Cê ta é doido, Tio.

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G2 narrando -

Já avisei pra geral do morro, que vou tirar uns dias de sossego, comandar uma favela não é fácil não meu camarada. Meu nome é Gustavo, mas aqui todos devem me chamar de G2, meu pai é D2, ele era o dono, mas passou o comando pra mim já tem uns dois anos, e desde esse tempo eu não parei, então decidi tirar um mês sem "trabalhar", lógico que não vou conseguir né, mas vamos tentar. Durante esse dias meu pai vai ficar no comando.

Tava dormindo de boa, acordei com o radinho, alguém me chamando.

- Que é imbecil? - disse puto por terem me acordado.

- Tem uns metido a rico querendo bate um lero contigo Patrão. - Só o que me faltava.

- Já não disse que quem tá no comando agora é o D2? - Povo lerdo.

- Sim, eu disse pra eles patrão, só que eles falo que é importante. - Que saco vei.

- Manda subi, marca um dez com eles na porta da boca.

Levantei, coloquei uma camisa azul, uma bermuda jeans preta, um chinelo branco da oakley, lavei o rosto pra acordar, escovei dente, passei um perfume, e desci.

- Mãe? - disse ao ver minha mãe na cozinha.

- Eai moleque. - disse fazendo um toque comigo.

- Quê que você tá fazendo aqui? - disse pegando uma fruta qualquer. Eu moro sozinho desde quando assumi o comando.

- Nossa mal cheguei e já ta me tratando ass.... - interrompi ela.

- Mãe tenho que ir, daqui a pouco eu volto. - Dei um beijo na testa dela e sai correndo pra garagem. Peguei uma XT660 branca e fui pra boca.

Cheguei lá vi um coroa todo arrumado no terno, e uma tiazinha toda no grife. Eles olhavam tudo ao redor, com cara de medo, revirei os olhos, entrei e eles me seguiram.

- O que desejam na minha favela? - disse me sentando na cadeira e fazendo gesto pra eles sentarem também.

- Bom .. Er .. - eles estavam nervosos.

- Ei relaxa aí tio, não vou mete bala em vocês não. - disse fazendo dois com a mão.

- Então é o seguinte, eu e meu marido entramos em uma dívida aí com uns estrangeiros e em troca eles tão querendo nossa filha. - Oxe, e eu com isso. - Nós procuramos um chegado nossos e ele falou que era seu parceiro e que você poderia nos ajudar.

- Ajudar como? Explica ... - disse querendo saber mais do assunto.

- Queremos que você faça a proteção dela, damos qualquer coisa em troca, vamos ficar um ano fora, e minha filha tá correndo risco de vida. Qualquer coisa que você precisar a gente dá em troca, só que ela precisa ficar com você, já estamos indo embora amanha. Você nos ajudaria?- disse a mulher. Direta, não?

Pensei, pensei e eles continuavam com aqueles olhares aflitos pra cima de mim. Ah, eu não sou tao ruim assim. Vou ajudar esses coroa.

- Beleza, quantos anos a novinha tem. - deve ser uma criança.

- 18. - Engasguei com minha própria saliva. Porra, ela já é maior de idade, sabe se cuidar. Mas né, quando eu precisar de algo, sei que posso pedir algo em troca, e alguma coisa dento de mim fazia eu querer cuidar dessa menina sem ao menos conhece-lá.

- Ok! Fechado então ... só uma coisa, ela não é patricinha não, né? - eles se entreolharam.

- Então, ela só é um pouco mimada e meio bobinha, mas é muito gente boa, tenho certeza que vão se dar bem.- A mulher sorriu.

- Cuide bem da minha filha, rapaz. - o Coroa fez cara de bravo- Sem querer me gabar, minha filha é muito linda, puxou o pai lindão aqui.

- Para que a mais linda sou eu! - A mulher disse, eles riram e eu ri junto.- Olha, muito prazer, sou Marta, mas todos me chamam de martinha. Ele é o José Carlos, mas é o nosso querido Zé. - sorriram.

- Satisfação, Gustavo.

Eu achava que essas pessoas ricas eram mó grossas. Me enganei, nem todos são assim.

Eles foram embora e eu pensei na merda que tinha feito, to fudido. Produção, tem como voltar atras? socorro.


                                  (...)

Capitulo pequeno,porém vão ficando maiores ao longo do tempo. Espero que gostem, é nois!

Não esqueçam de votar e comentar! Beijos da titia

Romance CriminosoWhere stories live. Discover now