Louisa e ele a relação era diferente...

***

Pouco depois do irmão sair Louisa ouviu a campainha da porta da vivenda. Com pouca vontade levantou-se da cama e desceu as escadas ao andar de baixo para abrir a porta. Do outro lado da porta estava o rapaz alto, vestido de preto com o capacete da sua Harley preta na mão.

-Olá boneca.

***

Em breve os capítulos serão mais longos, continuem a ler e votar para saberem o que vai acontecer a Louisa, quem será o seu amor e quem será o seu matador😉

72 noites de pesadelosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora